Estudo Bíblico- SOBERANIA DE DEUS - Domingo 22 de Fevereiro de 2015
Domingo
22 de Fevereiro de 2015
SOBERANIA DE DEUS
“Quando, pois, alguém diz: Eu sou de Paulo, e outro: Eu, de Apolo, não é
evidente que andais segundo os homens? Quem é Apolo? E quem é Paulo? Servos por
meio de quem crestes, e isto conforme o Senhor concedeu a cada um. Eu plantei,
Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é
alguma coisa, nem o que rega, mas Deus que dá o crescimento”. 1 Coríntios
3.4-7
O nosso estudo se baseará no tema: A SOBERANIA DO NOSSO DEUS. Falar da soberania de Deus é afirmar o seu poder de decisão em todas as áreas, seja no controle das forças da natureza ou nos acontecimentos diários; Seja nas grandes bênçãos ou nas piores catástrofes; seja para dar vida a alguém ou decidir sobre sua morte; seja na condenação dos pecadores ou na salvação dos pecadores que ele decidiu perdoar. O soberano é aquele que decide sem que haja outra pessoa que possa impedi-lo de agir como deseja. Deus é livre em suas ações e tem todo o poder e autoridade para decidir fazer o que lhe aprouver e nenhum ser, seja homem, animal ou espírito, poderá impedir ou retardar a concretização do seu projeto. Esta autoridade que lhe pertence faz de Deus o Soberano.
Para explorarmos melhor o texto, com base no nosso tema, responderemos à seguinte pergunta: Como é que evidenciamos a nossa submissão à soberania de Deus?
O nosso estudo se baseará no tema: A SOBERANIA DO NOSSO DEUS. Falar da soberania de Deus é afirmar o seu poder de decisão em todas as áreas, seja no controle das forças da natureza ou nos acontecimentos diários; Seja nas grandes bênçãos ou nas piores catástrofes; seja para dar vida a alguém ou decidir sobre sua morte; seja na condenação dos pecadores ou na salvação dos pecadores que ele decidiu perdoar. O soberano é aquele que decide sem que haja outra pessoa que possa impedi-lo de agir como deseja. Deus é livre em suas ações e tem todo o poder e autoridade para decidir fazer o que lhe aprouver e nenhum ser, seja homem, animal ou espírito, poderá impedir ou retardar a concretização do seu projeto. Esta autoridade que lhe pertence faz de Deus o Soberano.
Para explorarmos melhor o texto, com base no nosso tema, responderemos à seguinte pergunta: Como é que evidenciamos a nossa submissão à soberania de Deus?
A primeira resposta que obtivemos no texto é que,
evidenciamos a nossa submissão à soberania de Deus QUANDO RECONHECEMOS QUE DEUS
É O SENHOR. “Quando, pois, alguém diz: Eu sou de Paulo, e outro: Eu, de Apolo,
não é evidente que andais segundo os homens?”No estudo passado vimos que o
crente experiente age como criança quando copia as atitudes dos incrédulos. Em vez
de serem exemplos para os outros, acabam eles mesmos copiando os erros daqueles
que não conhecem a verdade salvadora de Deus. Por isso são envergonhados por
não poderem se alimentar de alimento sólido, ou seja, são incapazes de
discussões em níveis superiores e por isso são tratados como crianças.
Quem manda é Deus! Se um senhor não é obedecido é
porque o servo não está reconhecendo sua autoridade. Esse servo merece castigo,
pois o reconhecimento da autoridade do Senhor está exatamente na obediência incondicional
à sua vontade. O rei não deixa de ser rei se algum de seus súditos resolve
desobedecer-lhe, mas o servo se mostra rebelde quando não o obedece.
Uma jovem conheceu um rapaz e se interessou por ele.
