Estudo Bíblico- Santuário de Deus - Domingo 22 de Março de 2015
Domingo 22 de Março de 2015
SANTUÁRIO DE DEUS
1
Coríntios 3.16,17 – “Não
sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se
alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de
Deus, que sois vós, é sagrado”.
Na
Inglaterra existe um lugar diferente, que chama a atenção de centenas de
pessoas que o visitam diariamente. Esse lugar é Stonehenge. É um lugar
misterioso. Ninguém consegue explicar a existência dos vários blocos de pedra
maciça, colocados em pé, em forma circular e com outros grandes blocos de pedra
por cima, fechando o círculo. Eles não sabem de onde vieram as pedras, quem as
trouxe e porque trouxeram. Próximo ao lugar não existem pedreiras o que obrigou
quem as trouxe, trazê-las de muito longe. A pergunta é: Porque pessoas sem
caminhão ou qualquer outro meio de transporte de carga arrastariam esses blocos
de pedra pesados para colocá-las no meio de um pasto? Como os freqüentadores do
local não tem muitas explicações, então optaram por tratar o local como um
local especial, ou seja, um lugar sagrado. Os visitantes o procuram para fazer
meditação e para terem um contato maior com o sagrado. Pensam que naquele lugar
o contato deles com o mundo espiritual é melhor. Eles exigem silêncio e muita
reverência no local.
Existem
outros lugares como esse espalhados pelo mundo afora. Lugares que os homens
escolheram para terem contato com Deus ou com o que chamam de Deus. Os templos
Incas (na América Central) e os budistas (espalhados pelo mundo), o Monte
Carmelo (na Palestina), o templo de Jerusalém, o Caminho de São Tiago (na
Espanha), a cidade de Meca (no Ocidente) e muitos outros. Todos esses lugares
são tidos por seus freqüentadores como lugares sagrados. Locais que foram
consagrados para culto, oração e meditação.
Os
homens sempre necessitaram de lugares especial para terem contato com Deus.
Abel fez um altar para oferecer a vida de um animal em sacrifício a Deus.
Baseado nele muitos altares foram construídos pela posteridade e neles foram
oferecidos sacrifícios como forma de pedir perdão por seus pecados; de
agradecer a Deus pelas graças recebidas; de invocar o Senhor nos momentos de
angústias; ou, simplesmente, para prestar culto.
Jacó
teve um sonho, quando fugia de seu irmão, e viu uma escada que ligava o céu à
terra. Nesse local ele fez um altar e por centenas de anos Israel continuou
indo à Betel para prestar culto a Deus. Com a saída do povo do Egito Deus
mandou que se construísse uma arca de madeira e a cobrissem de ouro. Essa arca
passou a simbolizar a presença de Deus. Onde ela estava Deus estava. Ao entrar
na Terra Prometida, a arca ficou por vários anos em Siló (Js 18.1), onde
armaram uma tenda para ela. Mesmo com a posterior construção do templo de
Jerusalém, tendo a arca sido levada para ele, Siló continuou a ser um local
sagrado para os israelitas.
O
templo de Jerusalém se tornou o local mais sagrado da terra para os judeus. Era
o lugar onde Deus habitava. Normas foram estabelecidas para o culto, para os
sacrifícios e para a permanência dos adoradores. O templo acabou se tornando
mais sagrado que o próprio Deus, a ponto de o próprio Deus providenciar a sua
destruição. O único pedaço de parede que ainda resta do primeiro templo se
tornou um local de oração (Muro das Lamentações).
Com
o passar dos anos Betel foi abandonada; Siló foi esquecido e o templo foi
destruído. A dúvida para muitos foi: Onde adorar agora? A resposta para essa
questão foi dada por Jesus à mulher samaritana, quando esta lhe perguntou sobre
o local correto para adoração. Jesus lhe disse: “Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando
nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não
conheceis, porque a salvação vem dos judeus. Mas vem a hora e já chegou, em que
os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são
estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito e importa que os
seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”.
