Pastoral - Verdadeiro Adorador
Domingo
31 de março de 2013
CONDUTA
DE ADORADOR
“Jesus, chamando uma criança, colocou-a
no meio deles, e disse: Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não
vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus”. Mateus 18:02-03
Olhando para a inocência de uma criança, lembro-me
do início da minha conversão. Fico imaginando onde teria ido parar aquele amor,
aquele primeiro amor de uma criança que acaba de conhecer o seu pai. Um menino
de 2, 3 e até 4 anos vê o seu pai como um herói. Tudo o que ele fala é verdade.
Ele sabe de tudo, tem todas as repostas, não existe questionamentos. O filho confia
se entrega. Não há maldade, não há dúvidas, não há conhecimento suficiente que
gere questionamentos.
De fato, é verdade a palavra que diz que a letra
mata e o espírito vivifica. Um grande conhecimento, muitas vezes, atrapalha a
nossa inocência e a pureza de uma criança que confia inteiramente no seu pai.
À medida que esse filho cresce e toma conhecimento
de algumas coisas, seu pai deixa de ser um herói, suas atitudes são questionados,
seus defeitos se tornam visíveis.
Esse dias me peguei lembrando dos meus primeiros
meses na igreja. Como eu amava o Senhor! Eu acreditava em tudo o que pastor
falava e cumpria tudo. Queria ser como ele estava dizendo, queria andar como
ele dizia que era certo. Uma vez o pastor disse que a minha palavra tinha
poder. Eu saí da igreja radiante e crendo que tudo o que falasse ia acontecer.
Era um amor tão sincero, tão puro, tão verdadeiro. Quando eu cheguei em casa, a
minha vizinha estava chorando dizendo que o marido dela estava de malas
prontas. Eu me lembrei da palavra do pastor. Sem nenhuma dúvida, disse: “Ele
não vai embora, fica tranquila.” Dei as costas e fui embora. A autoridade e a
fé daquela palavras fizeram toda a diferença. O marido dela desfez as malas. Eu
nem batizado era.
Outra vez, o pastor disse que os demônios obedeciam
à voz dos servos de Deus. Eu saí de lá louco para encontrar um demônio pela rua
a fim de expulsá-los.
O que eu quero mostrar com isso? Que conforme a
gente cresce, se não vigiarmos, perdemos essa fé simples. Não tinha teologias,
altos conhecimentos. Eu andava de acordo com o pouco que eu sabia. Onde foi
parar aquele homem? Simples homem que amava a Deus de forma singela, que cria
em tudo, que obedecia a tudo que pediam, que não duvidava. Que não sabia que
existem várias pregações, várias formas de crê, várias denominações. Não
conhecia as competições, os ídolos, as lideranças, as posições. Nada disso era
importante. Eu só queria cantar: “pois pra te adorar foi que eu nasci, cumpra
em mim o teu querer, faça o que está em TEU coração…”
O primeiro amor, esquecido, deixado de lado em
troca de coisas que para Deus são tão pequenas. Quero saber onde está o caminho
de volta à inocência. Será que eu posso abrir mão de tudo o que conheço para
voltar a ser aquele homem que nem sabia porque Jesus era chamado de “Cordeiro
de Deus”? Mas cria nele e queria viver inteiramente cada momento. Será que eu
posso esquecer tudo que eu já vi no meio da igreja e ter de novo aquela visão
de que tudo era amor e que todas as pessoas são verdadeiras? Como voltar ser
aquele homem com 2 meses de conversão mas que chorava de joelhos só para
conhecer um pouco mais, só para ouvir a voz daquele que tinha me resgatado. Ele
me ouvia tanto. Coisas tão simples.
Deus, tu conheces o meu coração e o que eu quero é
voltar a cantar aquela música com o mesmo sentimento que eu cantava há 14 anos.
“Tenho,
porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, donde
caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; e se não, brevemente
virei a ti, e removerei do seu lugar o teu candeeiro, se não te arrependeres” Apocalipse 02:04-05
Pense Nisso!
A graça do Nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo,
E o amor de Deus,
E as doces comunhão e consolações do
Espírito Santo,
Sejam com todos vós,
E
com todo povo de Deus espalhados sobre a face da terra,
Desde agora e para todo Sempre,
Amém.
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