Ela conhece o seu comportamento agressivo e rebelde, mas isso de certa forma
até a atrai. Como uma crente ela ora e pede para que seus irmãos orem também a
respeito do possível namoro. Quando a família da moça fica sabendo do interesse
dela por um jovem violento como aquele, logo se interpõe e proíbe o namoro. As
amigas repetem a mesma atitude dos pais, pois não querem ver a amiga se
sofrendo. O pastor da igreja a aconselha a não se envolver com ele. Muitas
lágrimas são derramadas e a decisão dela é que, como ela é dona de sua vida e
gosta do rapaz, então vai namorá-lo. Ela não percebe que Deus está dando a
resposta negativa à sua oração através dos pais, amigos e do pastor. O
resultado é o esperado. Ela passará por muito sofrimento e tristeza até
reconhecer que a decisão de ir contra todos, principalmente contra Deus, foi
errada.
Para que orar se quando Deus responde a oração segundo
Sua vontade a pessoa não obedece? Muitas pessoas oram apenas para que Deus faça
concretizar os próprios projetos, assim como fez a moça da ilustração. Desejam
algo e pedem a Deus, mas se aquele algo não é recebido ou de alguma forma lhe é
impedido a pessoa se revolta contra Deus, pois a sua vontade não foi acatada
como desejava. Aceitar a soberania de Deus é aceitar que, como Senhor, ele pode
tomar decisões sobre tua vida, sem ter que te consultar. Deus responde as
orações de seus servos, mas muitas vezes a vontade de Deus não reflete a
vontade do homem. Quando isso acontece o melhor é aceitar a vontade de Deus e
se aquietar, pois a vontade de Deus é sempre boa para aqueles que o amam.
A morte de alguém que amamos é terrível. O vazio que fica no peito é muito
grande e não há como preenchê-lo. Muitas pessoas que se diziam crentes
abandonaram a vida cristã quando perderam um ente querido. Revoltaram-se contra
Deus por não concordar com sua decisão de tirar a vida de quem amavam. Ninguém
pode tirar a vida de outra pessoa sem o consentimento de Deus. Satanás tentou
tirar a vida de Jó, mas foi impedido por Deus. Somente Deus tem o poder para
dar vida ou para tirar a vida de alguém. Ninguém nasce ou morre sem a permissão
de Deus. É Deus quem faz nascer e é ele mesmo quem pode tirar a vida (1 Samuel
2.6). O problema quanto a estas perdas é que a pessoa triste pela perda deixa
de ver Deus como o Senhor da vida. Ela não deposita a autoridade de Deus sobre
a vida e morte das pessoas e quando a morte vem, a pessoa se revolta. O
problema não está na morte em si. Está na falta do reconhecimento da soberania
de Deus sobre a vida dos homens, mesmo que seja para decidir sobre a morte da
pessoa que mais amamos.
O sacerdote Eli mostrou que era submisso à soberania
de Deus. Samuel era ainda uma criança quando lhe relatou a profecia que Deus
lhe revelara sobre a morte dos seus filhos e sobre a justiça que Deus iria
trazer sobre Israel. Sabendo sobre o que aconteceria Eli disse apenas: “Ele é o
Senhor; faça o que lhe aprouver” (1 Samuel 3.18). O mesmo aconteceu com
Ezequiel, quando soube que Deus iria matar sua esposa e ele não poderia nem
chorar por ela. Ele mesmo registrou o seguinte: “À tarde morreu minha esposa e
não chorei”. (Ezequiel 24.15-18)
Há algum tempo um tsuname invadiu as praias de alguns países. Foi uma tragédia!
Milhares de pessoas morreram e muitas ficaram desabrigadas. Perderam tudo o que
possuíam. Levantou-se uma discussão a respeito da responsabilidade por tal
tragédia. O responsável seria o diabo, já que ele veio para matar, roubar e
destruir? Seria Deus, mas como um ser movido pelo amor pode matar tanta gente?
Particularmente eu fico com a segunda opção: A responsabilidade pelo tsuname
foi de Deus (Lucas 21.25-28). No caso de Jó, por exemplo, o diabo fez cair fogo
do céu e com ventos derrubou a casa dos filhos de Jó sobre eles e os matou;
atraiu ladrões para matar e roubar os bens de Jó e, tudo isso fez sob a
autorização de Deus. A responsabilidade por tais mortes e tantas desgraças na
vida de Jó foi de Deus. Deus autorizou os acontecimentos desagradáveis na vida
de Jó e permite na vida da humanidade porque tem um objetivo neles, mesmo que
os homens não compreendam. No caso de Jó Deus tinha um projeto de transformação
do seu caráter.
