Eu Sei em quem eu Tenho Crido
Quinta Feira
11 de Julho de 2013
"Porque
eu sei em quem tenho crido"
Nosso texto: "Por cuja causa
padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e
estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia" (2Tm 1:12).
Louvado seja
o nosso Deus e pai, criador dos céus e da terra e que muito nos abençoará -
mais uma vez - nessa Tarde por meio de Sua palavra.
Nosso texto
de hoje é uma tendência oposta ao que vemos proliferando pelos arraiais
evangélicos - ou que acha que entende o evangelho - pois fala da certeza sobre
em quem temos depositado nossa confiança. Veremos que para o homem de Deus
permanecer firme diante das situações adversas da vida, se faz necessário que
ele compreenda algumas - para não dizer, muitas! - questões referentes ao
evangelho e sua mensagem. Paulo nos orientará mediante sua confissão inabalável
quanto à certeza no seu Salvador.
Enquanto a
primeira carta de Paulo a Timóteo teve um cunho mais eclesiástico - isto é,
visava a estrutura daquela igreja - a segunda - parece - ser dirigida mais
especificamente ao próprio destinatário e às dificuldades com que ele iria se
deparar.
Paulo inicia
sua segunda carta a Timóteo, afirmando - novamente, pois o fez também em 1Tm
1:1 - que era apóstolo pela vontade de Deus, mas não somente isso, mas que
havia sido constituído para tal fim "segundo a promessa da vida que está em Cristo Jesus" (v.1). Paulo não invoca sobre si um mero título -
como muitos o fazem hoje em dia - ou proclama a Timóteo que ele um apóstolo
porque gostava de ter alguns "status" entre os crentes, mas lhe diz
que assim é pois vive "segundo a promessa da vida que está em Cristo Jesus".
Ele então
continua dizendo que serve a Deus com uma consciência pura, não fingida, não
egoísta, mas como uma espécie de amor altruísta, isto é, voltado para o próximo
- "Dou graças
a Deus, a quem desde os meus antepassados sirvo com uma consciência pura, de
que sem cessar faço memória de ti nas minhas orações noite e dia" (v.2 - ênfase minha).
Após instar
a Timóteo para que permanecesse nos retos caminhos em que havia sido ensinado
(vs.4-6), Paulo anima o seu amado para que não se deixasse levar pelas
situações adversas ou pensasse que o Senhor não o havia instituído para aquele
ofício, mas sim que "Deus
não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação" (v.7) - pois era necessário que Timóteo
entendesse que a força do Senhor estava com ele, apesar de tudo que teria de
suportar.
Então, Paulo
exorta Timóteo para que não perdesse as esperanças no evangelho - pois, se
Paulo continuava a labutar em prol do reino porque tinha sido constituído
apóstolo, "segundo
a promessa da vida que está em Cristo Jesus" (v.1), isso também seria verdadeiro para Timóteo que havia
recebido a bênção de Paulo (v.6) - e para que não se envergonhasse do
evangelho, mas "antes
participa das aflições do evangelho segundo o poder de Deus" (v.8). Contudo, a finalidade da exortação não era
apenas para que Timóteo compartilhasse das aflições de Paulo, mas sim para
mostrar que Paulo - e Timóteo também viria a experimentar (veja os versículos
mais adiante) - estava sofrendo por aquele "nos
salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas
segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes
dos tempos dos séculos" (v.9),
declarando a Timóteo a grandiosa obra que estava diante dele.
Porém, Paulo
não prende-se ao tempo passado, mas diz que o propósito de sua vida - que já há
muito havia sido predestinada - no tempo presente se dá por meio da "aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu
a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho" (v.10).
Ou seja, por
meio de Jesus Cristo, aquela "santa vocação"
de Paulo e Timóteo que havia sido predestinada
"antes dos tempos dos séculos", agora havia se tornado realidade mediante "aparição de nosso
Salvador Jesus Cristo" e no qual
Paulo havia sido "constituído
pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios"
(v.11)
Finalmente,
Paulo escreve dizendo como isso se traduz em sua vida: "Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho;
porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar
o meu depósito até àquele dia" (2Tm
1:12). Nesse momento, como que fazendo uma pausa para recuperar as energias,
ele descreve a Timóteo como que conseguia ser prisioneiro (v.8) e viver a vida
pela fé em Cristo Jesus, e a resposta encontrasse no meio de nosso versículo: "porque eu sei em
quem tenho crido".
