Estudo Bíblico - Jesus é Deus


Domingo 25 de Novembro de 2012

Jesus Cristo é Deus

A proximidade do Natal deveria nos levar incondicionalmente a uma reflexão mais profunda do nascimento de Jesus Cristo.
Mas a maior tragédia deste princípio de século XXI é que Jesus não faz mais parte das aspirações dos chamados evangélicos, que deveriam ser os divulgadores maiores da mais extraordinários noticia em toda história humana.
Esta Noticia redigida antes do tempo se iniciar e aguardada pelos séculos que se iniciou a partir do primeiro grão de areia que caiu na ampulheta temporal imediatamente após a queda humana e seu imediato afastamento de Deus; esta Mensagem que foi sistemática proclamada e ansiada por todos os personagens e por todos os profetas da primeira parte da Bíblia; esta Mensagem que se tornou real na encarnação do Deus Eterno na pessoa de Jesus Cristo.
O Natal já ocupou uma centralidade nas aspirações dos crentes em outros tempos, mas hoje para uma maioria crescente, o Natal tornou-se apenas uma celebração comercial e que concorre com tantas outras celebrações oferecidas pela Sociedade decaída e que foram ocupando espaço cada vez maior no coração e na mente deles. Jesus e seu nascimento ficou restrito à uma refeição especial e troca de presentes.
Cada evangelista apresenta a história de Cristo por um ângulo distinto, como tão bem H. C. Lacerda expos: Mateus olhou para traz; Marcos olhou para o centro; Lucas olhou para frente e João olhou para cima.
Os três primeiros evangelistas ocupam-se da identificação de Jesus com o ser humano, ainda que não deixem de mencionar os aspectos distintos de Sua divindade, mas João desde suas primeiras linhas quer deixar claro para seus leitores a total e plena identificação de Jesus com Deus, ainda que também não abra mão de edificá-lo conosco também.
Antes de torna-se Carne e conviver conosco, Jesus estava com Deus e Jesus era Deus. Para o evangelista Deus está todo em Cristo, assim como, Cristo está todo em Deus, de maneira que tão somente em Jesus podemos alcançar uma compreensão correta de Deus, sem distorções ou deformidades.
O quarto evangelista nos apresenta Jesus como o Deus bendito eternamente, em quem habita corporalmente toda a plenitude da divindade, nas palavras de F. B. Meyer: o visível do Deus invisível!!
Ao fazer uso da expressão – no principio – o evangelista propositalmente estabelece uma ligação direta entre Jesus e o Gênesis, mas simultaneamente deixa claro que Jesus é anterior à própria Criação e, portanto totalmente distinto dela. Na verdade Jesus participa efetivamente da Criação, pois Ele é a Palavra (Verbo) pelo qual toda as coisas tomaram forma e passaram a existir. Jesus sempre existiu com Deus na eternidade antes da Criação e do Tempo (01:04).
Jesus estava com Deus, em comunhão pessoal e única, pois ambos compartilham da mesma natureza divina, sem qualquer distinção de grau, iguais em glória, coeternos em majestade, um em essência.
Jesus foi, é e continuara sendo Deus e não meramente um anjo ou um ser divino criado e, portanto inferior ao Pai e que recebeu poder para redimir os pecadores. Jesus é Deus em toda sua perfeição e eternidade.
Nestes dias em que se prolifera como praga um pseudo cristianismo secularizado e hedonista, precisamos resgatar esta preciosa verdade registrada por João e com urgência proclamar este Jesus Cristo divino e eterno, que ainda que tenha assumido a natureza humana, jamais se tornará um fantoche nas mãos de pecadores, mesmo aqueles que tenham uma linguagem evangélica.  
Antes do tempo, Jesus era Deus; mesmo quando estava sendo gerado no útero de Maria, Jesus era Deus; mesmo quando nasceu e cresceu, Jesus era Deus; mesmo quando foi pregado e morreu na cruz, Jesus era Deus.
Nunca e em momento algum Jesus deixou de ser Deus.

É por causa desta verdade que o inferno inteiro estremece e Satanás se apavora, pois Jesus é Deus; é por causa desta eterna verdade que todos os incrédulos e ímpios serão julgados e condenados, pois Jesus é Deus; é por causa destas preciosa e inefável verdade que todo aquele que Nele crer será salvo, pois Jesus Cristo é Deus.

Jesus é Deus – O que a Bíblia diz sobre a divindade de Jesus?
A Bíblia, a fonte mais antiga e a mais historicamente confiável, diz na verdade que Jesus é Deus? O que a Bíblia nos diz sobre Jesus e Sua identidade?

Vamos dar uma olhada em algumas das muitas passagens que claramente e consistentemente respondem a essa pergunta, direto das páginas das Escrituras. Vamos começar voltando uns 700 anos antes da vida de Cristo, ao livro do Velho Testamento chamado de Isaías.

