Absolvição
Domingo 28 de julho de 2013
SALMO 7 – VOCÊ FOI ACUSADO INJUSTAMENTE?
“Senhor, Deus meu, em ti me refugio;
salva-me de todos os que me perseguem e livra-me; para que ninguém, como leão,
me arrebate, despedaçando-me, não havendo quem me livre.” (v. 1-2).
Davi faz uma declaração diretamente a
Deus, afirmando que Ele é o seu “Refúgio”. Toda oração geralmente começa com
uma prece de gratidão, exceto quando a alma está atribulada. E esse era o caso
daquele homem, que agora clamava dizendo: “Salva-me e livra-me!” Ele não orava
por salvação do pecado; ele orava por livramento dos seus inimigos, que o
perseguiam “como leão”.
Davi conhecia a força destruidora de um
leão. Ele via leões destruindo vidas inocentes e indefesas, e certa vez, quando
era jovem, ele apascentava as ovelhas de seu pai, e viu um leão levando uma
ovelha em sua boca, e ele correu atrás do animal, e tirou a ovelha da boca do
leão e o matou. Mas agora, ele temia um inimigo que se comparava a um leão mais
forte do que ele, que podia arrebatá-lo, despedaçando-o, sem chance de escapar,
sem uma possibilidade de livramento.
Que palavras desesperadoras: “não
havendo quem me livre!” Parece bem com as palavras que são retratadas
pelo apóstolo Paulo: “Desventurado homem que sou! Quem me
livrará do corpo desta morte?” (Rm 07:24). Mas Paulo
não falava de si mesmo, porque ele conhecia o seu Libertador; ele falava de um
homem perdido, que, embora conhecesse a Lei de Deus, desconhecia o Salvador.
Davi conhecia o seu Libertador, mas falou desse modo para ressaltar a sua
desesperança se ele não tivesse a Deus como o seu Refúgio.
De fato, se não fosse a ajuda constante
de Deus, seríamos despedaçados pelo nosso maior inimigo. Satanás é comparado a
um leão, “que ruge procurando alguém para devorar” (1Pe 05:08). Os leões são
traiçoeiros e se aproveitam das fraquezas de suas vítimas. E assim age Satanás
e todos os nossos inimigos que nos ameaçam, e rondam procurando uma ocasião
oportuna para atacar pelas costas, a fim de nos destruir. Mas, como Davi, nossa
única esperança está em buscar o refúgio em nosso poderoso Deus.
I – ACUSAÇÃO (vs. 3-5)
V. 3-4: “Senhor, meu Deus, se
eu fiz o de que me culpam, se nas minhas mãos há iniqüidade, [4] se
paguei com o mal a quem estava em paz comigo, eu, que poupei aquele que sem
razão me oprimia.”
1 - Davi foi
acusado falsamente. Ele usa as mesmas palavras que usou
no verso 1, dirigindo-se ao “Senhor, meu Deus”, porque estas são as expressões
de alguém que está ofendido e profundamente angustiado, sem poder achar uma
solução para o seu caso. Ele disse: “se eu fiz o de que me culpam...” Ele
estava sendo inculpado de alguma coisa que ele não praticara.
2 – Davi afirma
a sua inocência. Diz ele: “se nas minhas mãos há
iniqüidade...” Ele se nega a confessar um pecado que ele não praticou. O
tríplice uso da palavra “se” indica claramente a afirmação de sua fidelidade.
Davi já havia feito um protesto diante de Jônatas a quem dirigiu estas
palavras: “Que fiz eu? Qual é a minha culpa? E qual é o meu pecado diante de
teu pai, que procura tirar-me a vida?” (1Sm 20:01). Ele tinha uma consciência
limpa e era fiel e verdadeiro.
3 – Davi revela
o crime de que o acusavam. Notem o que ele diz: “se paguei com o mal a quem estava em paz comigo.” Isto se refere ao rei Saul porque logo ele
acrescenta: “eu, que poupei aquele que sem razão me
oprimia...” De acordo com o título, o salmo foi
escrito “com respeito às palavras de Cuxe”. Esse homem era um parente de Saul,
da mesma tribo de Benjamim. Ele havia caluniado a Davi, acusando-o de
conspiração contra o rei Saul, a fim de matá-lo. Quando Davi se defrontou com o
rei Saul disse-lhe: “Por que dás tu ouvidos às palavras dos
homens que dizem: ‘Davi procura fazer-te mal!’?”
(1 Sam 24:09).
