EB - Lei


Domingo 20 de janeiro de 2013

A LEI

O Que é a Lei?
Quando se fala da "Lei" é bom especificar a qual refere pois pela Bíblia, existe várias leis e significados da palavra "lei". A lei pode ser a ordem de eventos estabelecida (lei da luz, som e da relação entre os elementos químicos). Neste caso as leis podem ser interpretadas simplesmente como fatos. A lei pode ser também a força que causa a ordem de eventos (lei da gravidade, de calor, da eletricidade, do pecado, etc.). A lei pode referir-se também àquela que obriga a consciência à moralidade. Por existir uma norma há obrigação de conformidade à ela (à lei moral que não é escrita ou à qualquer lei que é escrita enquanto tem uma operação legítima) - Hodge, V.III, p. 259. Qualquer que seja a lei, a existência de uma lei implica a existência de alguém que deu a lei; ou seja, uma inteligência que age voluntariamente para realizar um propósito. A perfeição das leis naturais que existem (tanto a ordem quanto a força que impulsiona a ordem e aquela que obriga a consciência à moralidade) revela a natureza perfeita desta inteligência (Romanos 07:12; I Pedro 01;15,16). Pelo fato de um que pode promulgar uma lei é entendida a autoridade tanto para requerer a obediência ou para castigar qualquer desobediência.

