Escola Bíblica Dominical - A longa seca sobre Israel
Domingo
04 de Agosto de 2013
A longa seca sobre
Israel
“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2 Crônicas 07:14).
A longa seca sobre Israel teve como objetivos disciplinar e
demonstrar a soberania divina sobre os homens.
1 – “E sucedeu que,
depois de muitos dias, a palavra do SENHOR veio a Elias no terceiro ano,
dizendo: Vai e mostra-te a Acabe, porque darei chuva sobre a terra.
2 - E foi Elias mostrar-se a Acabe; e a fome era extrema em Samaria.
3 - E Acabe chamou a Obadias, o mordomo. (Obadias temia muito ao SENHOR,
4 - porque sucedeu que, destruindo Jezabel os profetas do SENHOR, Obadias tomou cem profetas, e de cinquenta em cinquenta os escondeu, numa cova, e os sustentou com pão e água).
5 - E disse Acabe a Obadias: Vai pela terra a todas as fontes de água e a todos os rios; pode ser que achemos erva, para que em vida conservemos os cavalos e mulas e não estejamos privados dos animais.
6 - E repartiram entre si a terra, para passarem por ela; Acabe foi à parte por um caminho, e Obadias também foi à parte por outro caminho.
7 - Estando, pois, Obadias já em caminho, eis que Elias o encontrou; e, conhecendo-o ele, prostrou-se sobre o seu rosto e disse: És tu o meu senhor Elias?
8 - E disse-lhe ele: Eu sou; vai e dize a teu senhor: Eis que aqui está Elias”. (1 Reis 18:01-08)
2 - E foi Elias mostrar-se a Acabe; e a fome era extrema em Samaria.
3 - E Acabe chamou a Obadias, o mordomo. (Obadias temia muito ao SENHOR,
4 - porque sucedeu que, destruindo Jezabel os profetas do SENHOR, Obadias tomou cem profetas, e de cinquenta em cinquenta os escondeu, numa cova, e os sustentou com pão e água).
5 - E disse Acabe a Obadias: Vai pela terra a todas as fontes de água e a todos os rios; pode ser que achemos erva, para que em vida conservemos os cavalos e mulas e não estejamos privados dos animais.
6 - E repartiram entre si a terra, para passarem por ela; Acabe foi à parte por um caminho, e Obadias também foi à parte por outro caminho.
7 - Estando, pois, Obadias já em caminho, eis que Elias o encontrou; e, conhecendo-o ele, prostrou-se sobre o seu rosto e disse: És tu o meu senhor Elias?
8 - E disse-lhe ele: Eu sou; vai e dize a teu senhor: Eis que aqui está Elias”. (1 Reis 18:01-08)
INTRODUÇÃO
A longa seca predita pelo profeta Elias e que teve seu fiel cumprimento nos dias do rei Acabe (1 Reis 17:01,02; 18:01-02) é citada em o Novo Testamento pelo apóstolo Tiago: “Elias [...] orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra” (Tiago 05:17). A seca é um fenômeno climático e como tal é imprevisível. Todavia, no contexto do reinado de Acabe ela ocorreu não somente como algo previsível, mas também anunciado. Não era um fenômeno simplesmente meteorológico, mas profético. Aqui veremos como se deu esse fato e como ele revela a soberania de Deus não somente sobre a história, mas também sobre os fenômenos naturais.
I. O PORQUÊ DA SECA
1. Disciplinar a nação.
O culto a Baal
financiado pelo estado nortista afastou o povo da adoração verdadeira. O
profeta Elias estava consciente disso e quando confrontou os profetas de Baal,
logo percebeu que o povo não mantinha mais fidelidade ao Deus de Israel:
“Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois
pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o” (1 Reis 18:21).
De fato a palavra hebraica as’iph, traduzida como pensamentos, mantém o sentido
de ambivalência ou opinião dividida. A idolatria havia dividido o coração do
povo. Para corrigir um coração dividido somente um remédio amargo surtiria
efeito (1 Reis 18:37).
2. Revelar a divindade verdadeira.
2. Revelar a divindade verdadeira.
Quando Jezabel
veio para Israel não veio sozinha. Ela trouxe consigo a sua religião e uma
vontade obstinada de fazer de seus deuses o principal objeto de adoração entre
os hebreus. De fato observamos que o culto ao Senhor foi substituído pela
adoração a Baal e Aserá, principais divindades dos sidônios (1 Reis 16:30-33).
A consequência desse ato foi uma total decadência moral e espiritual. Baal era
o deus do trovão, do raio e da fertilidade, e supostamente possuía poder sobre
os fenômenos naturais. A longa seca sobre o reino do Norte criou as condições
necessárias para que Elias desafiasse os profetas de Baal e provasse que tal
divindade não passava de um deus falso (1 Reis 17:01-02; 18:01,02,21,39).
Deus não precisa provar nada para ser Deus, mas os homens costumam responder favoravelmente quando suas razões são convencidas pelas evidências.
II. OS EFEITOS DA SECA
Deus não precisa provar nada para ser Deus, mas os homens costumam responder favoravelmente quando suas razões são convencidas pelas evidências.
II. OS EFEITOS DA SECA
1. Escassez e fome.
A Escritura
afirma que “a fome era extrema em Samaria” (1 Reis 18:02). A seca já havia
provado que Baal era um deus impotente frente aos fenômenos naturais e a fome
demonstrou à nação que somente o Senhor é a fonte de toda provisão. Sem Ele não
haveria chuva e consequentemente não haveria alimentos. O texto de 1 Reis 18:05
revela que até mesmo os cavalos da montaria real estavam sendo abatidos. O
desespero era geral. A propósito, o texto hebraico de 1 Reis 18:02 diz que a
estiagem foi violenta e severa. A verdade é que o pecado sempre traz
consequências amargas!