Muitos hoje
em dia olham para a vida de Paulo e gritam: "Eu queria ser como Paulo! Ser
mestre da Lei, apóstolo de Cristo, ter servido às igrejas, ter levado o
evangelho da salvação, ter presenciado muitos milagres, ser reconhecido pela
igreja, ter minhas palavras perpetuadas pelo tempo...", contudo,
esquecem-se que a vida de Paulo - e de tantos outros! - não foi apenas isso.
"Porque
tenho para mim, que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados
à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos, e aos homens.Nós
somos loucos por amor de Cristo, e vós sábios em Cristo; nós fracos, e vós
fortes; vós ilustres, e nós vis. Até esta presente hora sofremos fome, e sede,
e estamos nus, e recebemos bofetadas, e não temos pousada certa, E nos
afadigamos, trabalhando com nossas próprias mãos. Somos injuriados, e
bendizemos; somos perseguidos, e sofremos; Somos blasfemados, e rogamos; até ao
presente temos chegado a ser como o lixo deste mundo, e como a escória de
todos. Não escrevo estas coisas para vos envergonhar" (1Co 4:9-14).
"Recebi
dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas,
uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei
no abismo; Em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de
salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos
na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos
irmãos; Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em
jejum muitas vezes, em frio e nudez. Além das coisas exteriores, me oprime cada
dia o cuidado de todas as igrejas"
(2Co 11:24-28).
Paulo também
teve alguns - na verdade, muitos! - conhecidos e companheiros engolidos pelos
mares da incredulidade - "Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns,
rejeitando, fizeram naufrágio na fé. E entre esses foram Himeneu e Alexandre,
os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar" (1Tm 1:18-20). "Procura vir ter comigo depressa, Porque Demas me
desamparou, amando o presente século, e foi para tessalônica" (2Tm
4:9,10). "Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos
males; o Senhor lhe pague segundo as suas obras. Tu, guarda-te também dele,
porque resistiu muito às nossas palavras. Ninguém me assistiu na minha primeira
defesa, antes todos me desampararam" (1Tm
4:14-16).
Contudo,
esse homem ainda podia dizer: "eu sei em quem tenho crido".
Amados
irmãos, certamente que temos muito a aprender com essas poucas palavras. Aqui,
gostaria de frisar 3 apontamentos importantes para a vida cristã:
1. É
necessário que Deus se revele ao homem e o fortaleça
A força
motivadora de Paulo é encontrada no primeiro versículo:
"Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela
vontade de Deus" (v.1).
Assim como
em suas outras cartas, Paulo procurou deixar claro que o fato dele sofrer o que
sofria, era porque havia recebido o apostolado de Jesus Cristo - isto é, havia
sido chamado para proclamar a bênção de Deus e implantar novas igrejas por onde
Ele o guiasse - e que não era ele mesmo quem batalhava, mas Cristo por ele: "Já estou
crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida
que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se
entregou a si mesmo por mim" (Gl
2:20)
Paulo sabia
que se não fosse pelo Senhor, ele não iria a lugar algum e certamente já
teria abandonado a fé. - "Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o
efetuar, segundo a sua boa vontade" (Fp
2:13).
O apóstolo
Paulo - e também todos os demais grandes homens da Bíblia - tinha a certeza de
que era Deus quem o fortalecia, que era Ele quem o guiava, que era Ele quem o
inspirava: "Porque
dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele
eternamente. Amém" (Rm 11:36). Paulo não via-se lutando inutilmente, mas "Prossigo para o
alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (Fp 3:14) - ele sabia em que cria.
Paulo era
consciente de que havia sido instituído como apóstolo
"pela vontade de Deus" e não
por suas próprias forças - ou por seu "livre arbítrio" - pois quem em
sã consciência escolheria viver uma vida sofredora em vez de poder desfrutar
dos "prazeres" - ainda que efêmeros e ínfimos - dessa vida? Que
razões Paulo teria para seguir um Cristo crucificado e que era zombado por
todos? De que valeria viver uma vida seguindo um homem que se dizia ser filho
do Rei, mas que no entanto não pôde nem ao menos descer de uma cruz?
Certamente
que Paulo levava cativo em seu coração as palavras ditas aos romanos: "Assim, pois, isto
não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece" (Rm 9:16).
2. O homem
de Deus precisa conhecer muito bem o evangelho
É um erro
extremamente grosseiro o fato de hoje em dia vermos pessoas serem tão avessas à
intelectualidade. Está "na moda" ser relativo, ser indiferente, ser
voltado para si mesmo, buscar o seu próprio prazer, ganhar dinheiro à custa de
outros e uma série de atos estranhos à Escritura. É lamentável vermos a
deterioração dos inúmeros "ministérios" que proliferam mais que
postos de gasolina, farmácias ou padarias, sem ao menos atentarem para as
palavras de Jesus: "Jerusalém,
Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas
vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos
debaixo das asas, e tu não quiseste!" (Mt
23:37). Tais "ministérios" não
percebem que mais pregam as "boas novas" do homem pecador do que as
boas novas do Santo Salvador.