Esta foi a explicação de Davi ao rei
Saul, quando foi instigado a matar o rei Saul, o seu inimigo opressor: “Os teus próprios olhos viram, hoje, que o Senhor te pôs em minhas mãos
nesta caverna, e alguns disseram que eu te matasse; porém a minha mão te
poupou; porque disse: Não estenderei a mão contra o meu senhor, pois é o ungido
de Deus.” (1Sm 24:10). Davi tinha mostrado
claramente sua inocência ao poupar a vida de Saul, quando ele podia tê-lo matado
facilmente.
Este é o fato: acusação falsa de
conspiração contra um homem de Deus que tinha a misericórdia de até poupar a
vida de um grande inimigo seu, que procurava matá-lo a todo custo, em muitas
ocasiões, vivendo “à caça de minha vida”, “como leão” (disse ele, 1Sm 24:11)!
Assim era Davi. Não admira que fosse chamado de “o homem segundo o coração de
Deus” (At 13:22), porque Deus é misericordioso até com os Seus piores inimigos,
poupando a vida deles, e dando-lhes oportunidade de se arrependerem para serem
salvos e viverem eternamente com o Seu Benfeitor!
4 – Davi faz o
juramento de sua inocência. Disse no v.
5: [Se eu sou culpado] “persiga o inimigo a
minha alma e alcance-a, espezinhe no chão a minha vida e arraste no pó a minha
glória”. É como se diz hoje em dia: “Se eu fiz
isso, quero que caia um raio do céu na minha cabeça!” Isto é um juramento; ele
está disposto a sofrer, se ele for culpado de alguma coisa de que é acusado.
Isso indica que ele realmente é inocente, e usa uma linguagem muito forte,
quase em desespero, para se defender diante de Deus.
Com efeito, o veneno da calúnia pode
levar a vítima ao desespero ou à loucura. As palavras de Cuxe feriram os sentimentos de Davi, atacaram a
sua reputação e destruíram a sua paz.
Conta uma lenda que os animais um dia perguntaram, desafiando
a serpente:
- O leão, disseram eles, atira-se
contra a presa, mata-a e devora-a. O lobo estraçalha a ovelha que lhe serve de
alimento. O tigre, quando faminto ataca o carneiro e arrasta-o para o seu
covil. Mas você, malvada serpente, o que faz? Pica a sua vítima e transmite o
veneno para ela. Ora, que proveito você tira da sua perversidade peçonhenta?
Contorcendo-se, responde a serpente:
- Nada espero dos golpes venenosos que
eu aplico. Do mal que faço, não tiro o menor proveito. Sigo traindo,
envenenando, semeando a dor e a morte, mas não sou pior que o
caluniador”. (Malba Tahan).
A Bíblia diz que muitos outros foram
caluniados, acusados injusta e falsamente, e sofreram muito por causa de
pessoas perversas e invejosas. (1) José do Egito foi acusado injustamente de
seduzir a mulher de Potifar. (2) Jeremias foi acusado de profetizar falsamente
em nome do Senhor contra Jerusalém. (3) Daniel foi acusado de rebelião contra o
decreto do rei Dario. (4) Paulo foi acusado pelos judeus de ensinar contra a
lei. (5) Jesus Cristo foi acusado de blasfêmia, de traição e de insurreição
contra Roma, e foi “açoitado para pacificar os acusadores”
Era tempo de guerra.
Aprisionaram um soldado que regressara ao acampamento, vindo de uma mata
próxima. Ele foi acusado de estar traindo o seu exército, mantendo contato com
o inimigo e foi levado à presença do comandante.
- O que você estava fazendo naquela
mata, àquela hora da noite? - perguntou o oficial.
- Fui ali para orar por mim, fazer uma
oração ao meu Deus - respondeu o jovem.
Não convencido, o comandante ordenou
friamente que o jovem se ajoelhasse e orasse.
- Se você tem o hábito de orar tanto
por auxilio, faça-o agora.
Compreendendo que a acusação de traição
poderia significar morte, o jovem caiu de joelhos, e desabafou o coração diante
de Deus. Foi patente, em vista de sua fervorosa conversa com o Senhor, que esta
não era uma nova experiência em sua vida. Ao soltar ele as últimas palavras e
abrir os olhos, viu uma nova expressão da fisionomia do comandante.
- Ergue-te - disse simplesmente o
oficial - pode ir embora. Creio no que você disse; do contrário, não poderia
fazê-lo tão bem como fez agora.