A
partir do ano 313 depois de Cristo, iniciou-se a construção de templos
cristãos. As grandes catedrais foram erigidas com o objetivo maior de mostrar a
imponência, o poder e a riqueza da igreja do que para servir de local de
encontro com Deus. A igreja que se reunia nos lares passou a se reunir
novamente em templos, como os judeus faziam antes, e iniciaram o mesmo processo
de dependência de um local para encontro com Deus. O encontro pessoal, diário e
constante com Deus foi substituído por um encontro semanal e passageiro. Para
muitos, o templo é o único local onde se encontram com Deus e, em conseqüência disto,
santificam o local de culto e não se preocupam com a santificação de suas
próprias vidas. O templo é o único local onde oram ou lêem sua Palavra. Isso é
uma lástima!
Todos
os locais escolhidos para culto foram destruídos por causa da impureza e falhas
na adoração. A impureza fez a adoração a Deus declinar. O adorador quis ser o
alvo da adoração. A atenção do homem foi tirada de Deus e direcionada para o
homem ou para os rituais estabelecidos para o culto. O local de encontro com
Deus serviu para afastar o povo ainda mais de Deus. O problema não estava e não
está no templo, mas na forma de entender o templo. O templo de Deus são as
pessoas. Elas se reúnem com outras pessoas para juntas adorarem a Deus, pois
foi assim que Deus deixou estabelecido. O templo é apenas um local de encontro
dos verdadeiros templos do Senhor (as pessoas). Mas como templos, temos de
estar todos os instantes de nossa vida na presença do Senhor, pois Deus habita
em nós e nós somos o seu templo, e mais, a presença de Deus exige de nós uma
preocupação constante com a pureza. Deus não pode habitar num coração imundo e
muito menos conviver com a impureza.
O
tema desse estudo é: A PUREZA DO SANTUÁRIO DE DEUS. Quando
recebemos visitas em casa nos preocupamos em mostrar a casa limpa e cheirosa.
Temos a preocupação de que os visitantes se sintam bem e tenham uma boa
impressão de nós. Se já nos preocupamos com homens, que não conseguem ver as
sujeiras debaixo dos tapetes, precisamos nos preocupar muito mais com Deus, que
conhece nosso ser como a palma de sua mão. Deus gosta de habitar em corações
puros.
Para
responder ao nosso tema faremos a seguinte pergunta: Como manter puro o
santuário de Deus? A primeira resposta que o texto nos dá é que nossa
pureza, como templo, DEPENDERÁ DA CONSCIÊNCIA DE QUE SOMOS HABITAÇÃO
DE DEUS. Paulo disse: “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o
Espírito de Deus habita em vós?”
Citei
a pouco a existência de alguns templos onde seus freqüentadores o tratam com
toda a reverência – O Templo é santo! Nele as pessoas meditam e refletem sobre
sua vida. É um local de silêncio e respeito absoluto. A razão para tanto
respeito é que Deus habita no templo. Em Habacuque 2.20, encontramos uma
declaração clara do sentimento que se tinha e que se deve ter com o lugar onde
Deus habita: “O
Senhor está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra”.
Infelizmente
o respeito com a presença de Deus tem diminuído a cada dia. Pessoas brincam com
jogos em seus celulares durante o culto, conversam, sorriem, namoram e batem
papo durante o culto que é prestado a Deus. Até os mais maduros, homens e
mulheres, de quem se espera que sejam mais reverentes, muitas vezes passam o
culto todo andando ou conversando com outros adultos dentro e fora do templo,
muitas vezes criticando a falta de reverência dos mais jovens. É o errado
falando do erro do outro. Pessoas saem o tempo todo para beber água ou
simplesmente para andar um pouco. Não prestam a atenção devida ao culto e ainda
desviam a atenção daqueles que se propõe a levar o culto à sério.
