Escola Bíblica Dominical - O que significa batismo pelos mortos?
Domingo
09 de Setembro de 2012
O que significa batismo pelos
mortos?
“Doutra maneira,
que farão os que se batizam pelos mortos, se absolutamente os mortos não
ressuscitam? Por que se batizam
eles, então, pelos mortos”?
– 1 Coríntios 15:29
O assunto discutido em 1
Coríntios 15:16-32 é a validade da esperança cristã quanto à ressurreição do
corpo de todos os verdadeiros cristãos. A opinião então corrente nos círculos
filosóficos gregos e entre os saduceus era que tal reconstituição do corpo era
impossível, a partir do movimento em que a morte ocorresse. O aparecimento de
crentes do AT, ressurretos, em forma corpórea, a muitos habitantes em
Jerusalém, após a morte de Jesus (Mateus 27:52) aparentemente foi descartado
como mera alucinação, fruto de superstições grosseiras.
Todavia,
por tudo esse parágrafo o apóstolo demonstração que a ressurreição do corpo
antes do arrebatamento da Igreja e no final dos tempos foi garantida pelo
ressurgimento do próprio Cristo.
É
nesse contexto que Paulo parte para a discussão da aplicação pessoal dessa
alegre perspectiva dos crentes. Quando os mais idosos caíam doentes e ficava
cada vez mais certo de que o fim se aproximava, chamavam seus entes queridos à
beira da cama e apelavam aos que ainda não eram crentes para que endireitassem
seus caminhos diante de Deus. “Logo deixarei vocês todos, meus queridos”,
diziam os santos às portas da morte, “mas desejo vê-los outra vez a todos, no
céu. Devem, portanto, encontrar-se comigo lá! Lembre-se de que ninguém poderia
ir ao Pai senão mediante a fé viva no Filho. Entreguem seus corações a Jesus”.
(João 14:06 ) “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e
a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”.
Quando
os parentes saíam de perto da cama, profundamente emocionados pela admoestação
sincera e ardente, muitos que ainda não haviam assumido um compromisso de
fidelidade a Cristo passavam a dar a devida atenção ao convite do Evangelho e
recebiam Jesus como Senhor e Salvador. Despertados pelo ente querido que
partiu, e bem lembrados de suas ultimas palavras preparavam-se para a confissão
publica e o batismo, de acordo com a prática da Igreja. Quando, mais tarde,
compareciam perante as testemunhas para submeter-se ao batismo, em um sentido
muito real faziam-no “por causa dos mortos”, isto é,“por amor dos mortos” (a preposição hiper significa “por
amor de” em vez de “em prol de” ou “em lugar de”, neste contexto particular,
ainda que a principal motivação fosse endireitar suas veredas diante de Deus,
como pecadores que precisavam de um Salvador).
Nenhum
crente do século I, que lesse a carta de Paulo, poderia interpretar
erroneamente a expressão hyper
tõn nekrõn (“por amor dos
mortos”), como se quisesse dizer que a fé de uma pessoa viva poderia ser
atribuída a um incrédulo morto, fosse parente ou não daquele cristão. Por todas
as Escrituras está muito claro que a graça salvadora não é concedida a alguém
mais senão àquela pessoa que crer e exibir sua fé pessoal. Mas alguém que tenha
ficado profundamente comovido pelo ser levado a unir-se ao moribundo, na mesma
fé, no mesmo arrependimento, na mesma fidelidade ao Senhor, e na alegre
expectativa de encontrar seus queridos na ressurreição. É isso, pois, que ficou
implícito no v.29: “Doutra maneira, que farão os que se batizam por causa dos [por
amor dos] mortos? Se, absolutamente, os mortos não ressuscitam, por que se
batizam por causa [por amor] deles?” O v.30 transmite o mesmo pensamento: “E por que também nós nos
expomos a perigos a toda hora?” E a seguir no v.32 Paulo conclui: “Se, como homem, lutei em
Éfeso com feras, que me aproveita isso? Se os mortos não ressuscitam
[fisicamente, de suas sepulturas], comamos e bebamos, que amanhã morreremos”.
Em outras
palavras, se a esperança da ressurreição corpórea dos cristãos é uma ilusão, o
próprio Cristo não poderia ter ressuscitado fisicamente da sepultura. E se o
Senhor nunca ressuscitou, a proclamação do Evangelho é uma fraude, e não há
libertação do pecado, da morte e do Inferno. “E, se
Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos
pecados” (V.17). Portanto, a doutrina da ressurreição corpórea não é uma
questão de opinião para o cristão; é a própria essência da salvação. Mas a
salvação está à disposição apenas dos que pessoalmente reage com arrependimento
e fé ao chamado do Mestre. Não existe conversão por procuração. Jamais
encontraremos tal ensino em parte alguma das Escrituras, sendo inteiramente
estranho ao que a Bíblia ensina a respeito da salvação.
Pense nisso!
Do seu irmão e amigo,
Samuel;
A graça do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo,
E o amor de Deus,
E as doces comunhão e consolações do Espírito Santo,
Sejam com todos vós,
Desde agora e para todo Sempre,
Amém.
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