As Leis na Bíblia
Nas Escrituras, o uso da palavra ‘lei’ revela uma manifestação da vontade de Deus (Salmos 40:08). Em hebraico ‘lei’ quer dizer instrução (traduzida ‘ensinamento’ em Provérbios 01:08 e em grego a palavra ‘lei’ significa costume ou aquele que rege a conduta do homem (Hodge, Vol III, p.265).
  • A Bíblia - regimento moral que é escrito - Salmo 01:02; 19:07-10; 119. "Não seria esta a lei da natureza, que foi escrita no coração inocente de Adão, que agora é prejudicado pelo pecado, e tem se tornado imperfeito e insuficiente para alegrar o homem ou guiá-lo para felicidade verdadeira; nem pela lei de Moisés que é uma lei que condena, e opera ira, acusa o pecado, fazendo o culpado, amaldiçoado e condenado à morte; e portando, não pode alegrar o pecador iluminado, a não ser que este seja nas mãos de Cristo, e cumprida por ele, a Quem a lei aponta; e sendo que está escrito no coração do homem regenerado, quem, sendo regenerado, se alegra pelo homem interior, e a serve com o seu espírito: mas, são as Escrituras, todas que foram escritas na época de Davi; particularmente os cinco livros de Moisés, que tem o nome da Lei e O Testamento do Senhor; as quais, sendo inspiradas, eram proveitosas e boas para serem lidas, e ouvir as suas explicações; e como eram o gozo de Davi e os homens do seu concilio (Sal 119:24); também as são o gozo de todo homem bom, tendo muito nelas que referem a Messias, sua graça e reino (Lucas 24:44; Atos 26:22,23). Também, a palavra "lei" no hebraico significa ‘doutrina’, e pode significar a doutrina evangélica, como significa em Salmos 19:07; qual é um Salmo que fala acerca da doutrina dos apóstolos que foram pelo mundo e neste sentido é usada em Isaías 02:03; 42:04; da doutrina do Messias, que é O Evangelho; e é igual com a lei ou a "lei da fé" (Romanos 03:27). Pode ser chamada a doutrina do Senhor por Ele ser o seu autor; veio por Ele, Ele revelou-a; e por Ele ser o objetivo dela; concerne Ele, Sua pessoa, oficio, graça e justiça; e aquela parte que foi publicada no tempo de Davi, foi um som maravilhoso, boas noticias e boas novas, e a prazer de todo homem bom" (Gill, Online Bible, Comentário sobre Salmo 01:02). Pelo seu efeito na vida do homem a Bíblia é chamada a "lei da liberdade" (Tiago 01:25).
  • Lei da beneficência - regimento moral - Provérbios 31:26
  • Lei da fé - regimento moral que se baseia no que é escrito - Romanos 03:27. Essa lei é "a doutrina da justificação do pecador pela fé na justiça de Cristo." (Gill). Efésios 02:08,09.
  • Lei da justiça - regimento moral - Romanos 09:31
  • Lei de Cristo - regimento moral - Gálatas 06:02. Essa lei é: "a lei de amar uns aos outros (João 13:34,35) qual é oposto à lei de Moisés, da qual os Gálatas judaizares gostaram tanto, e pela qual os discípulos de Cristo podem se distinguir dos que são de Moisés, ou de outros. ... é o Seu novo mandamento, que Ele capacitou e autorizou pelo Seu próprio exemplo na morte pelo seu povo, e qual, pelo Seu Espírito, escreve nos seus corações" (Gill). A Lei de Cristo é o mesmo regimento moral da "Lei de Deus". O que motiva uma mudança de nome é que quando a Lei de Deus é manejado por Cristo e chamada a "Lei de Cristo" é porque a Lei de Deus não é mais em relação do Criador à criatura mas de Salvador ao salvo (Pink).
  • Lei de Deus - regimento moral - Os anjos pecaram antes do homem. O pecado é "iniquidade" (I João 03:04;05:17) e iniquidade é definida pelo grego como sendo 1) a condição de ser sem lei por ser ignorante dela ou por violar ela 2) repúdio ou violação da lei, impiedade (Strong’s, # 458 anomia). A Bíblia traduz essa palavra grega sempre como iniquidade (Mateus 07:23; 13:41; 23:28; 24:12; Romanos 04:07; II Coríntios 06:14; II Tessalonicenses 02:03, 07; Tito 02:14; Hebreus 01:09; 08:12; 10:17; I João 03:04) ou maldade (Romanos 06:19, Concordância Fiel). A palavra em I João 05:17 traduzida "iniquidade" vem de uma palavra grega (Strongs, #93 adikia) que significa injustiça, 1) de um juiz 2) de coração ou vida 3) ou de ação que viola a lei e justiça. O fato que os anjos pecaram revela que existia uma lei para eles. Pela natureza da punição entendemos que era uma lei moral e espiritual (Judas 6, "reservou em escuridão e em prisões eternas"). Essa lei é santa e segundo a verdade. Essas qualidades são atributos de Deus. É essa lei que está escrito no coração dos gentios (Romanos 02:01-16) os quais eram sem a lei de Moisés. Essa lei é um regimento moral (Romanos 07:22,25; 08:07; Neemias 10:28), foi incorporada pela Lei de Moisés (Neemias 10:29) e ainda continua depois que Cristo cumpriu a Lei de Moisés (Romanos 07:06,22,25). A "Lei de Deus" pode referir-se também à Palavra de Deus (Josué 24:26).
  • Lei de Moisés - regimento escrito - Não é a Lei que originou com Moisés mas foi dada através dele (Neemias 08:14; João 01:17; 07:19). Essa lei de Moisés engloba o Pentateuco (os primeiros cinco livros da Bíblia) e é chamada a Lei do Senhor ou de Deus por ser Deus o autor (Isaias 05:24; Neemias 08:08,18; II Reis 10:31; II Crônicas 12:01; Lucas 23:24,29). Tem o nome de "Lei da verdade" (Malaquias 02:06), "Lei dos pais" (Atos 22:03), "Lei dos mandamentos" (Efésios 02:15) e "Lei do mandamento" (Hebreus 07:11) para revelar seu atributo, sua natureza e a quem foi dada. Em Romanos 09:31 essa lei de Moisés é chamada a "lei da justiça" porque: "o conteúdo dela é justiça, e também a sua natureza; e porque obediência perfeita à ela é justiça" (Gill). Veja também a seção ‘O Decálogo e a Lei’.
  • Lei do Espírito - regimento moral - Romanos 08:02. " é chamada "lei" por que é uma doutrina, tem ordem e como uma corrente, tem elos de verdades, como a palavra hebraica significa e as vezes é usada para referir-se ao Evangelho (Isaias 02:03; 42:04; Romanos 03:27). Pode ser chamada a lei ou doutrina "do Espírito" porque o Espírito é o autor do Evangelho, e é Quem O capacita e faz que Ele seja eficaz para o bem nas almas. Pela doutrina, O Evangelho, o Espírito de Deus é transmitido ao coração; e a substancia da doutrina são coisas espirituais: é chamada "a lei do Espírito da vida" porque essa lei descobre o caminho da vida e salvação por Cristo; é o meio da vivificação dos pecadores mortos; e opera fé neles, pela qual vivem em Cristo" (Gill).
  • Lei do Governo Civil - regimento escrito - Daniel 06:08; Romanos 13:01-07; Esdra 07:26; Ester 04:11. Lei dos judeus, Atos 25:08
  • Lei do meu entendimento - regimento moral - Romanos 07:23. O John Gill diz dessa lei: "querendo entender que a "lei do meu entendimento" é, ou a lei de Deus escrito na sua mente na conversão, aquele que era gozo para ele, e a serviu com o seu entendimento, que foi renovado com o Espírito de Deus; ou a nova natureza nele, o princípio de graça que foi operado no seu entendimento, e chamada "a lei" por que era o princípio que governa ..."
  • Lei do pecado - regimento imoral - Romanos 07:23, 25; 08:02
  • Lei dos Pais - regimento moral - Provérbios 03:01; 04:02; 06:20,23; 07:02: Lei da mãe - Provérbios 01:8; 06:20.
O Decálogo e A Lei de Moisés
Na Bíblia, ao referir à lei de Moisés, não se acha a distinção de lei "moral", "cerimonia" ou "civil" mas somente: "lei", "lei do Senhor"e "lei de Moisés". Nisso podemos entender que aquele chamada popularmente "O Decálogo" é só parte da lei e não "a lei" em si. Há muitos que querem distinguir o decálogo como a mais importante parte da lei, a parte moral, e as outras partes, as cerimonias ou civis, inferiores. Essa distinção popular não é uma distinção bíblica. O decálogo, os dez mandamentos, não são a única moral na lei, mas, faz parte do que foi dada a Moisés no monte, escrito pelo dedo de Deus, é parte de que é dado pela inspiração e escrito pela mão de Moisés (Canright).

É claro que a lei tem as partes morais, cerimônias e civis. Essas partes, em si, não são distinguidas como sendo maior ou menor da "lei" mas contrariamente, a própria lei. A parte cerimonial (sacrifícios) é chamada "lei" (Lucas 02:27). A parte moral é chamada "lei" (I Timóteo 01:09). A parte civil é chamada "lei" (Atos 23:03).