Damos
graças a Deus porque toda a regra tem exceção. Entre os adoradores negligentes
existe uma grande maioria de adoradores que sabe que Deus está no meio deles e
por isso presta culto a Deus com toda a reverência que ele exige. O Salvador do
mundo prometeu estar entre os seus adoradores até a consumação dos séculos. A
consciência da presença divina entre os seus adoradores faz com que o adorador
consciente seja reverente no culto que presta a Deus.
Moisés
passou por uma bela experiência ao ver o milagre da sarça que queimava e não se
consumia. Mas ao aproximar do espetáculo do fogo ele ouviu a voz de Deus que
diz:“Moisés, tire as sandálias dos pés porque este lugar é terra santa” (Ex
3.5). A mesma ordem foi dada a Josué ao se encontrar com Deus (Js 5.15). Esses
locais eram locais como qualquer outro, mas algo tornou aquele lugar especial:
Deus estava ali. As terras de Canaã e as montanhas onde a sarça pegou fogo não
eram especiais em si, porém, quando Deus se fez presente o local se tornou
especial e sagrado.
A
consciência da presença de Deus muda a atitude do adorador. Jacó, após se
conscientizar de que Deus estava ali onde ele dormia, no meio do deserto,
acordou espantado e disse: “Na verdade o Senhor está nesse lugar, e
eu não sabia” (Gn 28.16). Logo após essa conscientização a
situação mudou. Jacó erigiu uma coluna, prometeu construir um templo ao Senhor,
prometeu-lhe fidelidade e orou. A diferença entre o antes e o depois foi a
conscientização de que Deus estava ali.
A
vida pastoral é cheia de surpresas. Um pastor amigo contou-me uma situação que
viveu e lhe foi de muita surpresa e admiração. Disse ele que entre os membros
de sua igreja tinha uma mulher que era zelosa ao extremo. Sua reverência era
admirável. Ao chegar à igreja a irmã mantinha-se sob uma reverência que atraía
a atenção de todos a si. Suas orações eram constantes e o silêncio que mantinha
no templo era admirável. As crianças eram impedidas por ela de se mexerem. Se
alguém se levantasse ou conversasse, logo ela lhe chamava à atenção. O seu zelo
era espetacular, mas para a surpresa e tristeza do pastor e da igreja, que
tinham essa irmã em alta consideração, se descobriu que sua vida particular era
uma desordem total. O seu zelo durante o culto era um zelo legalista. O seu
culto não era verdadeiro, era uma fachada para esconder a sujeira de sua vida
particular. Ela fazia todo o possível para retirar a atenção dos outros de
sobre sua vida. Mas nada fica encoberto e sua vida pecaminosa também não ficou.
O caso abalou sua igreja. Ninguém imaginava que uma crente tão zelosa com o
templo e o culto fosse cair tão baixo. O problema dessa irmã foi santificar o
templo de paredes e abrir mão da adoração que devia ter prestado ao Senhor com
o seu próprio corpo, que é onde Deus habita.
É
essa adoração que o texto questiona. Dissemos que nossa pureza como templo de
Deus dependerá da consciência de que somos habitação de Deus. Para despertar o
zelo quanto ao verdadeiro templo do Senhor, Paulo disse: “Não sabeis
que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?”
Na
Europa muitos templos se tornaram supermercados, bares, boates e salões de
festas. Os templos se fecharam porque lhes faltaram os verdadeiros templos. As
pessoas passaram a santificar o templo e se esqueceram de santificarem-se como
templos. Com a falta de santificação a impureza tomou conta de suas vidas, se
esfriaram e abandonaram o Senhor. Em conseqüência do abandono do verdadeiro
templo do Senhor, que são as pessoas, as construções (templos) se fecharam. O templo
é o local dedicado ao Senhor, e por isso deve ser tratado com todo respeito,
porém não pode ser valorizado mais do que as pessoas. Essa falha tem levado
pessoas a darem mais crédito ao templo de paredes e concreto do que ao seu
coração, que é lugar da habitação de Deus.
