Estudo Bíblico - Sardes, A Igreja Morta

Domingo 21 de julho de 2013

SARDES, A IGREJA MORTA 


“Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá” (Efésios 05:14).

Somente o Espírito Santo pode reavivar a Igreja e levá-la a posicionar-se como a agência por excelência do Reino de Deus.

“E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. Sê vigilante e confirma o restante que estava para morrer, porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei. Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes e comigo andarão de branco, porquanto são dignas disso. O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas”. Apocalipse 03:01-06.


INTRODUÇÃO
A igreja em Sardes foi morrendo aos poucos até esvaziar-se por completo do Espírito Santo. Agora, já não passava de um cadáver. Mas aos olhos humanos, parecia bem viva. Assemelhava-se aos defuntos preparados em ricas funerárias.

Bem maquiada e vestida ricamente, impressionava por sua vida sem vida. Ela, porém, já começava a cheirar mal.
Muitas igrejas, hoje, assemelham-se a Sardes. Morreram e não o sabem. Vivem do passado, pois já não existem no presente. Ao invés do registro do novo nascimento, o atestado de um óbito que poderia ter sido evitado. Era só angustiar-se por um avivamento.
Todavia, o Senhor Jesus quer reavivá-las. O Espírito Santo haverá de soprar-lhes a vida, para que se reergam neste vale de ossos sequíssimos. Somente um reavivamento ressuscitará as igrejas que, apesar de terem história, já não fazem história.

I. A IGREJA EM SARDES

1. A cidade de Sardes.
 A cidade de Sardes, por estar situada a quinhentos metros acima do nível do mar, considerava-se inexpugnável. Ela orgulhava-se também de seus fabulosos tesouros. Suas abundâncias vinham, em parte, do rio Pactolos, que lhe fornecia ouro e prata em grandes quantidades. Suas águas, de tão excelentes, eram tidas como indispensáveis à boa saúde.
Sardes fazia parte do Reino da Lídia, cujos monarcas tornaram-se notórios por sua magnificência. Haja vista o fabuloso Creso. Ascendendo ao trono no sexto século a.C, este rei acumulou tantos bens, que o seu nome veio a tornar-se sinônimo de riqueza. No mundo antigo, este ditado era corrente: “Rico como Creso”.
Quem visita, hoje, a Turquia, espanta-se com as ruínas de Sardes. Nem sombra há daquele reino que se elevava aos céus.

2. A igreja em Sardes.
 Fundada provavelmente pelo apóstolo Paulo, a igreja em Sardes exalava abundante vida. De um amontoado de gente oriunda de várias etnias, o Espírito Santo batizou a todos no corpo de Cristo (Romanos 06:03). E apesar da diversidade cultural, todos agora achavam-se irmanados no Autor da vida (Numeros 27:16; João 17.:02; Atos 03:15).
Mas, não demorou muito, e Sardes começou a necrosar-se; morria e não percebia que estava morrendo (Apocalipse 03:01).
Sardes, agora, vivia de aparências. Embora parecesse avivada, jazia sem vida. Sua liturgia até lembrava o cenáculo, mas não passava de uma bem ritmada marcha fúnebre. Este é o retrato de algumas igrejas. No exterior, a caiadura bela; no interior, o acúmulo de mortos (Mateus 23:27). E os que ainda vivem já não suportam o mal cheiro dos que apodrecem moral e espiritualmente.

II. A IDENTIFICAÇÃO DO MISSIVISTA
À igreja em Sardes, apresenta-se Jesus como aquele que tem os sete Espíritos de Deus. Dessa forma, o Senhor realça a ação plena do Espírito Santo na Igreja de Cristo. Somente o Consolador pode vivificar uma igreja morta. Lembra-se do vale de ossos secos visto por Ezequiel? Se buscarmos a Deus, o Senhor Jesus assoprará sobre nós o seu Espírito. Cada osso com o seu osso se ajuntará; os nervos e tendões aparecerão e as carnes vestirão todos os esqueletos, prontificando-os como o poderoso exército de Jeová (Ezequiel 37).

1. O que tem os sete Espíritos de Deus
(Apocalipse 03:01).
 Era urgente que Sardes soubesse: sem o Espírito Santo, a vida é impossível. Foi Ele quem transmitiu movimento e beleza a uma terra sem forma e vazia (Genesis 01:01,02). No ventre da virgem de Nazaré, concebeu o Filho de Deus (Lucas 01:35). E no Pentecostes, derramou-se sobre os discípulos (Atos 02:01-04). Sem o Espírito Santo, não há regeneração, pois o novo nascimento é operado por Ele (João 03:05). Se Sardes estava morta, carecia com urgência do Espírito da vida (Romanos 08:02).