Deus permite furacões, tsunames, terremotos, erupções
vulcânicas e muitas outras catástrofes porque ele tem um objetivo e sua vontade
soberana não pode ser impedida por ninguém e muito menos deve ser questionada
por nós, homens miseravelmente pecadores. Reconhecer o controle de Deus sobre
as forças da natureza é reconhecer a soberania de Deus.
Estamos tratando a respeito da soberania de Deus. A
marca do servo de Deus é a submissão à Sua soberania. Para reconhecermos sua
soberania é necessário reconhecer que Deus é Senhor de tudo o que temos e até
do nosso próprio ser. É Deus quem decide sobre nossa vida. Nossas próprias
decisões são dependentes da vontade de Deus (Pv 16.33 – “A sorte se lança no
regaço, mas do Senhor procede toda decisão”. Também em Pv 19.21 e 20.24). Nós,
na realidade, não decidimos nada. Nós ratificamos em nossas vidas as decisões
que foram tomadas por Deus. Foi assim com Ló, quando Deus o mandou ir para as
montanhas e ele foi para Zoar e logo depois teve de ir para as montanhas, para
onde Deus havia mandado; também foi assim com Jonas, que desobedeceu a Deus e
depois fez exatamente o que Deus tinha ordenado; Com Jacó não foi diferentes.
Ele achou que podia fazer uma negociação com Deus e tomar suas próprias
decisões, então, em Gênesis 28.20-22, fez um voto cheio de condições para
servir a Deus. Acontece que mesmo antes de nascer Deus já havia dito que o
abençoaria. Já como homem maduro, ele, em Gn 32.10, orou assim: “Sou indigno de
todas as misericórdias e de toda a fidelidade que tens usado ara com o teu
servo”. Não foi a decisão de Jacó que valeu, mas a de Deus. Sendo assim,
devemos obedecê-lo em tudo e nos dobrar diante de seu poder, reconhecendo que
quem manda em nós, é Deus.
Os homens não gostam de que alguém interfira em seus
planos. Quando algo acontece que impede o sucesso esperado logo se irritam
contra Deus e o contra o mundo. Provérbios 16.1, diz: “O coração do homem pode
fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor”. As pessoas pensam
que tudo deve acontecer como esperam e não aceitam mudança de planos vinda de
outra pessoa, mesmo que essa pessoa seja Deus. Isso aconteceu com Pedro. Ele
passou a seguir o Mestre e esperava uma boa recompensa como reconhecimento por
tanto desprendimento de sua parte. Assim como Tiago e João desejavam
assentarem-se à direita e esquerda de Jesus no seu reino, assim também Pedro
desejava algum tipo de destaque. Quando, em Mateus 16.21,22, Jesus predisse sua
morte, Pedro prontamente o reprovou, pois algo assim poderia atrapalhar os seus
planos e poderia afastar a multidão. Pedro não levou em conta a vontade
soberana de Deus sobre a vida de Jesus Cristo. Ele levou em conta apenas a
vontade do homem e por isso ouviu o que não desejava ouvir. Jesus lhe disse:
“Arreda Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas
de Deus, e sim das coisas dos homens”. Satanás não aceitou a soberania de Deus
e todas as pessoas que não aceitam a soberania de Deus agem do mesmo modo que
Satanás. Para ser um cristão verdadeiro é necessário deixar a vontade própria
de lado e os desejos e projetos humanos em segundo plano e passar a ouvir e
obedecer a vontade de Deus em primeiro e único lugar. Assim você estará se
submetendo a vontade soberana de Deus.
Paulo disse: “Quando, pois, alguém diz: Eu sou de
Paulo, e outro: Eu, de Apolo, não é evidente que andais segundo os homens?”
Esse versículo vem nos despertar para a realidade de que não somos propriedades
de partidos ou de líderes. Somos propriedade particular de Deus. Quando alguém
age se fazendo seguidor de homens nega a soberania de Deus sobre sua vida. Pois
a maneira de se submeter a Deus é reconhecer que ele é o Senhor. Quem escolhe o
líder que vai dominar sobre o seu povo é Deus e cabe aos servos aceitarem a
liderança imposta por Deus como reconhecimento do seu senhorio sobre sua vida.