Paulo
vem alertando as pessoas com relação a seriedade que devem tratar os seus
corpos. Nosso corpo é templo de Deus, pois o “Espírito de Deus habita
em nós!” Você não sabia disso? Pois é verdade! Deus mora em
teu coração através do Espírito Santo. Se conscientize disso para que tua vida
e tua adoração particular a Deus melhorem. Pense também em Hebreus 3.6, que
diz: “…A qual casa
somos nós, se guardarmos firme, até o fim, a ousadia e a exultação da
esperança”.
Joel
2.28-32 registra a promessa do envio do Espírito Santo. Ele mostra que depois
de uma conversão sincera e um arrependimento verdadeiro o Espírito de Deus
seria derramado no coração do crente e coisas extraordinárias aconteceriam.
Vejam bem, o texto mostra que somente depois de “uma conversão sincera e
um arrependimento verdadeiro” é que as mudanças ocorreriam. Para a
pessoa se converter é necessário a presença do Espírito Santo. Sem Ele o homem
continuaria morto e nunca se converteria. O texto não está tratando de uma
conversão inicial, pois o povo a quem esse texto fora direcionado já era povo
de Deus. Então entenda o texto como um alerta: Se você, que já crê, não se
purificar de seus pecados e passar por uma mudança total e completa, você nunca
experimentará a ação plena do Espírito de Deus em tua vida.
Você
é templo de Deus porque o próprio Deus habita em você. Ele te escolheu para Sua
habitação e esse é um grande privilégio. A consciência dessa habitação divina o
levará a uma busca pela pureza e santificação para que você, como templo de
Deus, se torne um lugar agradável e puro para Deus habitar.
A Segunda resposta que o texto nos dá é que nossa pureza, como templo, DEPENDERÁ DA CONSCIÊNCIA DE QUE SOMOS RESPONSABILIZADOS PELO USO DO NOSSO CORPO. “Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá”.
A Segunda resposta que o texto nos dá é que nossa pureza, como templo, DEPENDERÁ DA CONSCIÊNCIA DE QUE SOMOS RESPONSABILIZADOS PELO USO DO NOSSO CORPO. “Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá”.
No
estudo passado vimos que “se a obra de alguém se queimar, sofrerá
ele dano”.Mostramos que se a pessoa recebeu todos os meios para
realizar um trabalho perfeito para o Senhor e não realizou, ela terá de sofrer
as conseqüências por sua preguiça. Essa pessoa, sendo um crente verdadeiro,
será salvo, mesmo tendo sido irresponsável com a propagação da obra do Senhor,
porém o seu trabalho relaxado não lhe renderá honras ou galardões. Sua salvação
não será acompanhada da alegria de ter sido um servo fiel.
Diante
desse texto, alguns teólogos e leigos se pegam numa discussão, onde, de um lado
dizem que o crente verdadeiro nunca perde sua salvação por ser ela um dom
gratuito (presente) de Deus, que não foi baseado em obras humanas, mas em seu
amor e misericórdia; do outro lado, defendem que esse texto é claro ao afirmar
que se o crente verdadeiro destruir o seu corpo, cometendo pecados variados,
ele será destruído por Deus, ou seja, perderá sua salvação e será mandado para
o inferno.
Para
uma melhor compreensão vamos analisar um texto que traz os passos, desde a
escolha de Deus, até a tomada de posse da salvação pelo pecador perdoado. 2
Timóteo 1.9,10, mostra, resumidamente, como foi o processo de nossa salvação.
Ele diz: “Deusnos salvou e nos chamou com santa vocação; não
segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que
nos foi dada em Cristo Jesus,antes dos tempos eternos, e manifestada,
agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus”. A ordem da salvação é minuciosamente
descrita nesse texto e por isso é que ele foi o texto escolhido.