2. Os sete Espíritos de Deus.
 Existe apenas um único Espírito Santo (Efésios 04:4). Sua ação, todavia, é tão perfeita e eficaz, que Isaías setuplamente o descreve: “E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, e o Espírito de sabedoria e de inteligência, e o Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor” (Isaias 11:02). Através da sétupla ação do Espírito Santo, o Senhor Jesus traz novamente vida as igrejas que, à semelhança de Sardes, deixaram-se esvaziar de Deus.

3. As sete estrelas.
 Apresenta-se Jesus, também, como o soberano da Igreja. Tanto local, quanto universalmente, Ele é a cabeça da Igreja, pois resgatou-a com o seu precioso sangue (Efésios 05:23; 1 Pedro 01:17-19). Eis porque os pastores, no Apocalipse, são representados como as estrelas que se acham na destra do Cordeiro (Apocalipse 01:20; 03:01). Portanto, se alguém quer brilhar, que brilhe nas mãos do Senhor como luz de um mundo que jaz no maligno.

III. A DOENÇA E A MORTE DE UMA IGREJA
Aos olhos das demais igrejas, Sardes exibia-se bela e viva. Mas aos olhos de Cristo, não passava de um defunto bem produzido. Aliás, a sua certidão de óbito já estava lavrada com a explicitação da causa mortis.

1. Perda de memória.
 A primeira doença a atingir a igreja em Sardes foi a perda de sua memória espiritual. Embora vivesse do passado, já não conseguia lembrar-se do que recebera de Deus. A exortação do Senhor é urgente: “Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te” (Apocalipse 03:03).
A situação de Sardes era mais grave do que a de Éfeso. Esta igreja ainda podia lembrar-se do primeiro amor e voltar ao local onde caíra. Mas aquela, posto já estar morta, carecia de uma ressurreição; um grande e poderoso reavivamento. O Senhor Jesus, porém, tanto nos restaura a memória espiritual, como nos faz ressurgir dentre os mortos (Efésios 05:14).

2. Desleixo.
 Esta foi a segunda doença de Sardes: desleixo. Embora não sejamos perfeitos, nossas obras têm de primar pela excelência. A igreja em Sardes, todavia, desprezando o padrão divino, fizera-se tão relapsa, que o Senhor já não a suportava: “Não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus” (Apocalipse 03:02).
No âmbito do Reino de Deus, a perfeição é o padrão mínimo aceitável, conforme recomenda o apóstolo: “se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria” (Romanos 12:07-08). A perfeição na Igreja de Cristo só é possível se amarmos o Cristo da Igreja.
De que forma tratamos a Obra de Deus? Lembremo-nos da advertência de Jeremias:
“Maldito aquele que fizer a obra do Senhor fraudulentamente!” (Jeremias 48:10).

3. Descaso para com o remanescente fiel.
 No necrotério de Sardes, havia alguns crentes que ainda respiravam. E o Senhor estava preocupado com eles: “Sê vigilante e confirma o restante que estava para morrer, porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus” (Apocalipse 03:02). Jesus queria preservar a vida daqueles poucos homens e mulheres que não haviam contraído as moléstias deste século: orgulho, rebelião, adultério, fornicação, heresias, roubo, cobiça, calúnias.
É hora de confirmar os que ainda respiram. Confirmemo-los através da Palavra de Deus, da oração, da comunhão dos santos e do serviço evangelístico e missionário. Quanto aos que já morreram, que ouçam a voz de Nosso Senhor Jesus Cristo:
“Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá” (Efésios 05:14).

CONCLUSÃO
Se o anjo da igreja em Sardes não cumprisse os seus deveres, teria o nome riscado do Livro da Vida: “O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos” (Apocalipse 03:05). Sabe o que isso significa? Separação eterna de Deus. Sim, desempenhar o ministério cristão de forma relapsa e profana pode levar o obreiro a comprometer a própria salvação. Muito cuidado!
Finalmente, irmãos, a Igreja de Cristo é lugar de vivos. Nosso Deus não é Deus de mortos (Marcos 12:27).

Pense nisso!
Do seu Pastor: Samuel José dos Santos Filho
A graça do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo,
E o amor de Deus,
E as doces comunhão e consolações do Espírito Santo,
Sejam com todos vós,
 E com todo povo de Deus espalhados sobre a face da terra,
Desde agora e para todo Sempre,
Amém. 



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Figuras para EBI

Manancial - O SANGUE CARMESIM

Escola Bíblica – QUEM ERAM NEEMIAS, SAMBALATE, TOBIAS E GESÉM- Domingo 05 de Outubro de 2014