Em 1 Samuel 8, Samuel recebeu um pedido do povo. Eles
desejavam ter um rei como os povos vizinhos. Samuel, como líder, se sentiu
rejeitado porque nos 40 anos que julgara a Israel sempre esteve à frente do
povo e trouxe muitas vitórias sobre os inimigos. Mas Deus lhe disse: “Atende à
voz do povo em tudo quanto te diz, pois não te rejeitou a ti, mas a mim, para
eu não reinar sobre eles” (v. 7). O povo rejeitou a direção de Deus, quando
desejou outro líder no lugar do sacerdote Samuel. Deus lhes deu Saul, que
preenchia os requisitos do povo, mas elegeu Davi como seu rei e foi este que de
fato se assentou no trono. Desde a bênção de Jacó Deus deixou claro que “o
cetro” estaria nas mãos de Judá. Saul era da tribo de Benjamim e Davi da tribo
de Judá. Tudo acabou como Deus planejou.
Um costume bastante comum, mas incorreto, é o de
membros que mudam de igrejas quando muda o pastor. Eles seguem o pastor para
onde ele for. Isto fere a soberania de Deus, pois Deus não chamou homens para
seguir a outros homens, mas para servi-lo e seguir ao seu único representante
legal – Jesus Cristo. Se Deus tirou o pastor da igreja e o levou para outra, é
porque Deus tem planos para a igreja. O novo pastor trará novos ensinos que vão
corrigir ou ensinar algo que o pastor que saiu não ensinou, talvez porque sua
área era outra. O novo líder pode trazer desafios e obrigá-los a mudar algo em
suas vidas, até mesmo te humilhar, para que isso sirva como uma prova corretiva
de Deus. Não lute contra Deus. Aceite o senhorio dele sobre tua vida e assim
você estará se submetendo à Sua soberania.
Fizemos uma pergunta: Como é que evidenciamos a nossa
submissão à soberania de Deus? A Segunda resposta que obtivemos no texto é que,
evidenciamos a nossa submissão a vontade soberana de Deus QUANDO RECONHECEMOS
QUE HOMENS SÃO APENAS INSTRUMENTOS DE DEUS. “Quem é Apolo? E quem é Paulo?
Servos por meio de quem crestes”.
Qual é o pregador que você mais gosta de ouvir? Se
você ligar a TV você poderá assistir a pregação pastor Silas Malafáia, do
missionário R.R. Soares, do pastor Caio Fábio, dos pastores da Igreja
Universal, do Rev. Hernandes e de vários outros pregadores. Pode ainda comprar
CDs de pregadores variados. Cada um deles dá ênfase a um texto bíblico em
especial e segue a linha de argumentação própria ou de sua igreja ou
ministério. Uns serão emotivos e barulhentos; uns vão gesticular muito e outros
vão ficar parados; tem os que pregam voltando-se mais para o texto bíblico e
outros preferem tirar lições da vida prática das pessoas, sendo pragmáticos.
Mas no geral o que se espera de um pregador cristão é que pregue a Palavra de
Deus e proclame a salvação em Jesus.
Com o crescimento das igrejas evangélicas e suas divisões, surgiram também uma
variedade de pastores com métodos diferentes de pregação. Há pregações para
todos os gostos. Com isso as pessoas aderem a um tipo especial de pregação e
dentro desse tipo de pregação escolhem um pregador especial. Nisto não há problema
algum. O problema surge quando as pessoas depositam tanta confiança nas
palavras do pregador que nem questionam ou conferirem se suas palavras estão de
acordo com a Bíblia. Para estas pessoas o pregador escolhido acaba sendo o dono
da verdade. Ele é, inquestionavelmente, a voz de Deus.
