Maledicência
Certa
vez, os animais na floresta estavam conversando com a serpente e disseram:
“Serpente, o leão quando ele ataca e mata uma presa é para matar a fome; o lobo
quando ataca a ovelha é para se alimentar; o tigre quando ataca o carneiro é
também para matar a fome. E qual o seu objetivo ao atacar suas presas? Porque
você não se alimenta delas. E você inocula o seu veneno e a pessoa. O que você
ganha com isso?”. E a serpente respondeu: “Faço isso, porque é a minha
natureza. Quando eu desfiro os meus golpes venenosos, não ganho nada. Mas eu
tenho o prazer de espalhar o mal, de prejudicar, de semear a dor e a morte”. E
a serpente, então, concluiu: “Fazendo assim, vocês não podem me condenar porque
os caluniadores também com o seu veneno espalham a dor e a destruição”. O
caluniador não é melhor do que a serpente”.
“Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de
hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências, desejai ardentemente,
como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele,
vos seja dado crescimento para salvação.” (1ª Pedro. 2.1-2.)
Este texto fala sobre o crescimento para a salvação, fala sobre o crescimento
espiritual. E o apóstolo Pedro, usando uma figura, diz que quando nascemos de
novo, somos semelhantes a uma criança recém-nascida. E assim como essa criança
precisa de alimento para se desenvolver, ele diz que nós também precisamos de
crescimento. Só que, diferente da criança que precisa apenas do acréscimo do
alimento, ele está aqui dizendo que nós não apenas precisamos desejar o
alimento, mas também que algumas coisas na nossa vida precisam ser tiradas,
alguns impedimentos que precisam ser removidos para que então busquemos o leite
e cresçamos.
E Deus tem me guiado de uma maneira muito clara, a reconhecer nestes dias que
há um grande impedimento para o nosso crescimento. Há um grande impedimento
para o crescimento da Igreja de uma forma coletiva, que nos impede de provar
mais a graça de Deus e esse impedimento precisa ser arrancado da nossa vida;
ele precisa ser deixado de lado, ele precisa ser abandonado.
Embora o apóstolo Pedro fale sobre vários impedimentos, o tempo e a nossa
necessidade nos levam a tratar de um só deles: a maledicência. A palavra
maledicência significa dizer mal ou falar mal. Como crentes em Jesus, somos
advertidos a abandonar esta prática: “Agora, porém,
despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência,
linguagem obscena do vosso falar.” (Colossences 3.8.); “Lembra-lhes que se sujeitem aos
que governam, às autoridades; sejam obedientes, estejam prontos para toda boa
obra, não difamem a ninguém; nem sejam contenciosos, mas cordatos, dando provas
de toda cortesia, para com todos os homens.” (Tito. 3.1-2.)
Os crentes daquela época não eram diferentes de nós; sabia muito bem o que é
esse problema, de você emitir opinião, fazer julgamentos, interpretar à sua
maneira, ou levar à frente algo que alguém já lhe trouxe... Isto era um
problema que eles também tinham que eles também enfrentavam, e que a Bíblia nos
exorta a tomar um posicionamento firme quanto a ele.
Eu quero falar sobre algumas coisas ligadas à maledicência e tentar lhe ajudar
a ver com mais clareza o quanto Deus leva a sério este assunto.
Uma questão de caráter
Em primeiro lugar, quero afirmar para você que do ponto de vista de Deus,
deixar a maledicência é uma questão de caráter. Em 1ª Timóteo 3.11, há uma
lista ali na qual o apóstolo Paulo cita alguns critérios que os líderes devem
ter em suas vidas. Ele começa falando dos presbíteros e suas esposas, depois
ele fala dos diáconos e das suas esposas. E entre estas muitas características,
ali em 1ª Timóteo 3.11, diz o seguinte: “Da mesma
sorte, as mulheres sejam sérias, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo.” Ele diz que elas não devem ser maldizentes. Ele
estabelece isto como um traço de caráter, um requisito de Deus para que alguém
seja estabelecido em uma posição de liderança.