A Bíblia se refere à lei como sendo os cinco livros do Pentateuco. As palavras "A Lei" na Bíblia geralmente se referem a Lei Mosaica, ou ao Pentateuco" (Dicionário Smith, citado por Canright). Pode entender isso comparando o resto da Bíblia com o Pentateuco. Entenderá que a Bíblia distingue o Pentateuco como sendo a lei. Gênesis é a lei (I Coríntios 14:34; Gênesis 03:16); Êxodo é a lei (Romanos 07:07; Êxodo 20:17); Levítico é a lei (Mateus 22:39; Levítico 19:18); Números é a lei (Mateus 12:05; Números 28:09) e Deuteronômio é a lei (Mateus 22:36, 37; Deuteronômio 06:05).

As Limitações da Lei
Existem limitações importantes na lei. Esse assunto é uma importante consideração para os que querem depender da lei para a sua justificação eterna ou mesmo para os que usem a lei como modelo de vida. O que diz a Bíblia sobre a lei? Ela nos mostra que ela é limitada, por isso aponta a Cristo Quem é perfeito e o único que pode nos aperfeiçoar.
A Lei não pode:
  • nos justificar, mas Cristo pode - Atos 13:38,39; Gálatas 02:16
  • nos livrar do pecado e da morte , mas Cristo pode - Romanos 08:02,03. A falha não está na lei mas na carne.
  • nos livrar da condenação, mas Cristo pode - Romanos 08:01-04
  • nos livrar da maldição, mas Cristo pode - Gálatas 03:10-14
  • nos remir, mas Cristo pode - Romanos 03:24-31; Gálatas 03:13,14
  • nos dar herança, mas fé em Cristo pode - Romanos 04:13,14
  • nos aperfeiçoar, mas Cristo pode - Hebreus 07:19, 25; 10:01-10
  • controlar o pecado no homem, mas Cristo pode - Romanos 07:07-25; 08:02
  • capacitar o homem à obediência, mas Cristo pode - Hebreus 07:18; Filipenses  04:13
Não devemos achar, pelas limitações citadas, que a lei não é boa ou que não teve utilidade nenhuma. Ela é útil mostrar a necessidade do homem ser santo para chegar às bênçãos de Deus e por isso foi chamada a "lei da justiça" (Romanos 09:31). Pela lei sabemos que somos pecadores (Romanos 07:07) e que Deus é santo pois "a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom." (Romanos 07:12). Todavia ela rege sobre o homem que é carne (Romanos 08:03), incapaz (Romanos 08:07,08), morto em pecados e ofensas (Efésios 02:01). Portanto a lei é limitada pela impiedade do pecado existente no homem. É essa limitação que revela a necessidade de um salvador. Assim é apontada a pessoa de Cristo (Gálatas 03:13). O pecador, pela fé em Cristo, tem a justificação que a lei não pode trazer devido a fraqueza da carne (Romanos 08:03,04; Gálatas 03:21,22). Está em Cristo?