Em Atos dos Apóstolos, Lucas registrou o comportamento
de uma igreja ao ouvir o ensino de Paulo. Lucas diz que enquanto Paulo pregava
em Beréia as pessoas conferiam em suas Bíblias (Antigo Testamento) se o que
Paulo dizia era condizente com a verdade da Palavra de Deus. O pregador somente
estará correto se o que ele disser for compatível com o que está registrado na
Bíblia. Nenhum homem tem autoridade para trazer ensinos novos e contrários à
Bíblia. Esses novos ensinos devem ser rechaçados pelos crentes que levam a
sério a sua vida com Deus.
Em Mateus 23.9,10, Jesus disse a respeito dos homens que seriam líderes em sua
igreja: “A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai,
aquele que está nos céus. Nem sereis chamados guias, porque um só é vosso guia,
o Cristo”. O sentimento do pastor para com sua igreja deve ser o de um pai que
se preocupa com o bem estar de seus filhos, mas a igreja não pode tê-lo como o
pai que tem autoridade para decidir sobre sua vida. A autoridade sobre a vida
do crente está nas mãos de Deus, que é o Soberano. Todas as decisões do pastor
em relação à igreja devem ser pautadas na Bíblia. Ele não pode tirar as idéias
de sua própria mente, pois se assim fosse, seria ele quem definiria o
tratamento a ser aplicado na vida dos crentes, e não Deus, que é o Senhor da
igreja.
Também não cabe aos pastores se colocarem como guias
espirituais. Os guias ou gurus são personagens de religiões místicas. Esses
guias criam suas próprias doutrinas e fazem as previsões do futuro de seus
seguidores. São enganados e se satisfazem no engano. Não cabe aos pastores se
intitularem guias. Como o texto mesmo diz, o único guia dos homens é Jesus
Cristo. Os pregadores são apenas servos de Deus para a proclamação das verdades
instituídas por Deus para a salvação daqueles que ele mesmo escolheu para serem
salvos.
Dissemos que uma evidência de que nos submetemos à
soberania de Deus é quando reconhecemos que os homens são apenas instrumentos
de Deus. Isto dissemos baseados no que Paulo disse: “Quem é Apolo? E quem é
Paulo? Servos por meio de quem crestes” . Os Coríntios estavam caindo no sério
erro de escolher homens como seus guias. Estavam dizendo que eram seguidores de
homens como se eles fossem autoridade por si mesmos e com isso estavam
promovendo divisões na igreja do Senhor Jesus Cristo. Paulo os alerta que eles
são apenas líderes escolhidos por Deus para cuidar de Sua igreja. Eles foram
instrumentos escolhidos por Deus para levar o seu evangelho às pessoas que
ainda não haviam crido. O trabalho dos pregadores não poderia atrair seguidores
a si mesmos, pois os frutos do trabalho dos pregadores devem ser atribuídos a
Deus e para o crescimento de sua igreja, e não para o rebanho do pastor. O
cristão não pode se fazer seguidor das idéias de homens, e sim da verdade de
Deus.
Há pouco tempo atrás uma igreja irmã sofreu muito com
divisões. O problema enfrentado foi causado porque pessoas não reconheceram que
os homens são apenas instrumentos de Deus. Fizeram-se seguidores do seu pastor,
em vez de seguir e servir a Cristo. Com a saída do pastor uma quantidade muito
grande de pessoas o seguiu. Agiram erradamente e o preço pago foi, e está sendo
muito alto. A igreja está sofrendo e muitos dos que abandonaram a igreja atrás
do pastor se desviaram por terem se decepcionado com ele. Quem segue a Cristo
nunca o abandona, pois nunca terá motivos para decepções.
Lembra-se da pergunta? Como é que evidenciamos a nossa
submissão à soberania de Deus? A terceira resposta que obtivemos no texto é
que, evidenciamos a nossa submissão a vontade soberana de Deus QUANDO
RECONHECEMOS A NOSSA INSUFICIÊNCIA NO QUE SE REFERE A NOSSA SALVAÇÃO “E isto
conforme o Senhor concedeu a cada um. Eu plantei, Apolo regou; mas o
crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o
que rega, mas Deus que dá o crescimento”.