2. Endurecimento ou arrependimento.
É
interessante observarmos que o julgamento de Deus produziu efeitos diferentes
sobre a casa real e o povo. Percebemos que à semelhança de Faraó (Êxodo 09:07),
o rei Acabe e sua esposa, Jezabel, não responderam favoravelmente ao juízo divino. Acabe, por exemplo, durante a
estiagem confrontou-se com o profeta Elias e o acusou de ser o perturbador de
Israel (1 Reis 18:017). Quem resiste a ação divina acaba por ficar endurecido!
Por outro lado, o povo que não havia dado nenhuma resposta ao profeta Elias quando questionado (1 Reis 18:21), respondeu favoravelmente ante a ação soberana do Senhor: “O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!” (1 Reis 18:39). O Novo Testamento alerta: “[...] se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso coração” (Hebreus 03:07,08).
Por outro lado, o povo que não havia dado nenhuma resposta ao profeta Elias quando questionado (1 Reis 18:21), respondeu favoravelmente ante a ação soberana do Senhor: “O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!” (1 Reis 18:39). O Novo Testamento alerta: “[...] se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso coração” (Hebreus 03:07,08).
III. A PROVISÃO DIVINA NA SECA
1.
Provisão
pessoal.
Há sempre uma provisão de Deus para aquele que o
serve em tempos de crise. Embora houvesse uma escassez generalizada em Israel,
Deus cuidou de Elias de uma forma especial que nada veio lhe faltar (1 Reis 17:01-07).
A forma como o Senhor conduz o seu servo é de grande relevância. Primeiramente,
Ele o afasta do local onde o julgamento seria executado: “Vai-te daqui” (1 Reis 17:03). Deus julga e
não quer que o seu servo experimente as consequências amargas desse juízo! Em
segundo lugar, o Senhor o orienta a se esconder: “Esconde-te
junto ao ribeiro de Querite” (1 Reis 17:03). Deus não estava
fazendo espetáculo; era uma ocasião de juízo. Em terceiro lugar, Elias deveria
ser suprido com aquilo que o Senhor providenciasse: “Os corvos lhe traziam pão e carne” (1 Reis
17:06). Não era uma iguaria, mas era uma provisão divina!
2. Provisão coletiva.
Ficamos sabendo pelo relato bíblico que além
de Elias, o profeta de Tisbe, o Senhor também trouxe a sua provisão para um
grande número de pessoas. Primeiramente encontramos o Senhor agindo através de
Obadias, mordomo do rei Acabe, provendo livramento e suprimento para os seus
servos: “Obadias tomou cem profetas, e de cinquenta em cinquenta os
escondeu, numa cova, e os sustentou com pão e água” (1 Reis 18:04). Em segundo lugar, o próprio Senhor falou a Elias
que Ele ainda contava com sete mil pessoas que não haviam dobrado os seus
joelhos diante de Baal: “Eu fiz ficar em Israel sete mil” (1 Reis 19:18). Deus cuida de seus servos e sempre lhes prove o
pão diário.
IV. AS LIÇÕES DEIXADAS PELA SECA
1. A majestade divina.
Há alguns fatos que devemos atentar sobre a
ação do Deus de Elias, conforme registrado nos versículos do capítulo 17 do
primeiro livro dos Reis. Antes de mais nada, a sua onipotência. Ele demonstra
controle sobre os fenômenos naturais (1 Reis 17:01). Em segundo lugar, Deus
mostra a sua onipresença durante esses fatos. Elias, ao se referir ao Senhor,
reconheceu-o como um Deus sempre presente: “Vive o Senhor, Deus
de Israel, perante cuja face estou” (1 Reis 17:01).
Em terceiro lugar, Ele é onisciente,
pois sabe todas as coisas, quer passadas, quer presentes, ou futuras. O profeta
disse que não haveria nem orvalho nem chuva, e não houve mesmo! (1 Reis 17:01).
2. O pecado tem o seu custo.
Quando o profeta Elias encontra-se com Acabe
durante o período da seca, Elias responde ao monarca e o censura por seus pecados:
“Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai,
porque deixastes os mandamentos do Senhor e seguistes os baalins” (1 Reiss 18:18). Em outras palavras, Elias afirmava que tudo o
que estava acontecendo em Israel era resultado do pecado. O pecado pode ser
atraente e até mesmo desejável, mas tem um custo muito alto. Não vale a pena!
CONCLUSÃO A longa seca sobre o reino do Norte agiu como um
instrumento de juízo e disciplina. Embora o
coração do rei não tenha dado uma resposta favorável ao chamamento divino, os
propósitos do Senhor foram alcançados. O povo voltou para Deus e o perigo de
uma apostasia total foi afastado.
A fome
revelou como é vão adorar os deuses falsos e ao mesmo tempo demonstrou que o
Senhor é um Deus soberano! Ele age como quer e quando quer. Fica, pois a lição
que até mesmo em uma escassez violenta a graça de Deus revela-se de forma
maravilhosa.
Pense nisso!
Do seu Pastor: Samuel José dos Santos Filho
A graça do Nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo,
E o amor de Deus,
E as doces comunhão e consolações do
Espírito Santo,
Sejam com todos vós,
E
com todo povo de Deus espalhados sobre a face da terra,
Desde agora e para todo Sempre,
Amém.
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