Deus
determinou, em sua vontade livre e soberana, salvar pecadores. Entre esses
pecadores ele não escolheu ninguém por ser bom ou perfeito, porque não existe
ninguém que é bom e perfeito. Ele sabia que nenhum dos homens teria condições
de ter uma vida perfeitamente pura e absolutamente livre do pecado. Ele
conhecia toda a fragilidade humana e sua propensão para a queda. Todos os
homens estavam condenados por causa de seus pecados, mas entre esses condenados
Deus desejou salvar e salvou aqueles que livremente escolheu. A escolha de Deus
não se baseou no fato de alguém ser melhor ou pior que outro, pois todos eram
igualmente perdidos. Ele não se baseou nas obras dos homens, pois nenhum tinha
nada de bom a oferecer, mas se baseou nos atos perfeitos de Jesus Cristo.
A
esses a quem salvou ele chamou, para que deixassem o mundo e passassem a viver
com ele. Quando chamados, movidos pelo Espírito Santo (Sl 27.8; Lm 5.21)
responderam “sim” ao chamado de Deus (converteram) e se aproximaram dele. Essa
salvação se tornou conhecida do pecador no momento de sua conversão, porém,
esse pecador, agora salvo, já estava salvo desde antes da fundação do mundo,
porém, somente agora tomou posse da graça salvadora de Deus e somente agora é
que ele passou a se alegrar com a presença de Deus, pois antes Sua presença
causava repulsa e medo, agora produz prazer e alegria. Nenhum homem foi salvo
por não ter pecado ou sua salvação foi oferecida por Deus na dependência do
homem nunca pecar. Se houvesse essa condição nenhum homem entraria nos céu,
pois não existe um crente sequer, que após sua conversão, nunca tenha pecado,
seja por pensamento, palavras ou obras (Ec 7.20). Se fosse assim, seria correto
dizer que o salvo perdeu a salvação. Mas a salvação não depende da fidelidade
do homem, mas da misericórdia de Deus, e é por isso que o salvo nunca perderá a
salvação dada por Deus.
Para
confirmar o que acabamos de dizer, traremos outro texto. Em 2 Timóteo 2.12,13,
Paulo disse: “Se
perseveramos, também com ele reinaremos; se o negarmos, ele,
por sua vez, nos negará; Se somos infiéis, ele permanece fiel, pois
de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo”.
O
texto mostra as conseqüências de três atitudes. A primeira é a
perseverança. A perseverança fiel do crente traz benefícios eternos
(galardões) e todos os que forem perseverantes terão como galardão o privilégio
de reinar com Deus. Aquele que não perseverar como se deve, acontecerá com ele
o que foi dito no estudo passado que, “se a obra de alguém se queimar sofrerá ele dano;
mas esse mesmo será salvo, todavia como que através do fogo”. Esse passará
vergonha na presença de Deus, porém, assim mesmo será salvo. A Segunda atitude
é a negação. Jesus deixou bem claro que se alguém se
envergonhasse dele, ele também se envergonharia deste na presença do Pai. São
múltiplos os textos que mostram que se o homem não aceitar a Cristo não terá a
salvação. Jesus é o único caminho para o homem ser salvo. Se o homem se negar a
aceitá-lo, esse não terá outra opção de salvação. A esse será negado a entrada
no céu. Não nos esqueçamos que dizemos o “Sim”, na nossa conversão, movidos pelo
Espírito Santo. Este que negou o Senhor, não foi movido por Deus para
aceitá-lo. Esse será condenado porque nunca foi salvo. A terceira atitude é a fidelidade.
O homem não será salvo por ser fiel, mas será salvo porque Deus é fiel. Já
disse antes que se a nossa salvação fosse baseada em nossa fidelidade nenhum de
nós seria salvo, pois até um pensamento impuro é pecado e todo pecado é
passível de condenação. Qual o crente que está livre de ter algum tipo de
pensamento impuro? Mas veja que o texto diz que se formos infiéis ele permanece
fiel porque não pode negar-se a si mesmo, ou seja, não pode trair sua própria
palavra. O crente infiel será salvo, mesmo merecendo a condenação, porque se
Deus lhe deu a salvação ele não a tomará de volta. Será salvo porque Jesus
Cristo, que o substituiu, foi fiel.