Disse o apóstolo Paulo que todos os
cristãos sofrerão perseguição; todos os que pretendem servir a Deus serão
chamados a suportar as mais vis calúnias e falsas acusações (2Tm 03:12). A
Bíblia também diz que Satanás nos acusa de dia e de noite (Ap 12:10). Portanto,
o salmo 7 contém uma grande mensagem de conforto e esperança para todos os
cristãos. Esta é também uma mensagem escatológica, porque traz uma grande
consolação a todos os que no tempo do fim são injustamente perseguidos. Ele
contém um grande encorajamento para o remanescente fiel quando for vítima das
maldições do conflito final com os poderes das trevas, e quando for acusado
falsamente.
II – JULGAMENTO (vs. 6-11)
Davi apela para a intervenção divina.
Ele disse, v. 6: “Levanta-te, Senhor,
na Tua indignação!” Este é um apelo para que Deus tome uma
iniciativa, e intervenha a fim de julgar o seu caso. Ele estava sofrendo
horrivelmente pela língua caluniosa dos seus inimigos, e de Cuxe em particular.
“Mostra a Tua grandeza contra a fúria dos meus adversários!” Isso demonstra
claramente que os seus inimigos queriam destruí-lo, e estavam ferozes contra
ele. Mas ele sabia que Deus estava indignado contra eles.
Toda acusação será levada a julgamento;
senão dos homens, o caso será levado a julgamento divino. Toda palavra
proferida tem as suas consequências ou para o bem ou para o mal de quem a
proferiu. Disse Jesus Cristo sobre este solene assunto: “Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela
darão conta no Dia do Juízo; porque, pelas tuas palavras, serás justificado e,
pelas tuas palavras, serás condenado.” (Mt
12:36-37).
Mas Davi responde a pergunta: Como
será o Julgamento divino?
1 – O
Julgamento será universal. V. 7: “Reúnam-se ao redor de Ti os povos!” V.
8a: “O Senhor julga os povos”, como foi no passado, e como será no futuro! Davi
não tem receio da presença de todos os povos para presenciar ao julgamento de
sua causa. Ele mesmo chama agora os povos reunidos para serem suas testemunhas.
Ele lembra que o seu próprio povo contemplava as suas perseguições, e ouvia as
acusações contra ele, e muitos estavam na dúvida.
Ele prevê o dia do grande Juízo em que
todos universalmente comparecerão diante do Tribunal divino, em que Deus estará
acima de todas as nações da Terra. A doutrina do Juízo é encontrada em muitos
lugares na Bíblia, e nos salmos isto é uma realidade impressionante. “O Senhor
julga os povos”!
2 – O
Julgamento será individual.V. 8b: “Julga-me, Senhor!” Embora seja um
julgamento universal, cada pessoa será julgada separadamente. Davi faz um forte
apelo para que Deus venha julgá-lo pessoalmente. “Se Deus julga a todos os povos, por que Se demora
em me julgar e defender a minha causa?” Não é admirável que ele peça que Deus o
julgue? Não seria de se temer o julgamento divino? Não, pelo contrário; ele
temia mais o juízo humano; porque ele já estava sendo julgado pelos homens que
o condenaram por atos que ele não praticara, e, portanto, julgaram mal ao
inocente. Eles queriam matá-lo, porque o juízo dos homens é preconceituoso,
injusto, e implacável. Mas Davi, então, recorre ao julgamento de Deus.
Neste ponto, fazemos 3 perguntas
pertinentes:
(1) Os
justos serão julgados? Esta é a verdade mais clara do texto. Davi era
um homem justo e queria ser julgado por Deus. Mas, pergunte aos teólogos
populares e eles responderão que os cristãos não serão julgados. Eles dizem que
os cristãos não precisam de julgamento, e não passarão pelo tribunal porque
eles já estão justificados. Esses teólogos sem teologia baseiam o seu argumento
em João 03:18: “Quem nele crê não é julgado; o que não
crê já está julgado.” Mas o que acontece é que eles estão
baseando a sua doutrina no equívoco de uma tradução.
A palavra grega original é “krino”, que
significa “julgar”, mas também significa “condenar, punir”. A versão Corrigida
diz: “Quem crê nele, não é condenado”, corretamente. De fato, quem crê em Cristo não será
condenado, como afirmou Paulo: “Agora, pois, já
nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.” (Rm 08:01). Portanto, os cristãos não serão
condenados, mas serão julgados. Entretanto, ao invés de temer o julgamento,
eles, como Davi, querem apressar a Deus para que os julgue e vindique a sua causa
contra os seus inimigos opressores. Disse Davi: “Julga-me,
Senhor!”
