Pastoral -Os Motivos de Um Choro - Domingo de Ramos - Domingo 05 de Abril de 2015
Domingo 05 de Abril de 2015
Os Motivos de Um Choro - Domingo de Ramos
Chorar
é uma das reações mais impressionantes da psique humana. Choramos quando
estamos tristes e também quando estamos alegres; como desabafo ou pedido de
socorro; por questões pessoais e por causa de outras pessoas. Enfim, o choro é
uma reação complexa e há vários motivos pelos quais somos levados a chorar.
“Quando ia chegando, vendo a cidade chorou” (Lucas 19.41) - neste registro bíblico,
tomamos ciência de que Jesus chorou ao aproximar-se de Jerusalém, para
aquela que seria a mais marcante de todas as semanas de sua vida humana, a semana
da crucificação. Por que Jesus chorou? Que sentimentos se aprofundaram na alma
de Jesus que levaram-no ao pranto por causa de Jerusalém?
O
texto nos oferece uma possível resposta: “te arrazarão e aos teus filhos dentro de ti...
Porque não reconheceste a oportunidade da tua visitação” (Lucas
19.44).
O
choro de Jesus tinha como motivação: o fracasso da fé do seu povo e os
seus decorrentes sofrimentos.
Toda a
história da salvação está ligada à tristeza do coração de Deus, porque nós o
rejeitamos e deixamos o seu caminho (Gn 6.5-6). Por isso, da mesma forma, Jesus
chora diante da poderosa incredulidade do ser humano. Na esteira do mesmo
sentimento, o salmista também chora copiosamente pela falta de amor ao
caminho de Deus e à sua Lei: “Torrentes de água nascem dos meus olhos porque os homens não guardam a
tua lei” (Salmo 119.136). E
quanto a você, o que lhe faz chorar? Seria capaz de chorar porque o povo de
Deus está sendo consumido pela incredulidade?
Os
textos bíblicos estão repletos de ensinos sobre os resultados desastrosos do
pecado e a triste condição daqueles que vivem segundo a obstinação de seu
coração rebelde. Contudo, muitas vezes, a atitude daqueles que são chamados
para a vida com Cristo não parece refletir esse entendimento.
Jesus
não chorou por causa dos infortúnios que o esperavam em Jerusalém. Ele pranteou
em favor da vida do seu povo. Pois a morte se fazia presente ali, mas sua Cruz
era a porta da vida que seria aberta em Jerusalém. A Cruz de Cristo nos leva ao
choro. Mas diante dela, não pensemos apenas nos infortúnios de nosso Mestre,
mas no amplo alcance da vida que ele nos deu, em sua chorosa cruz.
Nesta semana da crucificação, deve haver espaço
para o choro daqueles que veem, na salvação dos perdidos, uma razão para viver.
Pense nisso!
Do seu Pastor: Samuel José dos
Santos Filho
A graça do Nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo,
E o amor de Deus,
E as doces comunhão e consolações do
Espírito Santo,
Sejam com todos vós,
E com todo povo de Deus espalhados
sobre a face da terra,
Desde agora e para todo Sempre,
Amém.
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