Diante
disso alguém pode dizer: Oba! Vou pecar à vontade! Essa declaração é
característica do homem perdido. O servo de Deus (crente verdadeiro) é
consciente de que foi tirado da perdição e encaminhado para a salvação. É grato
a Deus e não deseja pecar. O pecado que comete é caracterizado por deslizes,
fraquezas, porém, mesmo essas não são justificáveis. O perdido que finge ser
crente na realidade é um falso crente. Ele mostra uma fé fingida e interesseira
e procura se satisfazer em tudo o que deseja, pecando conscientemente e tendo
prazer nesse seu ato.
O
crente verdadeiro sabe que sua salvação não está atrelada ao não pecar. Nem por
isso ele peca, pelo contrário, foge do pecado. Sabe que a salvação não depende
de suas obras (pecar ou não pecar), mas ao observar o sofrimento de Cristo em
seu favor ele se curva à vontade de Deus, grato, e busca uma vida de perfeição,
apesar de nessa busca ainda correr o risco de cometer imperfeições.
Qual
a razão para ter dito tudo isso? É que afirmamos que nossa pureza, como templo,
dependerá da consciência de que somos responsabilizados pelo uso do nosso corpo.“Se alguém
destruir o santuário de deus, Deus o destruirá”. Esse
texto leva muitos a dizer que se alguém pecar perde a salvação, então eu
procurei assegurar a salvação para afirmar que essa destruição dita no texto
não se refere a destruição da alma, mas sim do corpo.
A
destruição proclamada no texto se refere às conseqüências que os homens trazem
em seus corpos por não tratá-los como algo especial dado por Deus para ser
cuidado com todo carinho e responsabilidade. O texto não ensina a destruição da
alma. Mostra que como castigo por não valorizar o templo de Deus (o corpo) terá
de suportar sofrimentos no próprio corpo.
No
capítulo 10.29,30, Paulo diz: “Quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Eis a
razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem
(morrem)”. Nesse
texto Paulo está ensinando sobre a Santa Ceia e mostra que tentar enganar a
Deus, fingindo estar tudo bem em sua vida espiritual, traz malefícios para o
corpo também.
Muitos
outros textos mostram o rigor do juízo de Deus contra os infiéis, como em
Hebreus 2.2,3, que diz: “…toda transgressão ou desobediência recebeu justo
castigo, como escaparemos nós se negligenciarmos tão grande salvação?” e no capítulo
12.28,29 diz: “Por
isso, recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a graça… porque o nosso
Deus é fogo consumidor”. É preciso
levar a sério as coisas de Deus, pois com Deus não se brinca!
Paulo
diz que há muitos fracos, doentes e pessoas que morrem como conseqüência de um
relaxo com sua vida espiritual e com o seu corpo que é templo de Deus. Deus
pesa a mão e deixa que as pessoas sofram as conseqüências pelo seu pecado. Foi
assim com o povo de Israel, quando foram infiéis a Deus, e por isso foram
envergonhados e levados cativos com muito sofrimento para o seu corpo e alma.
Dissemos
que somos responsabilizados pelo uso que fazemos do nosso corpo. Muitas pessoas
estão morrendo de câncer em conseqüência do fumo; outras estão com cirrose
hepática por terem bebido demais; outros não conseguem abandonar os produtos
químicos por terem se viciado. Uma pessoa que tenha se convertido pode até ser
curada por Deus, mas na maioria das vezes ela continuará com os efeitos de seu
mau uso do corpo, sofrendo até o fim de sua vida. Deus não se obriga a curar a
todos de todas as doenças porque a pessoa se converteu. As conseqüências podem
permanecer pela vida toda e até levá-lo à morte.
No
capítulo seis, verso 12, Paulo disse: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas
convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por
nenhuma delas”. O
fato de você ter certa liberdade de escolha o faz responsável pelos efeitos que
o seu corpo sofrerá por causa de suas ações. Isso posto, é melhor tomar as
decisões com consciência e responsabilidade, sabendo que o Senhor pedirá conta
do uso que fizermos do nosso corpo, que é sua habitação. Eclesiastes 11.9,
mostra claramente essa responsabilização com as decisões que tomarmos: “Alegra-te, jovem, na tua
juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos
caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe,
porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas”.
