Escola Bíblica Dominical - Páscoa do Senhor X Coelhos e Ovos de Chocolate
Domingo
24 de março de 2013
Páscoa do Senhor X Coelhos e Ovos de
Chocolate
Infelizmente,
porém, essa data na maioria das vezes é lembrada pelas famílias, inclusive
cristãs, apenas pela distribuição de coelhos e ovos de chocolate, ou porque
desconhecem o seu verdadeiro significado bíblico, ou porque preferem fazer-se
de “inocentes”, a fim de evitarem maiores conflitos com os filhos, amigos ou
familiares, que sempre insistem em dizer: “não há nenhum problema…”; “são
apenas símbolos inocentes…”; “afinal de contas, todos praticam desta forma…”.
Na tentativa de “cristianizar” uma prática que nada
tem a ver com o verdadeiro sentido bíblico da festa da Páscoa, instituída pelo
próprio Deus, muitos artifícios são utilizados para deturpar verdades simples
de Sua palavra. Alguns até “espiritualizam”, dizendo que o coelho, devido à sua
grande fecundidade, simboliza a Igreja, que recebeu de Deus a capacidade de
gerar muitos discípulos. Vale lembrar que no Antigo Testamento bíblico, o
coelho era tido como animal impuro. Ao seu lado, dizem eles, vem o ovo que é
símbolo de ressurreição, pois contém vida dentro de si que apenas aguarda o
momento de ser revelada, fazendo alusão ao sepulcro de Cristo. Assim, o ovo de
chocolate é lembrado como o túmulo que se abriu para a ressurreição de Cristo.
As pinturas em cores brilhantes que acompanham as embalagens dos ovos de
chocolate representariam a luz solar. Que engano!
Mas, como
surgiram esses símbolos? Historiadores retratam o surgimento do coelho como
símbolo a partir de festividades praticadas anualmente pelos egípcios no início
da primavera, que utilizavam o animal como representação de nascimento e nova
vida. Ao longo da história observamos que o coelho passou a ocupar o status de
símbolo máximo na festa da Páscoa, em detrimento daquele que deveria estar no
centro das atenções, Jesus Cristo, o CORDEIRO de Deus. Já os ovos começaram a
ser dados como presentes pelos persas e egípcios. Os primeiros acreditavam que
a terra teria saído de um ovo gigante, e os egípcios costumavam tingir os ovos
com cores primaveris, acreditando que isso transmitiria boa sorte. Os cristãos
primitivos da Mesopotâmia foram os primeiros a usar ovos coloridos
especificamente na Páscoa. Mais tarde, a própria Igreja Romana foi introduzindo
outros elementos simbólicos que nada tinham a ver com as origens bíblicas da celebração
da Páscoa (Ex: Velas, que passou a significar “Cristo, a luz dos povos”).
A leitura do
livro de Êxodo, capítulo 12, no Antigo Testamento nos mostra a verdadeira
origem e significado dessa festa tão importante no calendário judaico e
cristão. Depois de o povo de Israel passar mais de quatrocentos anos de
escravidão no Egito, Deus decidiu libertá-lo. Para isso suscitou um libertador,
Moisés, que transmitiu a ordem divina: “Deixa ir o meu povo”. Como faraó
rejeitou a ordem de Deus, este enviou sobre a terra do Egito dez pragas, a fim
de quebrantar-lhe o coração. Chegou a hora da décima e última praga, aquela que
não deixaria aos egípcios nenhuma alternativa senão a de lançar fora os
israelitas. Deus enviou um anjo destruidor através da terra do Egito para
eliminar “(…) todos os primogênitos, desde homens até animais(…)” (Ex 12:12).