Natureza da Lei de Moisés
  • A Israel, Nacional - Êxodo 19:03, "Assim falarás à casa de Jacó, e anunciarás aos filhos de Israel" (Romanos 09:04,05)
  • Secundária - A promessa veio em primeiro lugar; a lei veio depois. Cristo foi prometido como Salvador (Gênesis 03:15) e a Abraão foi prometido ser uma grande nação (Gênesis 12:01-03) antes que a lei foi dada. É estimado que a primeira promessa de Cristo veio uns dois mil anos antes de Abraão. Sabemos que de Abraão até a lei foram quatrocentos e trinta anos (Gênesis 15:13; Êxodo 12:40; Gálatas 03:17). A lei foi dada uns mil e quinhentos anos antes de Cristo (Bíblia Vida). A promessa de Cristo foi primeira e não foi invalidada pela lei de Moisés (Gálatas 03:16-18). Fé em Cristo é maior da lei (Gálatas 03:26-29).
  • É Servidão - A lei de Moisés rege pelas obras e quem se submete à ela, é obrigado a viver por ela (Gálatas 03:12). Gálatas 04:21-26 descreve a diferença entre as obras da lei e a fé em Cristo. Uma é para servidão (a lei) e outra para liberdade (a promessa, Cristo). Pela assembleia em Jerusalém Paulo estabelece, quem está em Cristo é livre das obras da lei (Atos 15:01-10).
  • Temporária - A lei tem as suas qualidades gloriosas (ver a seção "O Propósito da Lei de Moisés") mas, permanência não é uma delas (II Coríntios 03:11). Quando o propósito da lei fosse cumprido terminaria a sua existência (Gálatas 03:23-25). Por Cristo ser maior que a lei, ela foi abolida quando Cristo morreu (Lucas 23:45; Hebreus 06:19; 09:03; 10:20; Colossenses  02:14-17; II Coríntios 03:16,17).
  • Simbólica - A lei mostrava "as sombras das coisas futuras" (Colossenses 02:17; Hebreus 10:01) que eram "celestiais" (Hebreus 08:04,05). O proveito do estudo da lei é pelo conteúdo dela mostrando as coisas futuras e celestiais (Cristo).
  • Imperfeita - O que limitou a lei era a fraqueza do homem por causa do pecado (Romanos 08:03,04). É neste entendimento que a lei é repreensível (Hebreus 08:07-13; Jeremias 31:33,34), imperfeita ou algo que se pode tornar velho. Se pode envelhecer ao ponto de precisar uma Nova Aliança, é imperfeita. A lei não pode fazer ninguém perfeita (Romanos 03:20), mas, pela Nova Aliança (Cristo) vem a perfeição (Colossenses 02:09-12). A imperfeição e a limitação da lei é entendida em que ela não pode tirar os pecados (Hebreus 10:04). O que é perfeito é Cristo (II Coríntios 05:21) e pela fé nEle vem a justificação (Gálatas 03:24; Romanos 05:1,2; 08:01,02) e todas as bênçãos celestiais (Romanos 04:13,14; 08:17; Efésios 01:03).
  • Terrena - A Lei cuidava do homem somente enquanto estava no mundo. Não dava esperança de receber galardões futuros (celestiais) ou de escapar a maldição eterna. Existiam bênçãos enquanto obedecia ou maldição se desobedecia, mas, essas bênçãos ou maldições eram recebidas em vida na terra (Deuteronômio 28). Não trouxe vida ou morte eterna, mas, prometia condenação (II Corintios 03:07-11). A lei não é da fé (Galatas 03:12). A fé nos dá herança na salvação (Efésios 02:08,09).
O Propósito da Lei de Moisés
  • A Lei de Moisés mostra principalmente como Deus é santo (Romanos 07:12 ). Ela reflete a santidade de Deus e que o homem que quer chegar a Deus deve ser obediente em tudo e limpo de toda imundícia. Nisso se entende a natureza santa de Quem deu a Lei de Moisés. Pela lei estipular um "Não" à qualquer coisa (Êxodo 20:10, 13-17), a sua moralidade é vista. Os absolutos morais estão estabelecidos e conhecidos pela lei. Aquele que não responda favoravelmente a eles é condenado e aquele que responda favoravelmente é abençoado. Essa lei santa e moral de Deus é o que está escrito nos corações de todos os povos (Romanos 02:14-16). Quando se considera o sofrimento que era necessário para Cristo padecer (Lucas 09:22), as feridas reais que Cristo levou (João 19:01-30) e como Deus moeu o Seu Unigênito (Atos 02:23; 04:27,28) pode entender um pouco mais a santidade de Deus. Levou tal sacrifício para lavar o pecador ao ponto de chegar a Deus (João 14:06). A Lei, pela sombra dos bens futuros (o sacrifício de Cristo) revelava essa santidade de Deus (I Ped 01:16).
  • Além de mostrar a santidade de Deus o propósito da Lei de Moisés era reger a nação de Israel civicamente (Deuteronômio 04:14; 05:01-03; Malaquias 04:40; Romanos 09:04;). Até Sinai, Israel era misturada entre as outras nações e sujeitas às leis daquelas nações. Com o povo de Israel saindo do Egito, pela mão de Moisés, e caminhando para a sua terra prometida, Deus os preparou para ter as suas próprias leis civis como uma nação separada de todas as demais. Por isso a Lei de Moisés é nacional, secundaria, a servidão e terrena (Veja a seção: Natureza da Lei de Moisés). Ela era para governar Israel civicamente como uma nação teocrática (Êxodo. 20:02-07, "Eu sou o SENHOR teu Deus"). A lei moral e espiritual que existia antes de Moisés continuava pela Lei de Moisés e continua até hoje (Marcos 12:28-34, "Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração ... e ... Amarás o teu próximo como a ti mesmo").
  • A Lei de Moisés foi dada para o homem entender a iniquidade do pecado e restringi-lo do pecado (Romanos 05:13,20; 07:12,13). A Lei de Moisés não foi dada para o homem justo. O homem justo já obedecia a lei de Deus que é espiritual e moral, e, assim, cumpria tudo o que uma lei civil podia pedir. Coincidentemente, quem cumpria a lei espiritual e moral também cumpria os princípios do evangelho do Novo Testamento. A Lei de Moisés foi dada para o homem injusto (I Timóteo 01:09-11; Gálatas 03:19). Qanto mais a Lei de Moisés se for aplicada mais o homem se vê transgressor (Romanos 07:13).
  • A Lei de Moisés aponta ao Salvador, Jesus Cristo. O homem, pela lei, se viu pecador maligno (Romanos 07:13-17), e, como pecador, deve se ver fraco e uma pessoa condenada necessitando um salvador. O Salvador a qual a lei aponta é Cristo (Gálatas 03:24,25; João 01:29; Hebreus 10:01-10). Qanto mais a Lei de Moisés condenava, mais é vista a graça de Deus em Jesus (Romanos 05:20).
Portanto, não há perigo nenhum pregar a Lei de Moisés em todas os seus propósitos. A santidade de Deus será entendida, o equilíbrio das leis cívicas serão aceitas, a impiedade do pecado será estabelecida e a graça de Deus será fortemente declarada. O que não precisa ser feita é usar a lei pelo propósito da qual ela não foi entendida (nos justificar).

