Pastoral - O Protestante e a Quaresma
Domingo 24 de março de 2013
O Protestante e a
Quaresma
Historicamente, desde o século IV, o período de “quarenta dias”
antecedentes à Páscoa, a quaresma, é indicado como um tempo de jejum e
arrependimento que começa na conhecida “quarta-feira de cinzas”.
Católicos do mundo inteiro guardam este tempo, como um dos mais
especiais do ano para a sua demonstração de fé. E acredito que seja sempre
muito oportuno, que todo cristão guarde um tempo para a santificação de sua
vida.
Entretanto, aos poucos, o sentido da quaresma foi se tornando cada vez
mais “sacramental” e passou a ser de uso litúrgico para o dia a dia dos
cristãos católicos, levando-os à idéia de que seria pecado violar o jejum da
quaresma. Uma ferramenta de devoção e entrega ao Senhor, passou a servir como
instrumento humano de auto justiça, conseqüentemente, gerando um espírito de
serviço obrigatório e sem amor.
Protestantes observam a quaresma? Não. Protestantes não guardam a
quaresma no mesmo sentido que os católicos o fazem. Cremos que a salvação é
pela graça e não por obras humanas. Devemos considerar que nenhum tempo de
santificação, jejum e oração gerará qualquer mérito para que recebamos a
misericórdia de Deus.
Mas, não obstante não guardarmos a quaresma desta forma
sacramentalizada, seria importante que utilizássemos tempo da nossa vida para
nos dedicar mais a refletir sobre nossa relação com a Cruz de Cristo.
Nenhuma disciplina quaresmal é capaz de nos fazer merecedores da Cruz de
Cristo. A Cruz, sim, deve nos conduzir constantemente à oração, ao jejum, ao
arrependimento etc.
Eu considero com muito apreço as datas importantes do cristianismo. A
Páscoa, para mim, tem um significado muitíssimo especial, pois acredito ser a
nossa principal referência. Em conseqüência, admito que poderíamos nos preparar
melhor para a sua chegada. Portanto, a quaresma para mim, é um tempo para a
leitura da Palavra de Deus e os textos que prefiro neste período são aqueles
relacionados com a morte e ressurreição de Jesus.
Da mesma forma, em nossas liturgias, estaremos fomentando a lembrança da
Cruz de Cristo e do seu amor como maneira de levar a Igreja a se preparar para
a chegada da Páscoa, tempo de gratidão máxima a Cristo, cujo sangue derramado
nos purifica de todo o pecado.
Pense Nisso!
A Graça Salvadora de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo;
E o amor de Deus;
E as Doces comunhão e
Consolações do Espírito Santo de Deus;
Esteja com todos vós e com
todo povo de Deus espalhados sobre a face da terra;
Desde agora e para todo o
sempre;
Amem.
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