Quando
falamos sobre intelectualidade e o repulso que isso causa nas pessoas - afinal,
para tais, ser intelectual é ser "nerd", retrógrado, sem alegria pela
vida, um indivíduo taciturno, quase que desconectado da sociedade - isso não
significa que somente os crentes que souberem grego, hebraico, aramaico e
geografia bíblica serão salvos, contudo, importa-nos notar que precisamos
conhecer a quem temos seguido.
A Bíblia nos diz: "Na verdade, na verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador. Aquele, porém, que entra pela porta é o pastor das ovelhas. A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz, e chama pelo nome às suas ovelhas, e as traz para fora. E, quando tira para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. Mas de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos" (Jo 10:1-5). Observemos que em momento algum Jesus nos diz que o pastor fica atrás das ovelhas dando-lhes chicotadas ou ferindo-as desnecessariamente - como que para infundir-lhes terror e medo - mas antes vai à frente, guiando-as e tão somente elas o seguem, "porque conhecem a sua voz". Jesus também não demonstra estar apreensivo com a possível chance de algumas delas se perderem, pois "conhecem a sua voz".
As ovelhas do Senhor sempre ouvem e para sempre ouvirão a sua voz, ainda que durante o tempo de sua peregrinação sofram assaltos, fome, sede, nudez, ventos contrários, raios, terremotos e qualquer outra coisa que possa lhes tentar a desviarem-se do único e reto caminho caminho. E para aqueles que saíram e não mais voltaram, a Bíblia nos alerta: "Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós" (1Jo 2:19).
A Bíblia nos diz: "Na verdade, na verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador. Aquele, porém, que entra pela porta é o pastor das ovelhas. A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz, e chama pelo nome às suas ovelhas, e as traz para fora. E, quando tira para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. Mas de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos" (Jo 10:1-5). Observemos que em momento algum Jesus nos diz que o pastor fica atrás das ovelhas dando-lhes chicotadas ou ferindo-as desnecessariamente - como que para infundir-lhes terror e medo - mas antes vai à frente, guiando-as e tão somente elas o seguem, "porque conhecem a sua voz". Jesus também não demonstra estar apreensivo com a possível chance de algumas delas se perderem, pois "conhecem a sua voz".
As ovelhas do Senhor sempre ouvem e para sempre ouvirão a sua voz, ainda que durante o tempo de sua peregrinação sofram assaltos, fome, sede, nudez, ventos contrários, raios, terremotos e qualquer outra coisa que possa lhes tentar a desviarem-se do único e reto caminho caminho. E para aqueles que saíram e não mais voltaram, a Bíblia nos alerta: "Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós" (1Jo 2:19).
O pastor
puritano Richard Baxter, ao escrever sobre os sermões e como isso deveria se
dar na vida da igreja, escreveu no capítulo "Orientações Sobre Como Ouvir
com Proveito a Palavra Pregada, no Christian Directory: Não vinde
ouvir com um coração desatento, como se viésseis ouvir uma questão que pouco
vos interessa, mas vinde com um senso da indizível importância, necessidade e
consequência da Santa Palavra que viestes ouvir; e quando entenderdes o quanto
isso vos envolve, será de grande ajuda compreenderdes cada verdade em
particular... Esforçai-vos diligentemente por aplicar a Palavra, enquanto a
estiverdes ouvindo... Não deixeis tudo ao encargo do ministro, como aqueles que
não irão além do que forem empurrados... Tendes um trabalho a fazer, tanto
quanto o pregador, e deveríeis estar tão ocupados quanto ele... deveis abrir
vossas bocas, digerindo a Palavra, pois ninguém pode digeri-la em vosso
lugar... logo, trabalhai o tempo todo, abominando o coração preguiçoso no
ouvir, tanto quanto um ministro preguiçoso. Ruminarei e recordai tudo ao
chegardes em casa, em vossos quartos, e, mediante a meditação, pregai novamente
a vós mesmo. Se a prédica for exposta friamente pelo pregador, então... pregai
com maior vigor aos vossos corações..." Costumamos lamentar, hoje em dia,
que os ministros não sabem pregar; mas não é igualmente verdadeira que nossas
congregações não sabem ouvir? [1]
Para que uma
conversão seja sólida, segundo Baxter, é indispensável o conhecimento da
verdade. “Um homem pode ir para o inferno com conhecimento”, afirma ele, “mas
ele certamente irá para o inferno se não o tiver”, pois como "pode amar e
servir a Deus a quem não conhece?" [2]
Certamente
que tais palavras nos soam um tanto ásperas, mas isso não é culpa delas mesmas,
mas sim de nossos corações obscurecidos e ainda propensos para a auto
satisfação. É lamentável que muitos professos da fé cristã não atentem
para a exortação bíblica: "Procura apresentar-te
a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem
a palavra da verdade" (2Tm
2:15).