O Uso da Lei nos Dias Atuais
A Lei tem proveito para hoje?
Aquele que Deus é influi naquilo que Ele faz e deseja. Ele não pode agir contra o Seu próprio desejo ou natureza (Hebreus 06:17,18). Por Deus ser perfeito e eterno, Ele tem um eterno propósito ou decreto (Romanos 08:28; Efésios 03:11, "eterno propósito"). Deus não tem vários planos temporários mas um plano que Ele revela em maneiras diferentes pelos séculos. Também por Deus ser santo (I Samuel 02;02; Isaaias 06:03), Seu propósito eterno é perfeito e santo. Por isso Deus não precisa de um plano de reserva pois o propósito (usado no singular) é perfeito. Pela vontade santa e eterna, Deus faz todas as coisas (Efésios 01:11). Do começo da eternidade até o fim da eternidade todas as coisas que venham a acontecer são pela vontade de Deus. A santidade de Deus e a Sua qualidade de ser eterno indica que Deus nunca mudará (Malaquias 03:06). Por isso o Apóstolo Paulo escreve aos Romanos que "tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito" (Romanos 15:04). Se a vontade de Deus não muda, o Seu eterno propósito é santo e perfeito, e, se as Escrituras Sagradas foram produzidas para o nosso ensino; então há uso da Lei de Moisés ainda nos dias atuais. As cerimônias, estatutos, julgamentos e princípios da Lei de Moisés são proveitosas e boas, se usadas "legitimamente" (I Timóteo 01:08).

Pela Lei de Moisés somos ensinados que Deus é soberano (Deuteronômio 06:04; Êxodo 20:01,02). Por Deus ser o soberano criador Ele tem direito de ser adorado singularmente por todos (Apocalipse 04:11; Salmo 86:09). Por Deus ser santo Ele tem merecimento de ser adorado como o Soberano (Apocalipse 15:04). Por Deus ser soberano Ele tem a dignidade e poder para ser temido por todos (Salmo 89:07; Lucas 12:05). A Lei de Moisés mostra que Deus é soberano (Êxodo 20:01-03) e por isso é proveitosa a lei ainda hoje.
A Lei de Moisés nos instrui que o soberano Deus deseja ser glorificado acima de tudo (Êxodo 20:02-07). Deus é glorificado pela obediência rígida da sua lei (Numero 20:12; Levitico 10:01-03; Eclesiastes 12:13). Se olhássemos à Lei de Moisés para entendermos que Deus é zeloso (Êxodo 20:05; 34:14; Deuteronômio 04:23-26) seremos sábios. Essa sabedoria é pela instrução da Lei de Moisés e assim revela que a lei é benéfica para hoje.

Pela Lei de Moisés devemos ser conscientizados que Deus é santo. Se Deus é santo, a Sua lei é também (Neemias 90:13; Romanos 07:12). Pela santidade da lei, Moisés anima o povo a obedecer a lei e amar Deus como Soberano (Deuteronômio 04:08). O Salmista nos diz que a "lei do SENHOR é perfeita" e por isso guardar a lei traz "grande recompensa" (Salmos 19:07-11). A santidade de Deus é razão suficiente a procurar proveito na Lei de Moisés ainda hoje.
Pela Lei de Moisés percebemos que o homem é impiamente pecaminoso. O proposto da lei é revelar ao homem que ele é pecador por transgredir o desejo do Deus soberano e santo. Sem uma lei, não há transgressão (Romanos 07:08, "sem a lei estava morto o pecado") mas com este ‘conjunto de normas’ (o significado da palavra ‘lei’ segundo o dicionário Aurélio) o pecado é entendido em toda a sua malignidade (Romanos 07:09,13; I Coríntios 15:56; Tiago 02:09). O homem que usa a lei para se conhecer, será convencido que ele é um transgressor diante de Deus. Este que usa a Lei de Moisés como um espelho entenderá que o Deus soberano e santo é justo em derramar toda a Sua santa ira sobre homem transgressor (João 03;36). Se a Lei de Moisés mostra o homem como ele é verdadeiramente conhecido diante de Deus (Salmos 14:03,04; 53:02,03; Romanos 03:10-23) e se o homem ainda é pecador nos dias atuais, a Lei de Moisés é proveitosa agora.

Pela Lei de Moisés entendemos a justiça de Deus. O delito, mesmo que seja mínimo, tem que ser retificado pois aquele que "tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos" (Tiago 02:10). Mesmo que haja perdão com Deus, a lei é clara que "ao culpado não tem por inocente" (Êxodo 34:07; Naum 01:03). A santidade e a perfeição de Deus pede a condenação do pecado e o poder de Deus garante a aplicação dessa condenação. Sem a Lei de Moisés revelando a justiça de Deus, a própria ira de Deus derramada em Cristo e a razão do Evangelho têm menos sentido. Se a justiça de Deus não seja percebida, o pecador terá uma compreensão menos clara da sua impiedade. A Lei de Moisés ensina que somente pelo sangue existe remissão (Hebreus 09:22). Sem a observação exata requerida pela lei a alma pecadora seria "extirpada do seu povo" (Levi tico 07:20,21; 18:29; 20:18; Num 15:30). Pela Lei de Moisés revelar a justiça de Deus claramente e pelo homem ser ainda pecador, o proveito da Lei de Moises é evidente para os dias de hoje.