Muitas vezes, o nosso posicionamento é de separar o que é um “pecadão” e o que
é um “pecadinho”; e acabamos tolerando algumas coisas que não deveriam ser
toleradas. E não estou falando só sobre falar mal de pessoas; muitas vezes
falamos mal de uma circunstância, falamos mal de um momento, alguns chegam a
falar mal de si mesmos.
Deus me levou a um texto que mostra que esta questão de não ter na nossa vida a
maledicência, é algo que Deus olha como um traço de caráter que ele não
negocia.
Veja o caso de José. Nós não temos muitas porções bíblicas sobre a pessoa de
José, que se casou com Maria, e que foi o pai de Jesus, mas nós sabemos que
Deus precisava escolher uma pessoa descente, honrada, que pudesse ser um
exemplo e um espelho para o Senhor Jesus na sua criação. Se fosse alguém com o
caráter deturpado, se fosse alguém cheio de desvios de comportamento, ele não
seria um bom espelho para o Senhor Jesus (e mesmo ele não sendo o pai biológico,
ele seria o espelho dentro de casa).
A Bíblia não fala muito sobre a pessoa dele, de suas virtudes, mas praticamente
uma das únicas que é mencionada, foi uma das coisas que Deus usou mais
fortemente para impactar meu coração nesse assunto. “Ora, o nascimento de Jesus
Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem
antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo. Mas José, seu esposo,
sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente. Enquanto
ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor,
dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que
nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome
de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.” (Mateus 1.18-21.)
Quero que você pare e pense um pouco comigo. A Bíblia diz que quando José ouve
a notícia de que Maria está grávida, eles eram noivos. A palavra desposado significa comprometido antes do
casamento. Um estava comprometido ao outro; ele estava aguardando o casamento e
como um homem de Deus, ele espera o casamento antes de se envolver com sua
mulher. Mas, de repente, ele ouve a notícia: Maria está grávida! Sabe que não
foi ele e, nunca se ouviu falar nem antes, nem depois, de alguém ter concebido
do Espírito Santo... Então tente imaginar José cogitando, qual a probabilidade
do que possa ter acontecido. Na mente dele era uma coisa só que se passava:
Maria o tinha traído, o tinha rejeitado, tinha quebrado a aliança antes mesmo
dela ser definitivamente estabelecida. É lógico que isto não aconteceu de fato,
mas até que José recebesse um esclarecimento de Deus, foi o que pensou.
Se ele abrisse a boca dizendo que ela estava grávida, pela lei de Moisés ela
poderia até ser apedrejada. José poderia ceder ao espírito vingativo, ao
rancor, ao ciúme. Ele poderia no mínimo ter defendido seu lado, mas a Bíblia
diz que José era homem justo, e porque ele era justo, não queria difamá-la,
então ele intenta deixá-la secretamente.
Em sua mente ele estava dizendo: acabou. Só que preferia sair de fininho, para
não complicar a vida dela. Ela ainda estava pensando isso, quando o anjo do
Senhor apareceu a ele explicando o que estava de fato acontecendo.
Agora responda com sinceridade: você acha que José tinha motivos para falar de
Maria ou não? Na mente dele antes que ele soubesse o que aconteceu, era esta a
interpretação. Ele poderia ter se achado no direito de falar. A maioria de nós
não perderia uma chance dessas para acabar com a outra pessoa! Ele poderia, no
mínimo, ter buscado o direito de se explicar, mas a Bíblia diz que havia nele
um traço de caráter, que ao meu entender foi uma das coisas que levou Deus a
escolhe-lo para exercer o papel que exerceu.
Imagino Deus “vasculhando” a terra atrás de um homem descente para ser exemplo
ao seu Filho... e me pergunto: o que levou Deus a colocar seus olhos em José e
dizer: “É de alguém assim que eu preciso, alguém que
tinha a oportunidade e a possibilidade de destruir a vida de alguém, mas decide
fechar os seus lábios, e diz simplesmente que se recusa a difamar”.