Nossas
igrejas estão cheias de bodes que são tratados como ovelhas e ovelhas que são
tratadas como bodes. Homens e mulheres precisam urgentemente ser colocados
contra a parede do evangelho e exortados: "Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como
é digno da vocação com que fostes chamados"
(Ef 4:1) e ainda: "Vós, porém, não estais
na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se
alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele" (Rm 8:9).
Novamente,
Baxter nos útil nessa questão: "Toda pessoa dotada de uma alma capaz de
fazer questionamento, deveria conhecer o Deus que a criou e para qual
finalidade deveria viver; e também deveria conhecer o caminho para a sua
felicidade eterna, tanto quanto os eruditos. Vocês não têm almas a serem ganhas
ou perdidas, tanto quanto os eruditos? Deus deixou clara para vocês a sua
vontade em sua Palavra; Ele lhes tem dado mestres e muitos outros meios, de tal
modo que vocês não terão desculpa se forem ignorantes; vocês devem saber como
ser crentes, mesmo que não sejam eruditos. Vocês poderão chegar ao céu usando o
inglês, embora não tenham conhecimento do hebraico ou grego, mas nas trevas da
ignorância vocês jamais chegarão lá. ...Portanto, se pensam que podem
justificar-se diante da sua falta de conhecimento, então poderão também pensar
que podem justificar-se diante da falta de amor e de obediência, pois essas
virtudes não podem existir sem o conhecimento... Se ao menos vocês estivessem
dispostos a obter o conhecimento de Deus e das realidades celestes, assim como
estais dispostos a conhecer as artes de seus negócios, vocês já teriam começado
a muito tempo, não poupando esforços nem dores para obter esse conhecimento.
Mas vocês pensam que sete anos é pouco para aprender a sua profissão e, no
entanto, não querem dedicar um dia, em cada sete, para aprenderem com
diligência as questões atinentes à salvação de suas almas. Se o céu é elevado
demais para vocês pensarem nele e se prepararem para ele, então ele é elevado
demais para vocês chegarem a possuí-lo". [3]
"Porque
eu quero a misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do
que os holocaustos" (Os 6:6).
3. É
necessário que o homem de Deus leve cativo a promessa da vida eterna
Por fim,
Paulo podia viver e seguir em frente a sua jornada, pois vivia "segundo a promessa
da vida que está em Cristo Jesus" (v.1). "Ora, a fé é o
firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não
vêem" (Hb 11:1).
Paulo não
conseguia enxergar - literalmente - o seu fim, nem tampouco tinha uma
"visão além do alcance", contudo, vivia segundo a fé e a promessa da
vida que está em Cristo Jesus.
Meus amados,
como temos nos esquecido de que somos forasteiros nesse mundo, que estamos
apenas de passagem e que nada mais importa a não ser vivermos para proclamar e
glorificar a Deus nesse mundo. É indispensável que nos lembremos diariamente do
céu e de suas promessas, pois caso contrário, certamente fraquejaremos.
Assim como
um jardim - na ilustração de Spurgeon - precisa de constantes cuidados para que
não se introduzam sorrateiramente ervas daninhas e toda sorte de pestes, assim
também é necessário que o homem de Deus examine a sim mesmo a cada dia para que
veja se não cresce junto ao seu coração qualquer semente maligna que possa
dissimular heresias e vontades contrárias ao evangelho de nosso Senhor e
Salvador.
Que possamos
refletir sobre em quem temos crido e se de fato estamos conscientes de quem Ele
é em si mesmo e o que significa isso em nossas vidas. Que o Espírito Santo de
Deus nos guie junto à nossa consciência e mostre-nos se de fato temos vivido
uma vida segundo o Seu propósito, e quando isso acontecer, que nos lembremos
das santas e sábias palavras: "E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes,
enganando-vos com falsos discursos" (Tg 1:22).
Pense nisso!
Do seu Pastor: Samuel José dos Santos Filho
A graça do Nosso Senhor
e Salvador Jesus Cristo,
E o amor de Deus,
E as doces comunhão e
consolações do Espírito Santo,
Sejam com todos vós,
E com todo povo de Deus espalhados sobre a
face da terra,
Desde agora e para todo
Sempre,
Amém.
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