Estudos Bíblicos - A QUEM VOCÊ LOUVA: DEUS ou ao diabo?
Domingo 25 de agosto de 2013
A QUEM VOCÊ LOUVA: DEUS ou ao diabo?
“Bom é render graças ao SENHOR e cantar louvores
ao teu nome, ó Altíssimo. Louvai ao SENHOR, porque é bom e amável cantar
louvores ao nosso Deus; fica-lhe bem o cântico de louvor”. (Salmos
92:01 e Salmos 147:01).
A música é a arte do céu, a
rainha das artes, a linguagem da alma. A música é universal, transcendental,
atemporal e eterna. A música é um veículo de comunicação anterior à palavra. A
música é uma das forças mais poderosas do mundo. O seu ritmo interfere em nossa
estrutura muscular, altera nosso batimento cardíaco, nossa velocidade de
marcha ou nosso sistema respiratório. A música é um instrumento de comunicação
do homem com Deus e de Deus com o homem. O homem fala a Deus através dos
cânticos e Deus fala ao homem por intermédio da música. A música é um veículo de mão dupla. Por
ela, louvamos a Deus e também proclamamos a mensagem de Deus aos homens. A
melodia interfere poderosamente nas emoções e pode levar pessoas da alegria às
lágrimas ou da euforia à calma em poucos instantes. Um exemplo claro deste fato
é Saul. Pois ao desobedecer ao Senhor o Espírito se retirou dele e Deus
permitiu que um espírito maligno se apossasse dele que o perturbava
constantemente, e somente quando Davi tocava a harpa Saul sentia-se melhor. “Manda, senhor nosso, aos teus servos que
estão na tua presença, que busquem um homem que saiba tocar harpa; quando o
espírito maligno, enviado de Deus, te sobrevier, tocará ele com a sua mão, e te
acharás melhor”. (1 Samuel 16:16).
A
música tem um poder de influencia muito grande e é por isso que
Agostinho, no seu livro “Confissões”, admitiu que guando a música o
sensibilizasse mais do que as letras que se cantavam, tinha a clara
sensação de que havia pecado. Todo tipo de música é uma forma de adoração,
quer seja a Deus ou ao diabo. Através da música adoramos a Deus ou a satanás. O
verdadeiro louvor procede de um coração regenerado, daquele que creu em sua
inclusão no corpo de Cristo, que morreu e ressuscitou com o Senhor. Todos os
que creram tem louvor em seus lábios: “Então, creram
nas suas palavras e lhe cantaram louvor”. (Salmos 106:12).
A
vida cristã deve parecer mais com uma festa de casamento do que com um enterro.
A música marca as grandes celebrações e vitórias do povo de Deus. Miriam cantou
depois da travessia do mar vermelho. Davi cantou ao trazer a Arca da aliança
para Jerusalém. diz: “Está alguém alegre? Cante louvores”. (Tiago
05:13b).
Todos
os que creram estão unidos à Cabeça que é Cristo e fazem parte do corpo do
Senhor que é a igreja. Por isso devemos celebrar louvores a Deus com união
entre os irmãos. A união do povo de Deus, já é uma grande causa de alegria e um
símbolo de vitória. Onde há união entre o povo de Deus, “ali o Senhor ordena a
Sua benção e a vida para sempre”. Agora onde falta comunhão, inexiste louvor e
adoração. A alegria é uma das marcas distintivas do povo de Deus. As
celebrações do povo de Deus precisam ser festivas e cheias de grande júbilo. O
Evangelho que abraçamos é boa-nova de grande alegria. O Reino de Deus que está
em nós é alegria. O fruto do Espírito é alegria. A ordem de Deus para a igreja
é: “Alegrai-vos
sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos”. (Filipenses
04:04).
