ESTUDO SOBRE A VIDA DE JOSÉ
ESTUDO SOBRE A VIDA DE JOSÉ
ESTUDO SOBRE A VIDA DE JOSÉ
(Gênesis 37 a 47)
Por ser filho da velhice, possuir uma boa índole e ser de caráter nobre e honesto, José era, visivelmente, o mais querido entre os seus irmãos, filhos todos também de Jacó ( Gênesis 37: 02c, 03 e 04). “Estas são as gerações de Jacó. José, aos dezessete anos de idade, estava com seus irmãos apascentando os rebanhos; sendo ainda jovem, andava com os filhos de Bila, e com os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai; e José trazia a seu pai más notícias a respeito deles. Israel amava mais a José do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores. Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos eles”, odiavam-no, e não lhe podiam falar pacificamente.
José, desde sua juventude, foi vítima de injustiças, a princípio por parte dos seus irmãos, depois em terra estranha, no Egito, longe de sua família.
A sua conduta diante dos acontecimentos que se seguiram em seu caminho nos chama a atenção, pois mesmo tendo sofrido tanto, não consta nas Escrituras alusão a algum momento sequer em que José abriu seus lábios para murmurar ou questionar ao Senhor o porquê de sua sorte.
Ele foi lançado numa cova, vendido aos comerciantes midianitas, que o levaram ao Egito, vendendo-o a Potifar, oficial de Faraó, capitão da guarda. José não murmurou nem amaldiçoou seu nascimento.
Apenas confiou na presença e proteção de Deus, e o Senhor era mesmo com ele (Gênesis 39:02) “Mas o Senhor era com José, e ele tornou-se próspero; e estava na casa do seu senhor, o egípcio”. ainda assim, provando sua provisão dando prosperidade a ele e à casa de seu senhor, Potifar. Uma prova de que, o Senhor, quando abençoa os seus, os que estão a sua volta também se beneficiam desta bênção.
“Mas o Senhor era com José, e ele tornou-se próspero; e estava na casa do seu senhor, o egípcio. E viu o seu senhor que Deus era com ele, e que fazia prosperar em sua mão tudo quanto ele empreendia. Assim José achou graça aos olhos dele, e o servia; de modo que o fez mordomo da sua casa, e entregou na sua mão tudo o que tinha. Desde que o pôs como mordomo sobre a sua casa e sobre todos os seus bens, o Senhor abençoou a casa do egípcio por amor de José; e a bênção do Senhor estava sobre tudo o que tinha, tanto na casa como no campo.” (Gênesis 39: 02-05)
Desfrutando da confiança de Potifar, administrando sua casa com toda responsabilidade sobre si, José enfrentava as tentações da carne, fugindo das investidas da esposa de seu senhor, que o assediava (Gênesis 39: 10-12) “Entretanto, ela instava com José dia após dia; ele, porém, não lhe dava ouvidos, para se deitar com ela, ou estar com ela. Mas sucedeu, certo dia, que entrou na casa para fazer o seu serviço; e nenhum dos homens da casa estava lá dentro. Então ela, pegando-o pela capa, lhe disse: Deita-te comigo! Mas ele, deixando a capa na mão dela, fugiu, escapando para fora”.
Mesmo sendo tentado constantemente e diariamente, ele permaneceu firme e decidiu temer e obedecer ao Senhor, acima de qualquer respeito devido a Potifar. Seu temor foi, preferencialmente, a Deus! (Gênesis 39:09) “ele não é maior do que eu nesta casa; e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto és sua mulher. Como, pois, posso eu cometer este grande mal, e pecar contra Deus”?
Acusado injustamente pela esposa de Potifá por não haver cedido aos seus encantos , foi lançado no cárcere, e lá ele assumiu um comportamento íntegro e ainda sabia, em seu coração, que o Senhor continuava com ele, e o deu graça aos olhos do carcereiro, que o tomou como homem de confiança ajudando-o em seus serviços. (Gênesis 39: 21-23)“O Senhor, porém, era com José, estendendo sobre ele a sua benignidade e dando-lhe graça aos olhos do carcereiro, o qual entregou na mão de José todos os presos que estavam no cárcere; e era José quem ordenava tudo o que se fazia ali. E o carcereiro não tinha cuidado de coisa alguma que estava na mão de José, porquanto o Senhor era com ele, fazendo prosperar tudo quanto ele empreendia.”
Após interpretar os sonhos de dois prisioneiros de Faraó, um copeiro e um padeiro, pediu ao primeiro que se lembrasse dele quando fosse ter com o Faraó, pedindo em seu favor. Porém, a cargo de mais uma desventura vinda em sua direção, o copeiro teve com Faraó, foi liberto, mas se esqueceu de José, não pedindo por ele junto a seu senhor. José permaneceu sem liberdade por mais dois anos. (Gênesis 40: 23) “O copeiro-mor, porém, não se lembrou de José, antes se esqueceu dele.”