O “e isto” do versículo pode ser mal entendido, por
isso, sem querer ferir o texto sagrado, vamos remontar o versículo de modo
diferente para melhor entendermos. Ele então ficaria assim, “Quando Paulo e
Apolo pregaram vocês creram. Isto aconteceu porque Deus concedeu fé a cada um
para terem condições de crer. Os pregadores pregaram e Deus proporcionou a fé
nos seus corações para serem salvos. De modo que nem o que prega é alguma
coisa, nem o que ouve e crê, mas Deus que faz o homem ser salvo”.
A responsabilidade do homem na hora de aceitar a
salvação é a causa de uma divisão entre os evangélicos. Há dois grupos quando
se discute a salvação do pecador:
1º. Arminianos – Os arminianos seguem as idéias de um
homem chamado Armínio que no passado confrontou as idéias do reformador João
Calvino sobre a salvação. Armínio ensinava que o homem se salva através de suas
boas obras e por escolha própria. Para eles o homem não depende do Espírito
Santo para ser salvo. O pecador alcança sua salvação em Cristo quando decide
que é o tempo de se salvar e assim o aceita, por decisão pessoal, sem a
interferência de Deus. Sua escolha é livre. Para eles os escolhidos de Deus são
as pessoas que Deus previu que escolheriam ser salvas. Dessa forma Deus não
escolheu ninguém, apenas ratificou a decisão dos homens. Acreditam que o homem
se salva, não é Deus quem o salva. Eles defendem o livre arbítrio, ou seja, o
direito de escolher se quer ser salvo ou não.
2º. Calvinistas – Os calvinistas seguem as idéias de
João Calvino, reformador do século XVI. Esse homem ensinou à igreja, baseado na
Palavra de Deus, que o homem sem Deus está totalmente perdido e que não tem em
seu interior nada que o motivaria a desejar seguir a Cristo. Os perdidos,
então, são regenerados por Deus, recebem fé, dada por Deus, e por conta dessa
ação de Deus, através do Espírito Santo em sua vida, o pecador, ao ouvir a
pregação da Palavra de Deus, se converte. Para os calvinistas o homem depende
da ação de Deus para ser salvo, pois cremos que Deus é soberano para decidir
sobre quem vai para os céus ou não. Cremos também que ele não iria mandar seu
filho para morrer de uma forma tão cruel para depender da vontade do homem se
creria ou não no salvador oferecido por Ele. Se assim fosse, seria possível que
toda a obra salvadora de Deus fosse em vão, caso ninguém cresse. Cremos que os
escolhidos foram de fato escolhidos por Deus entre os que nunca iriam ser
salvos e nem ao menos desejavam a salvação, mas que por misericórdia de Deus
foram salvos. Deus escolheu aqueles que ele quis salvar.
Não há como fugir. Ou você crê que o homem se salva
por conta própria sem depender da ação do Espírito Santo, escolhendo por si
mesmo se quer ser salvo ou não (Arminianos); ou, terá de crer que o homem
depende da ação de Deus em seu coração para ser salvo, sendo salvo apenas os
homens que Deus deseja salvar, independente da vontade dos homens
(Calvinistas). Não há um meio termo. Ou você crê na soberania de Deus ao
afirmar a liberdade que Deus tem de escolher quem quer salvar ou nega a
soberania de Deus ao afirmar que o homem tem a liberdade de escolher se quer
ser salvo ou não.
Ninguém será salvo se não tiver fé em Jesus Cristo.
Ele é o único caminho para a salvação oferecida por Deus. O homem não tem essa
fé em si mesmo, ele precisa obtê-la de alguma forma e essa obtenção da fé é
dependente de Deus, porque a fé é presente de Deus para os homens que ele
deseja salvar. Reconhecer a soberania de Deus é reconhecer que a fé que nos faz
aceitar a salvação vem do próprio Deus e nunca de nós mesmos. É necessário que
cada um reconheça a sua insuficiência. O erro de muitos é crer que não dependem
de Deus e que podem ser salvos quando decidirem.