Difamar (ou infamar) significa espalhar má fama, falar mal. Então, quando a
Palavra de Deus está tocando em um assunto como este, eu acredito que nós
precisamos considerar e dizer: “Isso é uma coisa mais séria do que a gente
normalmente acha que é”.
O pecado da maledicência tem ferido muito a Igreja do Senhor, uma vez que Deus
se move muito na unanimidade. O Novo Testamento mostra, que quando havia
unanimidade o Espírito Santo vinha com tudo, mas quando a maledicência, a
fofoca, o mexerico e o diz-que-me-diz começam a correr solto no nosso meio, não
há como se manter a unidade. E quando a unidade vai embora, vai-se com ela a
grande possibilidade de estarmos debaixo de uma grande visitação de Deus.
Se nós queremos ver Deus agir, nós vamos precisar que Deus trabalhe esse traço
de caráter na nossa vida. O Senhor Jesus também foi enfático no sermão do
monte: “Bendizei aos
que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam.” (Lc. 6.28.)
Bendizer significa falar bem. Esta foi a ordem do Senhor: fale bem dos que lhe
maldizem, dos que falam mal de você. E ore pelos que te caluniam, pelos que
estão inventando histórias sobre você. O Senhor Jesus nos advertiu a não jogar
o mesmo jogo! “Ah! mas fulano também está falando”,
diriam muitos. Mas Jesus está dizendo para você não jogar o mesmo jogo! Se
alguém falou mal de você, fale bem dele! “Ah! mas ele está me caluniando...” Então ore por ele!
A grande verdade é que quando Deus diz para não falar mal dos outros, ele não
está pensando nos outros, ele está pensando em você. Porque falar mal de quem
quer que seja, prejudica a você e não necessariamente a outra pessoa. Praticar
a maledicência é acionar uma lei espiritual que vai lhe colocar em desvantagem,
que vai lhe trazer prejuízo. Então, quando ele diz, “não
fale mal”, ele não está tentando proteger a outra pessoa de quem
você falaria, ele está tentando proteger você. Esta é uma ordem e é um mandamento
do Senhor Jesus, e ele espera que nós sigamos aquilo que ele mandou.
Quem está por trás
Talvez o grande problema da maledicência é quem está por trás dela. Nós falamos
em primeiro lugar sobre o traço de caráter, e agora eu quero mostrar o que está
por trás dela.
Quando o apóstolo Paulo estava dando a instrução sobre quais viúvas deveriam
ser socorridas, faz uma afirmação sobre o comportamento de algumas que ele não
aprovava: “Além do mais,
aprendem também a viver ociosas, andando de casa em casa; e não somente
ociosas, mas ainda tagarelas e intrigantes, falando o que não devem. Quero,
portanto, que as viúvas mais novas se casem, criem filhos, sejam boas donas de
casa e não dêem ao adversário ocasião favorável de maledicência. Pois, com
efeito, já algumas se desviaram, seguindo a Satanás.” (1ªTimóteo 5.13-15.)
Ele diz: “Timóteo, tome cuidado com as que estão nesta
posição, porque elas vão se tornar ociosas, andando de casa em casa, falando o
que não convém...” E
a expressão que ele usa é “algumas já se desviaram, seguindo após
Satanás”.
A Bíblia está dizendo que quem instiga a maledicência é Satanás e os seus
demônios, ele é quem está por trás disto! Quando a Bíblia diz que elas se
tornam intrigantes, está as chamando de promotoras de intrigas. Trata-se de
gente que está gerando contenda, confusão no meio do povo de Deus. E Paulo é
muito taxativo e diz: “Elas estão seguindo a Satanás!”
Você não pode dar outro nome a isso. E ainda tem gente que diz: “Ah,
pastor, foi só uma falhazinha, afinal de contas, eu também sou humano”.