Pela Lei de Moisés entendemos a equidade nas leis civis. É verdade que a Lei de Moisés serviu para a nação de Israel literalmente (Deuteronômio 06:04, "Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR"). Mas nem por isso a lei não é proveitosa para outras nações. Quando as leis civis tomam a Lei de Moisés como exemplo, a justiça reinará abertamente. Mais perto uma nação esteja aos princípios da Lei de Moisés menos tolerante às tolices em todos os níveis da sociedade fica. Ainda é uma verdade que a nação cujo Deus é o SENHOR, é bem aventurada (Salmo 33:12). A lei pede amor uns aos outros (Romanos 13:08-10; Gálatas 05:14; Tiago 02:08), salário justo para quem trabalha (I Coríntios 09:07-10), posição de submissão das mulheres diante dos homens (I Coríntios 14:34) e o respeito que filhos devem ter para com os pais (Efésios 06:01-03). O tratamento da Lei de Moisés diante do criminal, o pobre, o desamparado, o surdo e o cego, a higiene, o casamento, os empregados, o comercio, etc., faz sentido para qualquer povo. A tendência do homem é se afastar de Deus em vez de reter os Seus princípios santos e assim trazer para ele em particular, e à sua sociedade em geral, o fruto da carne (Galatas 05:19-21). A equidade civil que a Lei de Moisés promove faz com que ela seja proveitosa nos dias de hoje.

Pela Lei de Moisés compreendemos que Deus é gracioso. As lavagens, consagrações, holocaustos, ofertas e os princípios da lei tudo apontam à santidade de Deus e como um homem pecaminoso pode se aproximar a este Deus santo. A Lei de Moisés, pelas sombras e simbologia dela, apontava os "bens futuros" (Hebreus 10:01) que é o Cristo Jesus. A lei providenciou a remissão dos pecados assim mostrando a graça de Deus em fazer salvação. Mas a remissão que agrada Deus é somente pelo sangue (Hebreus 09:22). Por a lei apontar a Jesus João Batista, quando viu a Jesus, que vinha para ele, disse, "Eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo" (João 01:29). As Escrituras apontam exclusivamente a Cristo como sendo o sacrifício verdadeiro que as sombras da lei apontavam (Hebreus 09:23-28; I Pedro 13-23). Enquanto a lei mostra a abundância do pecado no homem, ela também revela a graça de Deus que superabunda por Jesus Cristo (Romanos 05:18-21). Por causa da Lei de Moisés revelar claramente a graça de Deus em Cristo ela é proveitosa em qualquer tempo.

Já se julgou pecador culposo pela lei justa de Deus? Já clamou pela misericórdia de Deus? A Sua misericórdia é vista claramente no Seu filho Jesus Cristo. Pede perdão pelos seus pecados dependendo de Cristo como o sacrifício suficiente que Deus deu para todo pecador que se arrependa verdadeiramente. Não busque a sua própria justiça em qualquer outro plano, crença ou pessoa. Somente por Cristo temos a plena justiça de Deus (I Coríntios 03:11; II Corintios 05:21).

CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS SOBRE A LEI

A Vida Cristã e a Lei de Moisés
Há utilidade da Lei de Moisés para o crente que está esperando em Cristo para toda a sua justificação? A liberdade Cristã é libertinagem Cristã? Devemos ou não obediência à Lei de Moisés? Se passou a Lei de Moisés, existe uma lei para o crente nos dias atuais? Se não passou a Lei de Moisés devemos ainda respeitar a cerimônia que a lei pede?

Pela Palavra de Deus podemos afirmar que o crente não tem mais uma obrigação à Lei de Moisés. A Lei de Moisés era à nação de Israel e não ao gentil. A lei era simbólica e não o atual. A lei era temporária apontando ao eterno: Jesus Cristo. Cristo cumpriu a lei sendo aquele que a lei simbolizava e apontava (Gálatas 03:24,25). Pela fé em Cristo, e não pela lei, o crente tem a justiça de Deus (Romanos 03:21-24; II Coríntios 05:21), paz com Deus (Romanos 05:01,02), vida eterna (João 03:16; Romanos 06:23; Efésios 02:01), uma herança incorruptível (Romanos 08:16,17; I Pedro 01:03-09), bênçãos eternas (Efésios 01:03) e capacidade de agradar a Deus nesta vida terrena (Filipenses 04:13; Tito 02:12-14). A Lei de Moisés cumpriu o seu propósito.

Ao mesmo tempo que afirmamos que o crente não tem obrigação à Lei de Moisés, devemos entender que o Cristão tem uma lei sobre ele. O crente não está sem lei. Mesmo que Cristo é toda a justiça para o crente ainda há lei sobre o Cristão. A diferença está qual lei rege sobre o Cristão e não se tem ou não tem uma lei. O soberano Deus não muda (Malaquias 03:06; Tiago 01:17) e podemos saber que desde o princípio, mesmo antes do pecado, Deus estipulou a lei que regia (Gênesis 01:26; 02:17). Depois que Cristo cumpriu a lei (Mateus 05:17; João 19:30), e nisso, desfez, a lei dos mandamentos (Efésios 02:15), a "justiça da lei", que era incorporada na Lei de Moisés, agora rege no crente. O crente pratica essa "justiça da lei" (que é igual à "lei de Cristo" - I Coríntios 09:21) pelo Espírito que está nele (Romanos 08:03-05). É o Espírito Santo que leva o crente à santidade e, por causa da presença dEle, o crente deve e pode deixar o pecado (Efésios 04:17-32; Proverbios 04:18; I João 02:01-07; 03:01-11).

