Escola Bíblica Dominical - Sara e Agar
Domingo 16 de setembro de 2012
Sara e Agar
Sara
e Agar é alegoria das duas alianças: graça e lei respectivamente. Agar e seu
filho alcançaram possessão no deserto de Parã, que fica na região do monte
Sinai. Especificamente refere-se a um monte da Arábia, que é a Jerusalém atual.
Todos os que estão debaixo da lei são escravos, pois são nascidos segundo a carne,
e procuram uma possessão terrena. Já os que nascem da promessa, são filhos de
Abraão pela fé em Cristo, e desejam uma possessão melhor, a Jerusalém que é
livre, e é de cima ( Gálatas 04:26 ).
Sobre a alegoria apresentada por Paulo aos
cristãos nas regiões da Galácia, não podemos esquecer que ela é focada em Sara
e Agar.
Deus prometeu a
Abraão que faria dele uma nação numerosa e que nele todas as famílias da terra
seriam benditas.
De Abraão a
Escritura diz que ele teve dois filhos: Ismael com a escrava e Isaque com a
livre.
Os judeus
consideravam serem descendentes de Abraão segundo a linhagem de Isaque. Por
Isaque nascer segundo a promessa de Deus os judeus acreditavam que eram filhos
de Deus por serem descendentes de Abraão e Isaque.
Paulo, porém,
traz a lume o grande mistério desta passagem, e evidenciou o que os judaizantes
não atinavam: foi Abraão que teve filhos, e não Deus ( Gálatas 04:22 ).
Ismael, um dos
filhos de Abraão, foi gerado segundo a carne, segundo a vontade de Sara e
Abraão. Com relação ao sangue, Ismael era filho de uma escrava, Agar, que
somente podia gerar filhos para escravidão.
Diferente de
Ismael, Isaque foi gerado segundo a promessa de Deus ( Gálatas 04:23 ).
É preciso
observar que tanto Ismael como Isaque foram filhos de Abraão. O filho
decorrente da promessa também era filho do pai Abraão, ou seja, filho nascido
da vontade da carne, do sangue e da vontade de Abraão, porém, segundo a
promessa de Deus.
Por que é preciso
fazer esta distinção? Porque somente a mulher de Abraão, Sara, estava
impossibilitada de gerar por causa da avançada idade. Observe que mesmo após a
morte de Sara, Abraão teve concubinas e filhos ( Genesis 25: 01 -04).
Mesmo após serem
justificados pela fé, todos os filhos de Abraão foram gerados segundo a carne.
Somente o Descendente, que é Cristo, nasceu segundo a vontade de Deus e através
do Espírito de Deus. Até mesmo Isaque, nascido segundo a promessa, através da
operação do poder de Deus, era filho segundo a carne, segundo a vontade e
sangue de Abraão.
Isaque era descendente
de Abraão (filho), porém, para se tornar filho de Abraão (filho de Deus),
precisou ter a mesma fé que teve o Pai Abraão, pois somente por meio da fé o
homem alcança a filiação divina.
A promessa de
Deus a Abraão repousa sobre o Descendente, que é Cristo, o filho Unigênito de
Deus, e os seus filhos segundo a carne (descendentes) não são filhos de Deus.
Mas, o que Paulo
procurou evidenciar através da alegoria fixa-se sobre as pessoas de Sara e
Agar. Paulo apresenta as duas mulheres, Sara e Agar como sendo alegoria das
duas alianças de Deus: a lei e a graça.
Deus prometeu uma
nação numerosa e que todas as famílias da terra seriam benditas em Abraão. Mas,
a alegoria não se fixa a promessa feita a Abraão, e sim, a promessa feita a
Sara.
A
promessa feita a Sara, e que Paulo evidência nesta alegoria diz: "EU a abençoarei, e dela te darei um filho" (Genesis 17:16 ), e ( Genesis 18:10 ); "O Senhor visitou a Sara,
como tinha dito, e lhe fez como havia prometido" ( Genesis 21:01 ). Na alegoria
apresentada por Paulo, o que deve ser destacado é a promessa de Deus à Sara.
Da
promessa feita à Sara não surgiram filhos a Deus, como os judaizantes
acreditavam, antes Deus disse a Abraão: "... em Isaque será chamada a tua descendência" ( Genesis 21:12 ), que é Cristo.