(2) Qual
era o critério de Davi? Ele mesmo diz, v. 8: “segundo a minha retidão e segundo a integridade que há em mim.” Davi queria ser julgado pela sua retidão e
integridade. Mas como pode Davi se dirigir a Deus e apresentar a sua justiça?
Não é estranho que Lhe apresentasse esse critério e esta condição, quando se
esperava dele que se humilhasse e confessasse a sua culpa? Ele disse no Salmo
40:12: “Não têm conta os males que me cercam;
as minhas iniqüidades me alcançaram, tantas, que me impedem a vista; são mais
numerosas que os cabelos de minha cabeça.”
Como poderia ele apresentar alguma
justiça diante de Deus? A pergunta é correta, mas está fora de contexto. Davi
apresentava a correção de sua vida com relação às coisas de que o julgavam e
ele sabia com toda a certeza que não tinha praticado aquilo de que o acusavam.
Este era um caso específico em que um homem justo estava sendo condenado e
acusado injustamente.
(3) Qual é o grande desafio de
hoje? Integridade. Davi tinha um caráter
íntegro, e os cristãos também a possuem. Prega-se em nosso tempo muito sobre os
pecados dos cristãos, mas pouco, ou quase nada, sobre a integridade deles. Os
cristãos sinceros são íntegros. Vemos em nosso mundo pessoas que mentem,
roubam, adulteram e matam com muita tranquilidade. Os cristãos revelam a sua
integridade nas circunstâncias mais difíceis, nos momentos mais dramáticos de
sua vida. Eles não mentem como é comum em nossa sociedade. Eles não se
aproveitam das horas em que o seu patrão está fora de sua vista. Eles são fiéis
à sua esposa. Não entram em confusão e respeitam as pessoas, e não são vistos
em brigas com os outros. Eles sabem amar e são pessoas em quem se pode confiar.
3 – O
Julgamento será vindicatório. V. 9: “Cesse a malícia dos ímpios, mas estabelece tu o justo!” Os justos serão vindicados, justificados, defendidos
perante todos, e então, eles serão estabelecidos e os ímpios derrotados, e
cessarão a sua malícia. Os falsos acusadores saberão que suas mentiras serão
expostas diante de todo o Universo. E eles ficarão sem poder dizer nada para se
justificar. Será uma situação terrível e embaraçosa. Então, o mal cessará; o
pecado não se levantará pela segunda vez. Então, os justos serão estabelecidos
para sempre num reino eterno. E Deus será glorificado!
4 – O
Julgamento será justo. Por 2
razões, claras nos v. 9b-11:
(1) Deus tem o poder. Deus é onisciente: “Sondas
a mente e o coração!” (v. 9). Deus é tão
sábio que pode penetrar até na mente do homem e nada escapa ao seu olhar
penetrante e perscrutador. Ele é capaz de ler os pensamentos da mente e
perceber os sentimentos e afeições do coração. Ele é sábio demais para errar, e
vê o coração além das aparências. Ele não julga pelo exterior, mas vê o coração
de cada um, e julga pela reta justiça. Se é assim, Ele tem o poder para fazer
justiça.
(2) Deus tem o caráter. Deus não somente tem o poder para fazer justiça,
como também tem o caráter justo; Ele é chamado de “justo Juiz” (v.11). “Deus é o meu escudo; Ele salva os retos de coração.” Davi confia em Deus como o seu Escudo porque tem
certeza de que Deus o salvará de seus inimigos que desejavam a sua morte. Mas o
Senhor é o “justo Juiz”, e, portanto, Ele faz distinção entre pessoas, salvando
“os retos de coração” e demonstrando a Sua indignação e ira contra os ímpios.
Mas esta declaração do v. 10 é
polêmica: “Ele salva os retos de coração”! Como assim? Deus salva os justos? Então, temos de
ser justos e retos para que Deus nos salve? Isso não é salvação pelas obras?
Como entender estas palavras? A resposta fica por conta do contexto. Salvação
aqui se refere à libertação dos que nos oprimem e nos acusam injustamente. Davi
desejava esta libertação, e por isso confiava em Deus como o seu Refúgio (v. 1)
e como o seu Escudo (v. 10), Aquele que salva e livra os que são retos e
íntegros e tem uma vida em harmonia com os ditames da Sua Lei.
III – CONDENAÇÃO (v. 12-16)
Agora, o salmista apresenta a sorte dos
ímpios e dos que gostam de dar um falso testemunho a respeito do caráter
íntegro dos filhos de Deus. Ele responde agora à seguinte pergunta: Como
serão os ímpios condenados?