Não há obrigação, ou servidão, nesta lei de Cristo. Todavia há uma boa lógica de bom senso que afirma que na presença da lei há uma racionalidade de amor que ensina o nosso dever espiritual (Romanos 08:12-16;12:01-03;06:17,18; Colossenses 03:01-25). A importância desta "lei de Cristo" (I Corintios 09:21) não é que ela é a nossa justificação diante de Deus, mas, que por ela, os Cristãos, andem em santificação diante dos homens para serem testemunhas para glória de Deus (Romanos 06:22; 08:04; Mateus 05:13-16; Atos 01:08).

A Lei e a Graça
João 01:17, "Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo."
Por causa de João 01:17 um pensamento surge que sugestiona a lei e a graça são dois sistemas separados e contrários ou contraditórios de um e outro. Há confusão sobre se antes do tempo de Cristo ministrar na terra existia a graça de Deus. A força da dúvida pode até sugestionar a salvação no Velho Testamento era pelas obras da Lei de Moisés e no Novo Testamento a salvação é pela fé em Cristo.

A verdade é que com Deus "não há mudança nem sombra de variação" (Tiago 01:17; Malaquias 03:06; Hebreus 01:11,12; 13:08). Em qualquer época, a verdade eterna é: se existe salvação existe a graça de Deus. Sem a graça de Deus não há salvação (Efésios 02:08,09). Disso podemos entender, se houve salvação no Velho Testamento, houve graça também.

A graça que veio por Cristo não foi para destruir a lei ou os profetas, mas para a cumprir (Mateus 05:17). Pela fé em Cristo Jesus a lei é estabelecida porque a lei simbolizava a graça e apontava a Ele (Romanos 03:21-31). O fim, quer dizer o alvo, propósito, finalidade ou objetivo ("fim" no grego # 5056, Strong’s), da lei era Cristo (Romanos 10:04) e não contraria a Ele. A lei sempre estava no coração de Cristo e Ele a amava pois a Lei revela o desejo de Deus (Sal 40:6-8; Hebreus 10:03-12). A Lei de Moisés e a graça por Cristo não são opostos, mas, duas partes de um mesmo sistema (citação de Dr. McNichol por Pink, p. 3). A lei apontou a Cristo, e, Cristo cumpriu a lei (Gálatas 03:21-26).

Na verdade, o Velho Testamento é cheio de graça e o Novo Testamento é cheio de lei. A lei simbolizava a graça pela cerimônia dos holocaustos e oblações e Cristo é a graça de Deus da qual a lei simbolizava (Hebreus 10:01-10). A graça veio, não em oposição à lei, para oferecer outro plano, mas para satisfazer os requisitos da lei e mostrar por Quem as suas obrigações estão cumpridas. Por isso João 01:17 estabelece que a verdade (o atual a qual a lei apontava) veio por Jesus Cristo (Gill). O crente em Jesus Cristo cumpre tudo que a lei apresenta quando vive pelo Espírito para a honra de Deus por Cristo (Romanos 08:04; Gálatas 05:16-18; 06:14-16).

A Letra da Lei e o Espírito da Lei
Romanos 07:60, "Mas agora temos sido libertados da lei, tendo morrido para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra."
II Corintios 03:06, "O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica."

Como já tem sido estabelecido, Deus não muda (Tiago 01:17; Malaquias 03:06; Hebreus 01:11,12; 13:08). A intenção de Deus sempre é ser visto e amado como Deus. A primeira aliança, com Abraão (Gênesis 17:-09) tinha a finalidade de Deus ser posto por Deus entre o Teu povo. O SENHOR comunicou ao profeta Jeremias este mesmo desejo (Jeremias 09:23,24) assim revelando o intento de Deus ser amado e louvado como o único vivo e verdadeiro Deus (Deuteronômio 06:04,50; Marcos 12:29,30; Isaias 45:22-25). Quando Jesus ensinou os discípulos a orarem ensinou-os a amar e louvar o Senhor Deus (Mateus 06:09-13). A própria vida de Jesus declara claramente como amar a Deus (João 05:30; 17:04).

Como temos estudado (veja as Limitações da Lei e O Propósito da Lei) a lei veio, entre outros aspectos, revelar ao homem o seu estado de pecador e que o pecado se fizesse excessivamente maligno, ou seja, a completa falta da glória de Deus (santidade) diante de um Deus Santo (Romanos 07:07-13).

Se qualquer olhar à letra da lei (o que é escrito) como uma finalidade em si, quer dizer, crer que não existe uma intenção maior na lei além de ser obedecida exteriormente à risca, o espírito da lei (o que a lei intenta) será perdido e ficará desobediente à lei (Romanos 02:25-29).

A Letra da Lei
A letra da lei (a cega obediência à todas as cerimonias) mata (II Corintios 03:06) pois pelas obras da lei o pecado é conhecido e somos convencidos excessivamente malignos (Romanos 07:06-13). Pela observação de tudo o que a lei diz (a letra) o pecado é conhecido (Romanos 03:20) e entendemos a devida posição nossa sob a ira de Deus (Romanos 04:15; João 03:36). A observação das obras da lei (a letra da lei) leva à maldição e nunca pode nos livrar dela (Gal 03:10,11).