José permaneceu fiel e após esses dois anos, foi chamado para interpretar os sonhos de Faraó, situação na qual o Deus mostrou seu poder, depois honrando José e fazendo dele governador do Egito. (Gênesis 41:38-44)“Perguntou, pois, Faraó a seus servos: Poderíamos achar um homem como este, em quem haja o espírito de Deus? Depois disse Faraó a José: Porquanto Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão entendido e sábio como tu. Tu estarás sobre a minha casa, e por tua voz se governará todo o meu povo; somente no trono eu serei maior que tu. Disse mais Faraó a José: Vê, eu te hei posto sobre toda a terra do Egito. E Faraó tirou da mão o seu anel-sinete e pô-lo na mão de José, vestiu-o de traje de linho fino, e lhe pôs ao pescoço um colar de ouro. Ademais, fê-lo subir ao seu segundo carro, e clamavam diante dele: Ajoelhai-vos. Assim Faraó o constituiu sobre toda a terra do Egito.Ainda disse Faraó a José: Eu sou Faraó; sem ti, pois, ninguém levantará a mão ou o pé em toda a terra do Egito.”
Ele Teve dois filhos, e ao dar nome a estes, percebemos que José rompia ali com o passado, sofrimentos e angústias vividas no tempo de seu pai (Gênesis 41: 51) “E chamou José ao primogênito Manassés; porque disse: Deus me fez esquecer de todo o meu trabalho, e de toda a casa de meu pai.” e que reconheceu a presença do Senhor em seu caminho (Gênesis 41: 52) “Ao segundo chamou Efraim; porque disse: Deus me fez crescer na terra da minha aflição.”
Ele reconheceu ali que a presença do Senhor não o isentava dos problemas, mas o ajudava a enfrentá-los e a vencê-los.
José se quebranta ao rever seus irmãos e comove-se (Gênesis 42: 24a) “Nisto José se retirou deles e chorou. Depois tornou a eles, falou-lhes, e tomou a Simeão dentre eles, e o amarrou perante os seus olhos”. O que nos demonstra que já não havia rancor em seu coração. Ele sabia que existia um propósito do Senhor em todo seu destino até ali e sentiu vontade e saudade de sua família. Quando os manda de volta com a exigência de que lhe trouxessem seu irmão mais novo, Benjamin, restituiu-lhes o dinheiro em seus sacos de mantimentos, um a um (Gênesis 42:25) “Então ordenou José que lhes enchessem de trigo os sacos, que lhes restituíssem o dinheiro a cada um no seu saco, e lhes dessem provisões para o caminho. E assim lhes foi feito”, provando que não guardava mesmo mágoas em seu coração, os queria bem e se preocupava com eles. Alegrou-se ao rever Benjamin, e serviu comida a seus irmãos. (Gênesis 43: 30-31)“ E José apressou-se, porque se lhe comoveram as entranhas por causa de seu irmão, e procurou onde chorar; e, entrando na sua câmara, chorou ali. Depois lavou o rosto, e saiu; e se conteve e disse: Servi a comida.”
(Gênesis 45:05) “Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos aborreçais por me haverdes vendido para cá; porque para preservar vida é que Deus me enviou adiante de vós.”
Com essas palavras, José reconhece a soberania e os planos do Senhor em sua vida, sela o perdão a seus irmãos e demonstra sua saudade e desejo de reconciliação. Ele reconheceu que Deus tinha propósito em permitir que passasse por todos os sofrimentos e que fosse levado para longe de seu pai. Se não fosse ao Egito, não haveria quem interpretasse os sonhos do Faraó e livrasse o povo da fome que viria afligir aquela região. José foi usado por Deus para salvar vidas, inclusive a de sua família.
José teve sua família perto de si novamente e pôde assistir seu pai, Jacó, até o momento de sua morte.
Aprendemos com José que uma postura de humildade e fidelidade ao Senhor diante das provações, nos possibilita desfrutar em paz de sua presença e provisão sempre que precisarmos dela. A seu tempo, Ele nos exaltará, assim como fez com seu servo. José temeu a Deus, não questionou seus propósitos e aceitou sua vontade, respeitando sua soberania. É assim que um bom servo procede diante de seu criador.Amém!!
O Senhor te abençoe e te guarde;
O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti;
O Senhor levante sobre ti o seu rosto, e te dê a paz.
Do seu Amigo e Irmão: Samuel.
Comentários
Postar um comentário