1 – Os ímpios
serão condenados por um Deus justo. V.
12-13: “Se o homem não se converter, afiará
Deus a sua espada; já armou o arco, tem-no pronto; para ele preparou já
instrumentos de morte, preparou suas setas inflamadas.” Muitos dizem que Deus não condena a ninguém. Mas
nós encontramos outra história na Bíblia. Deus condenou a Adão e Eva, e os
expulsou do Paraíso. Deus condenou a Sodoma e Gomorra com fogo e enxofre. De
condenou a Ananias e Safira, da igreja primitiva. Condenou a Herodes. A Sua
espada está preparada e as Suas flechas prontas contra todos os ímpios que não
se converterem. Ele pode fazer isto por ser um Deus justo que não Se compraz
com o pecado e a iniquidade. Ele sempre condena o pecado, seja em quem estiver!
Mas estas palavras estão cheias de
esperança. O salmista apresenta uma condição, cuja recíproca também é
verdadeira, segundo a qual se os homens se converterem, o Senhor desviará deles
a Sua espada e as Suas setas inflamadas, a fim de que possam ser salvos. Mas se
eles não se converterem, serão condenados porque Deus é justo e não pode
inocentar ao ímpio.
2 – Os ímpios
serão condenados por seus pecados. V.
14: “Eis que o ímpio está com dores de
iniqüidade; concebeu a malícia e dá à luz a mentira.” Em figura, a fertilidade para o mal é comparada ao
processo de gestação e parto. No simbolismo da poesia deste salmo, o ímpio
produz o engano e a mentira naturalmente. O pecado é a vida do ímpio. O pecado
está nele por dentro e por fora. Nos seus pensamentos, palavras e atos. O ímpio
nasce no pecado, cresce no pecado e respira no pecado. Não admira que as
pessoas digam frequentemente: “Que mal tem isso?” Entretanto, “quanto ao perverso, as suas iniqüidades o prenderão, e com as cordas do
seu pecado será detido.” (Pv 05:22).
3 – Os ímpios serão condenados por suas próprias mãos. V. 15-16: “Abre, e aprofunda uma cova, e cai nesse mesmo poço que faz. A sua
malícia lhe recai sobre a cabeça, e sobre a própria mioleira desce a sua
violência.” Hamã ergueu uma forca para o justo
Mardoqueu, mas ele é que foi enforcado nela. A sua maldade e violência lhe
recaiu sobre a sua própria cabeça, porque “tudo
o que o homem semear, isso também ceifará”
(Gl. 06:05). O mal traz sua própria punição contra o malfeitor. O justo Juiz
destruirá aqueles que perseguem os cristãos fazendo sua violência cair sobre as
suas próprias cabeças.
CONCLUSÃO (v. 17)
Davi, finalmente conclui este salmo com
as palavras gloriosas: “Eu, porém, renderei graças ao Senhor,
segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do Senhor Altíssimo.” Este é o seu grande clímax. Esta é a maior razão
por que Davi tanto procurava o julgamento divino. Este é o motivo mais
impressionante por que Davi podia ter segurança de que seria salvo: a justiça
de Deus. Ele sabia que o seu caso seria julgado a seu favor, porque Deus vê o
coração sincero e amorável, e não julga pelas aparências, e é capaz de revelar
a justiça que emoldura o seu caráter maravilhoso.
Portanto, qual seria a atitude natural
e espontânea de Davi? Gratidão e louvor. Ele rende graças a Deus por Sua
justiça e canta os seus louvores ao nome de um Deus que tem o Seu trono
soberano no Universo, como o Excelso Senhor Altíssimo.
Precisamos ter esta experiência em
nossa própria vida. Necessitamos conhecer mais da justiça misericordiosa de
Deus. E se você também está decepcionado com algumas pessoas, se você também
foi acusado injustamente, este é o momento de voltar-se para Deus e louvar a
Sua justiça imparcial e compassiva, em favor de sua libertação. Os resultados
serão logo vistos e sentidos.
Pense nisso!
Eu fui absolvido das calunias que foram proferidas contra mim!
Do seu Pastor: Samuel José dos Santos Filho
A graça do Nosso Senhor
e Salvador Jesus Cristo,
E o amor de Deus,
E as doces comunhão e
consolações do Espírito Santo,
Sejam com todos vós,
E com todo povo de Deus espalhados sobre a
face da terra,
Desde agora e para todo
Sempre,
Amém.
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