Filiação divina decorre da promessa feita a
Abraão, e é proveniente do Descendente, e não de Isaque. A promessa de Deus a
Sara destaca-se pelo fato de ter sido concedido a ela poder para conceber um
filho, embora avançada em idade "Pela fé, também, a
própria Sara recebeu poder de conceber um filho, mesmo fora da idade, porque
teve por fiel aquele que lhe havia feito a promessa" ( Hebreus
11:11 ).
Só através do Descendente, que é Cristo, torna-se possível gerar filhos
para Deus. Filhos nascidos, não da carne, nem do sangue, e nem da vontade do
varão, mas da vontade de Deus ( João 01:12 ). Para que os filhos de Deus sejam
gerados, há a necessidade de nascerem da palavra e do Espírito de Deus. Nascer
de Deus só é possível por meio da pregação do evangelho que é semente
incorruptível e poder de Deus pela fé em Cristo.
A alegoria demonstra que Agar vincula-se ao monte Sinai, que corresponde
à cidade de Jerusalém atual, visto que ela e Ismael habitaram antes de todos os
israelitas no deserto de Parã ( Genesis 21:21 ).
Como os judaizantes se gloriavam da lei, e da cidade de Jerusalém, Paulo
demonstra que o único que teve possessão desde os pais, foi Ismael, o filho de
Abraão com a escrava.
Da mesma forma que Ismael é alegoria para os que vivem sob a lei e
estavam reduzidos à escravidão, Isaque também é alegoria para o cristão ( Gálatas
04:28 ).
Os cristãos são filhos da promessa como Isaque, pelos motivos seguintes:
·
Ambos nasceram por promessa. Isaque pela promessa feita
a Abraão e Sara, e o Cristão pela promessa feita a Abraão, que se cumpriu no
Descendente;
·
Isaque não teve e os cristãos não têm possessão
permanente, uma vez que morreram na fé;
·
Isaque confessou e os cristãos confessam que são
peregrinos e estrangeiros na terra;
·
Tanto Isaque, quanto os cristão desejam uma pátria
melhor, isto é, a celestial ( Hebreus 11:13 -16).
Sara e Agar é alegoria das duas alianças: graça e lei respectivamente.
Agar e seu filho alcançaram possessão no deserto de Parã, que fica na região do
monte Sinai. Especificamente refere-se a um monte da Arábia, que é a Jerusalém
atual.
Todos os que estão debaixo da lei são escravos, pois são nascidos
segundo a carne, e procuram uma possessão terrena. Já os que nascem da
promessa, são filhos de Abraão pela fé em Cristo, e desejam uma possessão
melhor, a Jerusalém que é livre, e é de cima ( Gálatas 04:26 ).
Os judaizantes se esquecem da palavra de Sara que
protesta contra os filhos da escrava Agar: "...o
filho desta escrava não herdará com o meu filho Isaque" ( Genesis
21:10 ).
Os judeus acreditavam que eram filhos de Deus por ser Isaque filho da
promessa. Porém, não observaram que Isaque era filho da promessa que foi feita
à Sara, e que a promessa de filiação divina somente é possível pela fé em Deus,
que prometeu o seu Filho, o Descendente.
Não podemos esquecer-nos da comparação
estabelecida: "Mas nós, irmãos, somos
filhos da promessa como Isaque" (v. 28). Isaque nasceu da
promessa feita à Sara, e o Cristão por meio da promessa feita a Abraão. Desta
forma somos filhos da promessa como Isaque, o que se entende alegoricamente.
Por quê? Porque Isaque nasceu segundo a promessa, fidelidade e poder de Deus, e
os cristãos através da união com o Descendente. Nascem também segundo a
promessa feita a Abraão, pois Deus é fiel e concede a sua palavra, que é poder
de Deus para todos quantos crêem, para serem feitos filhos de Deus ( João 01:12
; Romanos 01:16 ).
O cristão é filho da promessa como Isaque, e não em Isaque, como os que
esperavam ser justificados pela lei compreendiam.
Pense nisso!
Do seu irmão e amigo,
Samuel;
A graça
do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo,
E o
amor de Deus,
E as
doces comunhão e consolações do Espírito Santo,
Sejam
com todos vós,
Desde
agora e para todo Sempre,
Amém.
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