Estudo Bíblico-Falência Múltipla - Domingo 03 de Maio de 2015
Domingo 26 de Abril
de 2015
Falência
Múltipla
Esse
“outro evangelho” que deseja ser uma “complementação” ao genuíno evangelho
precisa falir, precisa ser implodido para dar lugar ao Vinho Novo o que implica
necessariamente a de termos uma visão crítica dos rumos da Igreja.
Nunca
se viu tantos “sem igrejas” como em nosso tempo atual. No último censo
realizado em 2010, identificou-se uma grande parcela que se declarou:
Evangélico não-praticante, coisa que antes era “especialidade” só dos
católicos. Nota-se o seguinte: O crescimento do número de evangélicos no país
foi acompanhado pela expansão dos fiéis que transitam por mais de uma igreja ou
que não têm vínculos com nenhuma instituição religiosa. A pesquisa mostrou que,
ao serem questionadas sobre sua religião ou culto, 9,2 milhões de pessoas (4,8%
da população) responderam simplesmente ser evangélicas, sem citar nenhuma igreja
específica. Em 2000, foram pouco mais de um milhão. Assim como há os católicos
não praticantes, hoje existem os evangélicos não praticantes.
Para
explicar o fenômeno, há várias hipóteses: desde a decepção dos fiéis com a
igreja que frequentavam até os custos elevados da vida religiosa, passando pelo
aumento do individualismo e pela busca por mais autonomia. Ao mesmo tempo, tem
se tornado mais comum a tentativa de evangélicos de ocupar o espaço público. “É
algo relativamente recente, porque eles sempre foram minoria. Agora que estão
tendo mais expressão, querem obter mais visibilidade”, diz Abumanssur, Doutor
em religião.
Qualquer
agrupamento social que existe se faz necessário o "feedback", apontar
o que está errado, mudar a forma como se conduz algo. O grande problema é a
indústria religiosa, onde as pessoas são vistas, ora como produtos, ora como
clientes, e ora como engrenagens. Lutero fez exatamente isso, denunciou todos
aqueles desvios da fé. O próprio Cristo repreendeu os chefes da religião, além
de Paulo que, o tempo todo, lutou pela Palavra Sã e contra aqueles desvios
horrorosos da igreja de Coríntios. Pedro também. A Reforma não acabou em
Lutero, e nos dias atuais, precisamos de muito mais que uma reforma, a religião
institucionalizada com tudo que advém dela (Teoria da Prosperidade, calamidades
não atingem o cristão e o comércio em volta do templo), esse “outro evangelho”
que deseja ser uma “complementação” ao genuíno evangelho precisa falir, precisa
ser implodido para dar lugar ao Vinho Novo o que implica necessariamente a de
termos uma visão crítica dos rumos da Igreja.
Necessário
é fazer tudo de novo, nascer novamente, para assim se banquetear na
simplicidade que é a Palavra de Jesus, afinal, “ninguém tira um pedaço de um
vestido novo para cosê-lo em vestido velho; do contrário, não somente rasgará o
novo, mas também o pedaço do novo não condirá com o velho. E ninguém deita
vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho novo romperá os odres e se
derramará, e os odres se perderão; mas vinho novo deve ser deitado em odres
novos.” (Lucas 5:33–39). Sem intermediário humano algum e tampouco sem as
rédeas dos chefes da igreja e dos donos da religião. Aqui não faço apologia
alguma à ânsia de “avivamento”, palavra tão em moda nesses últimos 15 anos, mas
parece que esta palavra tem significado aquelas modas que precisam ser criadas
para que o evangelho não “perca a graça” e ganhe uma “roupagem” mais inovadora,
atraente, moderna e até mais extravagante para que não se perca os jovens para
o mundo, justificam. Neste contexto, vinho novo em nada tem a ver com isto, mas
algo muito mais transformador, não na aparência e sim numa decisão consciente
de retorno ao puro evangelho simples, sem barganhas com Deus, sem ênfase em
anjos e demônios, sem colocar medo no povo e sem o peso claustrofóbico dos usos
e costumes, sem moeda de troca, pois o preço já foi pago.
A
Igreja brasileira padece com a “síndrome de inferioridade”, essa igreja terrena
precisa construir catedrais para se auto afirmar e eleger “pseudo-políticos
cristãos” mesmo que isso implique em transformar o púlpito da igreja em
palanque eleitoral, com a desculpa de beneficiar seus iguais, vale-tudo para se
sentir importante e adquirir mais poder, status e vantagens no chão do mundo. A
palavra é esta: "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o
mundo." (2 Coríntios 5:19). O Caminho da Graça de Jesus nos ensina algo
muito mais perene, revolucionário e eterno, caminhemos em Sua direção.
N’Ele,
onde toda incredulidade se desfaz pela cruz.
Pense
nisso!
Do
seu Pastor: Samuel José dos Santos Filho
A
graça do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo,
E
o amor de Deus,
E
as doces comunhão e consolações do Espírito Santo,
Sejam
com todos vós,
E
com todo povo de Deus espalhados sobre a face da terra,
Desde
agora e para todo Sempre,
Amém.
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