Visto que os israelitas também habitavam no Egito,
como poderiam escapar do anjo destruidor? O Senhor emitiu uma ordem específica
ao seu povo; a obediência a essa ordem traria proteção divina a cada família
dos hebreus, com seus respectivos primogênitos. Cada família deveria tomar um
cordeiro macho de um ano de idade, sem defeito e sacrificá-lo; famílias menores
poderiam repartir um único cordeiro entre si (12:04). O mais importante viria a
seguir: Parte do sangue do cordeiro sacrificado deveria ser aspergido nas duas
ombreiras e na verga da porta de cada casa. Quando o anjo destruidor fosse
enviado àquela terra, ele apenas “passaria por cima” das casas marcadas com o
sangue, sem tocar mortalmente nos primogênitos. Daí o termo Páscoa, do hebraico
“pesah”, que significa “passar ou saltar por cima”, “pular além da marca” ou
“poupar”. Assim, pelo sangue do cordeiro morto, os israelitas foram protegidos
da condenação da morte. Deus ordenou o sinal do sangue para mostrar
profeticamente ao seu povo o que aconteceria centenas de anos mais tarde,
quando Jesus derramaria o seu sangue na cruz do calvário para libertar o mundo
do poder do pecado.
Naquela noite
específica, além de marcar as casas com o sangue, os israelitas deveriam também
comer ervas amargas e pães asmos (sem fermento). As ervas amargas
representariam os anos de sofrimento que o povo havia passado no Egito,
enquanto que o pão asmo representava o próprio Jesus, o pão vivo que haveria de
descer do céu (João. 06:48,51,58) sem o fermento do pecado. Além disso, os
israelitas deveriam estar vestidos e preparados para partir apressadamente (12:11),
pois esta seria a noite de sua libertação da escravidão do Egito. Tudo aconteceu
conforme o Senhor dissera (12:29-36) e a partir daí, o povo de Israel passou a
celebrar a Páscoa como uma festa perpétua, um memorial, todos os anos na
primavera.
O fato de
Jesus, muitos anos mais tarde, ter morrido exatamente durante a celebração da
festa da Páscoa não aconteceu apenas por coincidência, mas para cumprir um
propósito profético de Deus. Jesus foi o nosso “Cordeiro Pascal”, enviado por
Deus para tirar o pecado do mundo (João. 01:29). Não
podemos, portanto, denegrir a importância de tão grande sacrifício, cujo sangue
precioso foi aspergido, não nas portas de algumas casas, mas nos nossos
corações, possibilitando-nos desfrutar de uma vida abundante, longe da
escravidão do Egito (mundo) e da tirania de faraó (Satanás).
Mas, como agir com nossos filhos, que estão
inseridos numa cultura que quase sempre valoriza apenas o imediato? Como podemos
nos posicionar contra um valor, muitas vezes alimentado pela nossa sociedade,
que não tem nada a ver com os valores cristãos?
Amados, se
temos a consciência de que ovos e coelhos de chocolate nada têm a ver com a
celebração da Páscoa, como homens e mulheres de Deus temos que nos posicionar
incutindo a verdade nos corações dos nossos filhos. É claro que precisamos agir
com sabedoria perante os familiares que não conhecem a Palavra de Deus, que em
momentos assim presenteiam os nossos filhos, com a melhor das intenções. Outro
lugar onde a pressão é grande sobre os nossos filhos é na escola, através dos
amigos e até mesmo dos professores. Sendo assim, se necessário for, dê a eles
uma barra de chocolate para que saciem sua vontade. Uma coisa é ganharmos algo
dado com carinho por alguém que não possui o entendimento bíblico e outra é nós
mesmos nos tornarmos cúmplices e propagadores de uma mentira como se fosse
verdade (Isaias. 05:20,21), vivendo uma vida de faz-de-conta!
É muito
importante que os nossos filhos entendam desde pequenos que nós temos feito uma
opção de não viver uma vida apenas de “aparências” perante nossos familiares e
amigos e que esse estilo de vida tem um preço. É hora de assumirmos nosso papel
de pais não deixando escapar cada oportunidade. É hora de ensiná-los que a
mentira dos “ovos de chocolate e dos coelhos felpudos” de páscoa, tão difundida
pela mídia consumista e materialista, precisa ser combatida por todos aqueles
que não desejam negociar o inegociável, nem baixar os seus padrões bíblicos.
Pense Nisso!
A Graça Salvadora de Nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo;
E o amor de Deus;
E as Doces comunhão e Consolações do
Espírito Santo de Deus;
Esteja com todos vós e com todo povo de
Deus espalhados sobre a face da terra;
Desde agora e para todo o sempre;
Amem.
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