Manancial - O Cadillac Quebrado
Domingo 08 de Julho de 2012
O Cadillac Quebrado
O maior sonho de Bill era
ter um carro para poder passear pelas ruas. O problema era que Bill não queria
qualquer carro, mas um que fosse antigo, para que, além de andar, pudesse
também colecionar.
Bill persistia
muito neste sonho, porque quando criança colecionava carrinhos de brinquedo de
todas as épocas, tamanhos e tipos.
O rapaz tinha
Master Delux; Chevrolet Bel Air; Chevy Coupe, 1930; Pick up Ford 1950; Gordini
e muitos outros. Faltava, porém, a miniatura do Cadillac, que, para ele, além de ser o mais
bonito, daria um charme a mais à sua coleção. Mas Bill sonhava também com um
Cadillac em tamanho grande, para poder dar as suas voltas pela cidade e, quem
sabe, flertar com as garotas por aí.
Um tempo depois,
Bill viu um anúncio de venda de um Cadillac 1954 branco e bastante espaçoso.
Era tudo o que ele queria. Bill não poupou esforços e comprou o carro. No
entanto, percebeu que alguma coisa havia de errado.
Ele levou a
relíquia até uma oficina e o mecânico deu uma péssima notícia:
– O seu veículo
está em ótima conservação, mas falta alguma peça para que ele rode com
perfeição.
– É o motor? –
ele pergunta angustiado.
– Não, o motor
está bom, mas falta algo que o impede de andar por muito tempo.
– Mas, qual é a
peça que falta? – indaga Bill, demonstrando cada vez mais aflição.
– Como é um
veículo antigo, vou ver o que está havendo. Não tenho muita prática com carros
da década de 1950, aliás, este é o primeiro que pego, mas prometo a você que
vou descobrir.
Bill estava
empolgado com o fato de possuir uma relíquia que qualquer colecionador daria o
que lhe pedissem por ela, mas, ao mesmo tempo, a frustração por não poder
usufruir daquela joia lhe causava um aperto.
O tempo foi
passando e nada de Bill conseguir ver o Cadillac funcionando.
Ele já havia falado
para todo mundo sobre o investimento que fizera no veículo e por isso todos
estavam ansiosos para vê-lo, tocá-lo e, quem sabe, dar uma voltinha nele
também.
Bill, porém, já
estava perdendo as esperanças de recuperar o carro que tinha consumido todas as
suas economias. Na verdade, o desânimo dele era tanto que pensou seriamente em
devolver ou vender o Cadillac a preço de banana.
Muitos meses
depois, Bill deixou de se preocupar com o carro e resolveu atentar-se para si
mesmo. E, com isso, viu que quanto menos pensava no veículo – em quanto já
havia gasto e em quando poderia levá-lo para casa –, mais se sentia forte e
confiante em seus outros projetos, que há tempos estavam parados. De fato, Bill
percebeu que a inquietação com o carro estava sugando suas energias.
Até que dias
depois, ele recebeu uma notícia maravilhosa:
– O senhor pode
vir buscar o seu Cadillac. Ele já está pronto para ser usado.
Bill correu
imediatamente para a oficina. Estava com mais vontade de saber qual era a peça
que faltava, e que tanto lhe tirara o sossego, do que propriamente interessado
em andar no carro.
– E então, que
bendita peça era essa que faltava?
– Na realidade –
disse o mecânico meio envergonhado – não faltava nenhuma peça, mas apenas
gasolina. Estávamos tão ansiosos em tentar resolver o problema do seu carro,
que não percebemos que o que faltava, na verdade, era combustível.
Para
refletir
Não somos um
carro, mas, espiritualmente falando, podemos nos comparar a um. Se falta uma
peça ou simplesmente combustível, a nossa vida, tal como o Cadillac da
história, certamente não sairá do lugar.
O Espírito Santo é a
Peça fundamental ou o Combustível ideal para que a sua vida dê a partida
definitiva, e assim nunca mais precise ”estancar” no meio do
caminho.
A graça do Nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo,
E o amor de Deus,
E as doces comunhão e
consolações do Espírito Santo,
Sejam com todos vós,
Desde agora e para todo
Sempre,
Amém.
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