Pois é querido, os humanos são a preferência de Satanás, para disseminar a
semente e o mal dele, ele escolhe pessoas como você e eu, porque ele sabe que
muitas vezes nós somos susceptíveis à instigação dele...
“Ora, a língua é fogo; é mundo de iniqüidade; a língua está
situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só
põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela
mesma em chamas pelo inferno.” (Tiago 3.6.)
A Bíblia diz que nossa língua é posta em chamas pelo inferno, ou seja, pelos
poderes das trevas! Quando falamos mal uns dos outros, estamos dando lugar ao
Diabo. Não há meio termo nem outra explicação para isto. Esta é umas das razões
pelas quais mais devemos correr deste pecado. Mas além disto, ainda há as
conseqüências...
Algumas conseqüências
Em certa ocasião, o apóstolo Paulo comentou que algumas pessoas o estavam
acusando de ter falado algumas coisas que ele não tinha, de fato, falado, e
afirma: “E por que não
dizemos, como alguns, caluniosamente, afirmam que o fazemos: Pratiquemos males
para que venham bens? A condenação destes é justa.” (Romanos 3.8.)
Ele estava dizendo: “Eu nunca falei isso, eles colocaram estas
palavras na minha boca, e porque eles estão me difamando, dizendo que eu disse
algo (mesmo não tendo dito), a condenação deles é justa”. O texto
fala de condenação, e isto não pode ser visto como coisa boa!
E quantos de nós já não fizemos isso?
Muitas vezes ouço crentes dizendo: “Fulano falou isto!”. E pergunto: “Você
ouviu dele?”. Normalmente a resposta é: “Não!
Mas ouvi de uma fonte segura...” Então
acrescento: “Sim, que também ouviu de outra fonte segura, e
sabe-se lá quantas fontes seguras tem no meio disto tudo!”
Provavelmente você já tenha brincado de telefone sem fio, e sabe que cada conto
aumenta um ponto. Sabe, é assim que nós vamos promovendo o mal. E eu acredito
que a maioria de nós, os crentes, não fala mal só pelo gosto de falar mal. Não
inventamos o que estamos falando de mal; normalmente são interpretações e
equívocos, mas só o fato de estarmos espalhando, se não estamos falando o que
devia, pode nos colocar sob condenação!
Além disto, a maledicência nos rouba bênçãos de Deus. O Salmo 140.11 diz que o
maldizente não se estabelecerá na Terra. Essa era uma das maiores promessas de
Deus desde o início: “Você vai se
estabelecer na terra que o Senhor Deus te dá, você vai prosperar, você vai ter
isso e aquilo”, mas o texto diz que os maldizentes não terão esta bênção”.
E o pior é que isto é como uma bola de neve, quanto mais rola, mais cresce!“Evita, igualmente, os falatórios inúteis e
profanos, pois os que deles usam passarão a impiedade ainda maior. Além disso,
a linguagem deles corrói como câncer; entre os quais se incluem Himeneu e
Fileto.” (2ªTimóteo
2.16-17.)
A Bíblia diz que os que estão nisto passarão a uma impiedade ainda maior. Não
há como interromper esse processo depois que você começa. A Bíblia diz que isso
corrói, cresce como câncer, são células mortas, cancerígenas, crescendo no
corpo e estragando aquilo que Deus projetou para funcionar de forma adequada.
A Bíblia nos mostra que as conseqüências são sérias, que se trata de um pecado
grave. Quando o apóstolo Paulo fala de alguns pecados que impedem as pessoas de
herdar o reino de Deus, inclui os maldizentes na lista: “Ou não sabeis que os injustos
não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem
adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem
bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus.” (1ªCoríntios 6.9-10.)
Jesus também afirmou que do coração do homem procede muitos dos pecados e
incluiu a blasfêmia na lista: “Porque de
dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a
prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias,
o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos
estes males vêm de dentro e contaminam o homem.” (Marcos 7.21-23.)