Mas,
antes que alguém possa louvar a Deus, precisa conhecê-Lo. Louvar um Deus
desconhecido, ou dar graças a um que é conhecido apenas como “duro
e severo”, exigindo e cobrando, seria impossível. Pedir a um coração que chora,
para cantar ou a uma alma em escravidão para louvar, seria zombar deles. O
livramento precisa ser conhecido e usufruído; a salvação precisa ser consumada
e recebida, antes que uma explosão de louvor possa escapar dos lábios do homem,
ou que uma nota de ação de graça suba a Deus. Cada questão deve ser resolvida,
a consciência deve estar tranquila e o coração cheio, antes que o louvor possa
começar. “Celebrarei as benignidades do SENHOR e os seus atos
gloriosos, segundo tudo o que o SENHOR nos concedeu e segundo a grande bondade
para com a casa de Israel, bondade que usou para com eles, segundo as suas
misericórdias e segundo a multidão das suas benignidades”. (Isaías 63:07)
Vemos
nas Escrituras Sagradas o primeiro cântico que foi entoado por um povo salvo e
o momento do seu cantar veio imediatamente depois, e como resultado, da sua
salvação. É bom saber tudo isto, pois muitos que hoje cantam deveriam chorar e
os gemidos seriam uma expressão mais autêntica do seu coração do que os
cânticos. Quando o povo de Deus chegaram ao Mar Vermelho, eles estavam em
terror, seus inimigos estavam ao seu redor, poderosos; eles gritavam de medo;
não podiam cantar. Como poderiam cantar quando estavam nas próprias garras da
morte? Agora, porém, tudo mudou; o inimigo foi derrotado e a vitória foi ganha.
A sequencia é: eles “viram”; eles “creram”, e então eles “cantaram”.
Vamos ler em Êxodo 14:31 e
15:1-2. “E viu Israel o grande poder que o SENHOR
exercitara contra os egípcios; e o povo temeu ao SENHOR e confiou no SENHOR e
em Moisés, seu servo. Então, entoou Moisés e os filhos de Israel este
cântico ao SENHOR, e disseram: Cantarei ao SENHOR, porque triunfou gloriosamente;
lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro. O SENHOR é a minha força e o meu
cântico; ele me foi por salvação; este é o meu Deus; portanto, eu o louvarei;
ele é o Deus de meu pai; por isso, o exaltarei”.
É
exatamente aqui que o louvor se encaixa; é depois da salvação e não antes dela.
Os pés são primeiramente tirados do “lago horrível, dum charco de lodo” e então
o novo cântico enche a boca. O pródigo recebeu primeiro o beijo de amor do pai,
e depois “começaram a alegrar-se”. Filipe desceu à Samaria e pregou-lhes a
Cristo; o povo creu na Palavra e houve “grande alegria naquela cidade”. O
etíope, no deserto de Gaza creu, e então seguiu o seu caminho “jubiloso”. “No tocante a mim, confio na
tua graça; regozije-se o meu coração na tua salvação”. (Salmos
13:05).
O
louvor é o transbordar do coração cheio da certeza da graça e do amor de Deus e
só pode vir de alguém que já morreu com Cristo. Hoje vemos multidões de homens
e mulheres religiosos cantando salmos e hinos, domingo após domingo, usando a
linguagem mais ortodoxa, a música mais arrebatadora, a harmonia e o arranjo
mais perfeitos e, contudo, se não são salvos, se jamais passaram pela cruz, o
assunto todo é uma coleção solene de falsidades. Enquanto uma alma estiver
“morta em ofensas e pecados” não pode louvar, porque os mortos espiritualmente
não louvam. Está escrito nos “Os mortos não louvam o SENHOR, nem os que descem à
região do silêncio”. Salmos
115:17
Estamos
assistindo nos dias de hoje os mais atrevidos insultos que são apresentados ao
Deus dos céus sob o pretexto de louvor. As mais solenes cenas dos sofrimentos
do Senhor são colocadas em música e cantadas por centenas de pecadores
descuidados, e aplaudidos por milhares mais! As agonias da morte do Filho de
Deus são produzidas em forma popular para agradar os gostos repugnantes de
homens perversos, para acalmar suas consciências e levá-los a esquecer do dia
quando o Assassinado e os assassinos se encontrarão. Para os redimidos há o
perfeito louvor em seus lábios. Como é bom cantar o mais doce cântico da
salvação: “de Cristo sou, e Cristo é meu”. Vamos ler o último texto de Salmos 18:02-03 “O SENHOR é a minha rocha, a minha cidadela, o meu
libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a força
da minha salvação, o meu baluarte. Invoco o SENHOR, digno de ser louvado, e
serei salvo dos meus inimigos”.
Pense nisso!
Do seu Pastor: Samuel José dos Santos Filho
A graça do Nosso Senhor
e Salvador Jesus Cristo,
E o amor de Deus,
E as doces comunhão e
consolações do Espírito Santo,
Sejam com todos vós,
E com todo povo de Deus espalhados sobre a
face da terra,
Desde agora e para todo
Sempre,
Amém.
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