O ensino bíblico sobre isto está claramente
registrado: Efésios 2.8 – “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto
(a fé) não vem de vós, é dom de Deus”. 1 Pedro 1.21 – “… por meio dele (de
Jesus), tendes fé em Deus”. 2 Pedro 1.1 – “…Aos que conosco obtiveram fé igualmente
preciosa (Vinda de Deus)…”. Esses três textos nos afirmam que a fé é algo que
vem de Deus e não do próprio coração do homem. Ela procede de Deus e é essa fé
que vai nos mover em direção a Deus, e também nos direcionará para que venhamos
a desejar a presença de Jesus Cristo em nossa vida. Por isso é que apenas os
escolhidos serão salvos, pois sem a fé que vem de Deus não se salvarão e é Deus
quem decide a quem dará ou não a fé para que sejam salvo. Tito 1.1, fala da fé
que “é dos eleitos de Deus”.
O homem que descarta a ação de Deus para a sua
salvação se torna orgulhoso e arrogante. Ele se acha dono de sua vida, quando
somos todos dependentes de Deus, em todas as áreas. O homem que depende se si é
incapaz de reconhecer que Deus é soberano. Se ele cresse na soberania de Deus
teria de aceitar que as decisões sobre sua vida dependem do soberano e não dele
mesmo. Ele deseja ser o próprio soberano e tomar as decisões relativas a ele
mesmo, principalmente no que se refere a sua salvação.
Paulo disse: “E isto conforme o Senhor concedeu a cada
um. Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o
que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus que dá o crescimento”.
Paulo mostra a necessidade de que o cristão se reconheça insuficiente para
conseguir ser salvo por conta própria, como Jesus fez o Jovem rico entender que
o homem não consegue se salvar sem que receba a misericórdia de Deus. Ele
mostra que a fé foi concedida por Deus e o crescimento do crente rumo a sua
santificação, também é dependente de Deus. Cabe a cada um que se diz cristão se
humilhar diante do Deus soberano e reconhecer a sua insuficiência, e fazendo
assim estará reconhecendo que Deus é Soberano.
Irmãos, a Igreja Batista, da qual faço parte e sou
pastor, reafirma a soberania de Deus. Nós cremos que somos totalmente
dependentes de Deus, seja para nossa salvação ou perdição. Olhamos a salvação
da perspectiva divina. O ofendido escolhe a quem perdoar. Respeitamos os
Arminianos, sem, contudo, concordar com eles, mas vendo que observam a salvação
da perspectiva humana, tirando sua doutrina dos textos que cobram atitudes
humanas. Vimos como erro o não perceber que o homem seria incapaz de cumprir
suas obrigações sem que antes Deus o regenerasse e lhe fizesse vê-Lo como
Senhor e Salvador.
Reconhecemos a soberania de Deus:
1. QUANDO RECONHECEMOS QUE DEUS É O SENHOR; “Quando,
pois, alguém diz: Eu sou de Paulo, e outro: Eu, de Apolo, não é evidente que
andais segundo os homens?” Não seguimos as idéias de homens, mas nos dobramos
diante do senhorio de Cristo.
2. QUANDO RECONHECEMOS QUE HOMENS SÃO APENAS
INSTRUMENTOS DE DEUS; “Quem é Apolo? E quem é Paulo? Servos por meio de quem
crestes”. Por melhor que sejam os líderes, eles serão sempre servos de Deus.
Devemos seguir a Cristo e não ir atrás de homens.
3. QUANDO RECONHECENDO A NOSSA INSUFICIÊNCIA NO QUE SE
REFERE A NOSSA SALVAÇÃO. “E isto conforme o Senhor concedeu a cada um. Eu
plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que
planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus que dá o crescimento”. Nossa
vida, morte e salvação são dependentes de Deus.
E quanto a você? Você crê que Deus é soberano ou ainda
pensa que em algumas áreas da tua vida é você quem decide? A Bíblia afirma a
soberania de Deus e cabe ao cristão crer e defender sua autoridade. Sendo
assim, meu irmão, eu desejo de todo o coração que Deus reine em seu coração por
toda a tua vida.
Pense nisso!
Do seu Pastor: Samuel José dos
Santos Filho
A graça do Nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo,
E o amor de Deus,
E as doces comunhão e consolações do
Espírito Santo,
Sejam com todos vós,
E com todo povo de Deus espalhados
sobre a face da terra,
Desde agora e para todo Sempre,
Amém.
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