Estudo Bíblico - A estrela de Belém e a astrologia


Domingo 09 de Setembro de 2012

A estrela de Belém e a astrologia

Se a Bíblia condena a astrologia como uma forma de idolatria, como é que em Mateus 02:02 o nascimento de Cristo foi narrado aos magos mediante o aparecimento de sua estrela no céu?
Em primeiro lugar, precisamos definir a astrologia como sendo uma crença supersticiosa, que envolve o movimento ou a posição dos planetas e das estrelas como advertências prévias sobre a vontade dos deuses (ou forças do destino), a qual seus devotos podem de alguma forma controlar, ao partir para algum tipo de ação preventiva ou evasiva. Além disso, como é o caso dos horóscopos e estudos dos signos do zodíaco, tão em voga hoje, a astrologia pode indicar potencialidades especiais nas pessoas nascidas sob determinada constelação, ou significar boa ou má sorte, para atividades em que alguém se engajar durante aquele dia em especial. Nos tempos antigos, pré-cristãos, esse interesse pela astrologia se fazia acompanhar pela adoração de corpos celestiais de maneira ritualísticas. Todas as pessoas que se dedicavam a tais práticas em Israel eram condenadas à morte por apedrejamento (Deuteronômio  17: 02-07) “Se no meio de ti, em alguma das tuas cidades que te dá o Senhor teu Deus, for encontrado algum homem ou mulher que tenha feito o que é mau aos olhos do Senhor teu Deus, transgredindo o seu pacto,  que tenha ido e servido a outros deuses, adorando-os, a eles, ou ao sol, ou à lua, ou a qualquer astro do exército do céu (o que não ordenei), e isso te for denunciado, e o ouvires, então o inquirirás bem; e eis que, sendo realmente verdade que se fez tal abominação em Israel, então levarás às tuas portas o homem, ou a mulher, que tiver cometido esta maldade, e apedrejarás o tal homem, ou mulher, até que morra. Pela boca de duas ou de três testemunhas, será morto o que houver de morrer; pela boca duma só testemunha não morrerá. A mão das testemunhas será a primeira contra ele, para matá-lo, e depois a mão de todo o povo; assim exterminarás o mal do meio de ti”.
No caso do nascimento de Cristo, no entanto, nenhum dos elementos acima estava em ação. A estrela que os magos viram no Oriente construiu um anuncio de que o menino Jesus havia nascido. Sabemos disso porque o propósito da ordem de Herodes a seus soldados, enviados a Belém foi este: “Vendo-se iludido pelos magos, enfureceu-se Herodes grandemente e mandou matar todos os meninos de Belém e de todos os seus arredores, de dois anos para baixo, conforme o tempo do qual com precisão se informara dos magos”. (Mateus 02:16). Portanto, a estrela deveria ter aparecido quando Jesus nasceu, e foi necessário que os magos viajassem durante mais de um ano até chegar a Jerusalém, para sua entrevista com Herodes. Aquela luz não foi uma provisão, mas o anuncio de um fato consumado.

Em segundo lugar, essa peregrinação dos magos não envolvia alguma adoração aos falsos deuses, nem o poder determinístico do destino. Eles simplesmente receberam o anúncio de Deus, por meio da estrela, para que procurassem o rei recém-nascido, pois entendiam que esse haveria de tornar-se o regente do mundo – inclusive de seu país (talvez a Pérsia, pois os magos atuavam nessa área nos tempos antigos). Decidiram, então, formar uma caravana e partir em peregrinação até Jerusalém. Se eram três, ou mais, não sabemos com certeza, exceto que foram três os tipos de presentes mencionados: ouro, incenso e mirra. Esses magos desejavam homenagear o bebê enviado por Deus a fim de tornar-se o Rei dos judeus e de toda a Terra.

Em terceiro lugar, devemos entender que as Escrituras falam em várias outras passagens sobre anúncios divinos nos céus, utilizando sol, lua e estrelas. Por exemplo, Jesus fala do “sinal do Filho do homem” que vai aparecer no “céu com poder e muita glória” (Mateus 24:30). É justo presumir que esse sinal incluirá o sol, a lua, as estrelas – embora pudesse ser apenas uma aparição simbólica. Mas é certo que no Pentecostes, o apostolo Pedro menciona Joel 2.28-32 e refere-se a esses sinais da segunda vinda de Cristo ao dizer: “Mostrarei prodígios em cima no céu e sinais embaixo na terra; sangue, fogo e vapor de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e glorioso dia do Senhor” (Atos 02:19-20). Essas manifestações celestiais nada têm a ver com a astrologia, a superstição pagã.

Uma última palavra a respeito da estrela de Belém. Muita especulação e muitos cálculos astronômicos têm sido feitos sobre a questão de como uma estrela tão brilhante e importante poderia ter sido visível aos magos. Alguns sugerem que houve um inusitado alinhamento de planetas ou estrelas, de tal modo que a luz assim combinada teria produzido um brilho incomum, digno de nota. É certo que essa causa poderia ser atribuída a um clarão original, mas é muito improvável que algum astro fosse capaz de dirigir seu brilho de modo especifico na direção de Israel, para que os magos pudessem identificar o lugar onde o menino Jesus residia. No entanto, de acordo com Mateus 02:09, “... a estrela que viram no Oriente os precedia, até que, chegando, parou sobre onde estava o menino”. Essa era verdadeiramente uma estrela sobrenatural enviada por Deus para guiá-los.

 Pense nisso!

Do seu irmão e amigo, Samuel;
A graça do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo,
E o amor de Deus,
E as doces comunhão e consolações do Espírito Santo,
Sejam com todos vós,
Desde agora e para todo Sempre,
Amém.

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