Blasfemar significa falar mal, infamar. Jesus colocou a blasfêmia junto com a
prostituição, o homicídio e o furto. Mas em nossa mente tentamos desassociar
tais pecados e nos convencer que não é assim tão sério.
Não podemos negar. A Palavra de Deus nos mostra que a maledicência causa um
estrago muito grande no meio da Igreja de Cristo, é por isso que nós precisamos
abandoná-la, é por isso que nós precisamos deixá-la de lado, se queremos
experimentar o que Deus prometeu e o que ele disse que faria, nós temos que
deixar de lado o que impede o nosso crescimento e impede o crescimento dos
outros. “O homem
perverso espalha contendas, e o difamador separa os maiores amigos.” (Provérbios 16.28.)
Criamos tantos problemas com a nossa língua! Se a domássemos, a maior parte
deles acabaria: “Sem lenha, o
fogo se apaga; e, não havendo maldizente, cessa a contenda.” (Provérbios 26.20.)
Uma das conseqüências mais graves em nossa vida é que a maledicência abre
espaço para que o diabo tenha autoridade de ferir nossas vidas. A maledicência
é uma brecha, uma legalidade para Satanás nos ferir. Falando de Israel no
deserto e que essas coisas nos servem de exemplo, Deus diz: “Nem murmureis, como alguns deles
murmuraram e pereceram pelo destruidor.”(1ª Coríntios. 10.10.)
Tem muito crente sendo ferido pelo Diabo. Não porque a proteção de Deus não
seja eficaz, mas porque abre brechas com sua própria língua bifurcada. Se você
não tem conseguido deter os ataques do Diabo contra sua vida, sugiro reexaminar
seu comportamento nesta área, pois a probabilidade de falharmos nela é grande!
Privados da presença divina
Quando tratava comigo nesta área, o Senhor falou ao meu coração que a
maledicência, além de fazer de nós um canal de Satanás, ainda nos rouba a
presença de Deus. “Quem, SENHOR,
habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte? O que vive
com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade; o que não
difama com sua língua, não faz mal ao próximo, nem lança injúria contra o seu
vizinho.” (Salmos.
15.1-3.)
Este texto não só nos revela que para estar na presença do Senhor precisamos
vencer este pecado, como também traz um pouco mais de luz sobre este tipo de
erro. O texto fala de dois tipos de pecado da maledicência: ativo e passivo. O
que difama com a língua é o ativo, e o passivo é o que ouve. Porque quando você
ouve o maldizente (mesmo se você não fala nada) também está pecando por
cumplicidade (Levítico. 19.16-17). Logo, quando emprestamos o ouvido a um
maldizente estamos participando do mesmo pecado. E isto nos priva da presença
de Deus.
Se você observar Efésios 4.29 que fala sobre não entristecer o Espírito Santo,
vai perceber que o versículo anterior e o posterior retratam pecados cometidos
com a língua. Logo, se queremos uma vida cheia do Espírito, é preciso corrigir
isto. Portanto, evite a maledicência. Você faz isso de duas formas: evitando a
maledicência e também evitando o maldizente.
Evitando falatórios e faladores
“E tu, ó Timóteo, guarda o que te foi confiado, evitando os
falatórios inúteis e profanos e as contradições do saber, como falsamente lhe
chamam, pois alguns, professando-o, se desviaram da fé.” (1ª Timóteo 6.20.)
Assim como o justo não se assenta na roda dos escarnecedores, precisamos também
cuidar para que não nos enredemos por este pecado. Mas eu não só evito pecar
com minha boca, como também evito pecar cedendo meus ouvidos à maledicência. As
Sagradas Escrituras nos ensinam a evitar os maldizentes:“Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis
com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou
maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais.” (1ª Coríntios. 5.11.)
Desta forma, venceremos e continuaremos a
crescer no Senhor.
O Senhor te abençoe e te guarde;
O
Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti;
O
Senhor levante sobre ti o seu rosto, e te dê a paz.
Do seu
Amiguinho e Irmão: Samuel.
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