O Espírito da Lei
O espírito da lei (a intenção da lei) é fé em Cristo (Galatas 03:23-29) e pela fé Deus é glorificado com a adoração devida (João 04:23,24). O espírito da lei é a "justiça da lei" (Romanos 02:26), a obediência da lei no coração (Romanos 02:29) o qual Deus aprova. Pela fé em Cristo e pela nova criatura que vem por Ele (II Corintios 05:17) os que entraram no espírito da lei são livres da letra da lei, pois, a letra já os matou e os conduziu a Cristo (Romanos 08:02; Gálatas 02:20).

Os Crentes em Cristo
Os crentes, pela fé em Cristo, pelo Qual observam o espírito da lei, são determinados à circuncisão verdadeira (Filipenses 03:03; Romanos 02:25-29). Sirvam "em novidade de espírito" e não mais na "velhice da letra" (Romanos 07:06; II Coríntios 03:06).

As cerimônias da lei (a letra) não estão mais em força sobre o crente, mas o intento da lei (o espírito) é, e, sempre será. Se os crentes não guardam as cerimônias exteriores da letra da lei (guardar o sábado, respeito da alimentação permitida e as outras milhares regras da lei) mas, de todo o coração amam Deus e seguem o espírito da lei que é a palavra e o exemplo de Cristo (dia do Senhor, submissão a Deus, ser santo) cumprirão o desejo eterno de Deus (João 04:24).

Os que andam em Cristo são da semente de Abraão quem, pela fé, ainda na incircuncisão, creu naquele que justifica o ímpio, Jesus Cristo (Romanos 04:01-17). Como Abraão obedeceu o espírito da lei pela fé (para que seja da graça, v. 16) e foi justificado diante de Deus, hoje, os que crêem em Cristo pela fé (para que seja da graça, Efésios 02:08,09) também são justificados diante de Deus.

Você está submissa à letra da lei (as obras) que mata e mostra a necessidade de ser salvo pela graça de Deus, ou, está já confiando no espírito da lei (a fé em Cristo para agradar a Deus) que vivifica (Romanos 08:04-11)? A sua submissão a Deus de coração está vista pela sua testemunha pública de uma vida limpa pelo mundo afora? Eis o espírito da lei.

Conclusão
Pelo estudo da Lei de Moisés entendemos melhor o que significa a palavra ‘lei’ e de quantos tipos existem na Bíblia. Estudamos as diferenças destas leis mencionadas na Bíblia para que o servo de Deus maneje melhor a Palavra de Deus. Até o decálogo foi comparado em relação à lei para compreender que ele, em si, não residia à totalidade da lei, mas era parte da lei.

As limitações da Lei de Moisés são entendidas quando qualquer procura pela obediência rígida da lei a justiça de Deus. A justiça de Deus é somente pelo Cordeiro de Deus, o Jesus Cristo, o qual a lei aponta.

A natureza e o propósito da lei foram estudados para entender como a lei foi programada ser utilizada no tempo de Israel e quais razões que ela foi promulgada.

Mas nem pela lei ser programada e promulgada para a nação de Israel ela torna ser um ensinamento obsoleto. Por causa da vontade de Deus nunca ter mudada e pelo fato do homem ser sempre um pecador a Lei de Moisés tem muitas utilidades ainda nos dias atuais. A utilidade da Lei de Moisés é entendida quando se percebe as verdades eternas existentes nela. Ela declara fielmente a realidade da santidade e a justiça de Deus, a condenação de todos que tropeçam em um só ponto dela, e a salvação perfeita por Jesus Cristo. Ela também é útil nos dias atuais para reger as sociedades pelos princípios justos que ela contém.

Considerações especiais foram tratadas na consideração da atitude do crente ao respeito da lei para que ele veja uma responsabilidade não às cerimônias da lei, mas, ao espírito da lei. Mesmo o crente não tendo uma obrigação à letra da Lei de Moisés ele tem responsabilidade ao espírito da lei. O espírito da lei é a lei de Cristo que o Espírito Santo rege no crente. Pelo estudo mais preciso da lei diferenciamos a letra da lei e o espírito da lei entendendo o fato de se o Judeu ou o gentil observa só a letra da lei a condenação eterna é declarada, mas, se Judeu ou o gentil observar o espírito da lei pela fé, há justiça.

Concluímos que nunca devemos racionar que mesmo que Moisés veio antes de Cristo que nunca existia graça na lei. A graça que a lei apontava realizou se perfeitamente em Cristo.

Que todo homem seja julgado por ela e que a graça de Deus por Jesus Cristo seja validamente vista pela Lei de Moisés. Se assim se faz, o propósito da Lei de Moisés será realidade e a vontade eterna de Deus feita.

Pense nisso!
Do seu Amigo, Irmão Samuel;
A graça do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo,
E o amor de Deus,
E as doces comunhão e consolações do Espírito Santo,
Sejam com todos vós,
E com todo povo de Deus espalhados sobre a terra,
Desde agora e para todo Sempre,
Amém. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Figuras para EBI

Manancial - O SANGUE CARMESIM

Escola Bíblica – QUEM ERAM NEEMIAS, SAMBALATE, TOBIAS E GESÉM- Domingo 05 de Outubro de 2014