Jesus é Deus – Profecias
  • Messias Divino predito no Velho Testamento
    Isaías 07:14: "Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel."

    "Emanuel" literalmente significa: "Deus conosco". Mateus 01:23; Jesus era "Deus conosco".
  • Esse Messias seria um filho humano, mas teria uma natureza superior
    Isaías 09:06: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz."

    Essa declaração era bem radical vindo de um profeta judeu e monoteísta-- principalmente ao chamar um ser humano de "Deus Forte"; essa foi uma declaração que Deus realizou séculos depois em Cristo.
  • Uns 200 anos depois, mas ainda mais de 500 anos antes de Jesus andar na terra, mais foi predito sobre a natureza divina do Messias
    Daniel 07:13-14: "Eu estava olhando nas minhas visões noturnas, e eis que vinha com as nuvens do céu um como filho de homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e foi apresentado diante dele. E foi-lhe dado domínio, e glória, e um reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído."

    "Filho do Homem" foi o primeiro título que Jesus usou sobre Si mesmo – e essa passagem mostra que esse título foi uma clara e forte afirmação de Sua divindade. Em Marcos, o primeiro Evangelho a ser escrito, Ele também incluiu a frase: "vindo com as nuvens do céu" (Marcos 14:62). Seus ouvintes entenderam a mensagem, recusaram-se nela acreditar e a usaram como mais um motivo para matá-lo.
Jesus é Deus – Seu ministério terreno
  • O bebê Jesus foi adorado pelos Reis Magos
    Mateus 02:11: "E entrando na casa, viram o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro incenso e mirra."

    Além de terem sido guiados ao local onde Jesus tinha nascido, esse Magos aparentemente tinham sido informados por Deus sobre a identidade divina de Jesus, por isso responderam apropriadamente com adoração.
  • Jesus aceitou adoração dos Seus discípulos 
Mateus 14:32-33 “E logo que subiram para o barco, o vento cessou. Então os que estavam no barco adoraram-no, dizendo: Verdadeiramente tu és Filho de Deus.”

Na cultura judaica, apenas o único Deus verdadeiro pode ser adorado; as ações dos discípulos mostram que reconheciam Jesus como sendo divino. Veja que Jesus não os corrigiu ou disse: "Vocês não estão vendo que sou apenas um profeta mortal? Parem de me adorar!" Ao invés, Ele aceitou o seu louvor, sabendo que realmente era Deus em carne humana.
  • A exclamação de Jesus sobre Si mesmo
    João 08:58-59: "‘Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou. Então pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se, e saiu do templo."

    Essa é uma afirmação duplamente poderosa de Jesus: primeiro, que Ele já existia antes de obter a forma humana e que Ele já vivia e estava presente (como Deus) antes de Abraão; segundo, que Seu título era "Eu sou" --o mesmo título usado por Deus Jeová em Êxodo 03:14. Seus ouvintes novamente compreenderam a mensagem e apanharam pedras para executá-lo.
  • Mais uma afirmação de Jesus sobre Sua divindade
    João 10:30-33: "'Eu e o Pai somos um. Os judeus pegaram então outra vez em pedras para o apedrejar. Disse-lhes Jesus: Muitas obras boas da parte de meu Pai vos tenho mostrado; por qual destas obras ides apedrejar-me?Responderam-lhe os judeus: Não é por nenhuma obra boa que vamos apedrejar-te, mas por blasfêmia; e porque, sendo tu homem, te fazes Deus."

    Essa passagem não poderia ter deixado mais claro que os ouvintes altamente educados de Jesus compreenderam Sua declaração de divindade. Eles só tinham duas respostas possíveis: humilhar-se e prostrar-se diante dEle como os reis Magos e os discípulos tinham feito, ou rejeitar Sua afirmação e acusá-lO de blasfêmia. Infelizmente escolheram a segunda opção. Note que Jesus não nega a sua acusação porque estavam corretos. Ele realmente estava afirmando ser Deus! 
  • A resposta de Tomé ao Jesus ressurreto
    João 20:27-29: "Depois disse a Tomé: Chega aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; chega a tua mão, e mete-a no meu lado; e não mais sejas incrédulo, mas crente. Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu, e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram."

    Esse discípulo reconheceu, por causa da ressurreição de Jesus, quem Jesus realmente era – e humildemente adorou a Jesus e declarou Sua verdadeira identidade: "Senhor meu, e Deus meu!" Jesus não só aceitou essa declaração, mas abençoa a todos os discípulos – e a todos nós hoje – que chegam à mesma conclusão e demonstram humildemente o seu louvor.

Pense nisso!
Do seu irmão e amigo, Samuel;
A graça do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo,
E o amor de Deus,
E as doces comunhão e consolações do Espírito Santo,
Sejam com todos vós,
Desde agora e para todo Sempre,
Amém. 


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