Gostaria
de fazer um sério alerta: Não caia na falácia de que toda doença e problemas
enfrentados são conseqüências de pecados, mesmo que alguns sejam. Se Deus assim
agisse todos seríamos destruídos. Alguns problemas surgem em conseqüência do
mau uso do corpo, porém, muitas vezes Deus usa problemas e doenças para tratar
desvios da alma e infidelidade humana. Seja sábio e sóbrio ao enfrentar
problemas físicos e situações difíceis. (Esse assunto exige um estudo próprio e
não o faremos agora)
A
terceira resposta que o texto nos dá é que nossa pureza, como templo, DEPENDERÁ
DA CONSCIÊNCIA DE QUE SOMOS SEPARADOS PARA DEUS. Veja o que Paulo
diz:“Porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado”.
Um
objeto sagrado é aquele que foi separado para uso exclusivo no serviço do
Senhor. O rei Belsazar (Daniel 5) teve uma experiência muito desagradável ao
utilizar de forma desonrosa os utensílios que foram dedicados ao Senhor. Ele
estava dando uma festa para os seus maiorais quando se lembrou dos utensílios
do templo e mandou que os trouxessem. Serviu bebidas nas taças sagradas e
alimentos nas bacias de purificação. Com essa atitude o rei desonrou a Deus e o
resultado foi uma ação imediata de Deus. Deus escreveu na parede que o rei fora
encontrado em falta e por isso perderia o trono. Na mesma noite o rei foi
destronado. Não se pode brincar com as coisas que foram santificadas ao Senhor.
Nadabe
e Abiú eram filhos do sacerdote Arão e o ajudavam no sacerdócio. Certo dia eles
usaram fogo estranho. O resultado é que o fogo do Senhor saiu do altar e
consumiu os dois sacerdotes e os matou (Levítico 10.1,2). Eles desconsideraram
o fato de que as coisas de Deus são exclusivas dele.
Irmãos,
a terceira resposta que o texto nos deu foi que nossa pureza como templo
dependerá da consciência de que somos separados para Deus. Paulo disse que “o
santuário de Deus, que sois vós, é sagrado”. Já dissemos
que devemos ter consciência de que somos habitação de Deus e que somos
responsabilizados pelo uso do nosso corpo, e, agora, vem a explicação para
tanto cuidado com o corpo: é que Deus nos separou para sermos sua propriedade
para uso exclusivamente particular.
1
Pedro 2.9, diz: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real,
nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as
virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. Esse
texto é a confirmação exata de nossa argumentação. Deus nos escolheu e nos
salvou para que fôssemos sua habitação e para que fôssemos santos no uso do
nosso corpo, como sua propriedade particular e exclusiva, para que
proclamássemos as suas virtudes ao mundo. Fomos separados por Deus e por isso
somos santos. A consciência dessa verdade nos fará mais cuidadosos com o
tratamento que damos ao nosso corpo, por ser ele templo de Deus.
No
capítulo 6.15, quando Paulo condena a sensualidade transviada, ele levanta uma
questão muito séria ao dizer: “Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura,
tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz? Absolutamente,
não!” 1 Coríntios 6.13, diz: “O corpo não é para a impureza”. Diante desses textos não
resta dúvida de que o crente é separado para Deus e que o seu corpo não pode
ser misturado às coisas do mundo e suas sujeiras, e a razão é que o Espírito
Santo habita em nós e os nossos membros são membros de Cristo. Não se pode
misturar o santo com o profano.
Citarei
dois textos que mostram a razão do seu chamado: Efésios 1.4 – “… nos escolheu… para
sermos santos e irrepreensíveis perante ele”. 1
Pedro 1.2 – “…Eleitos… para
a obediência e a aspersão do sangue de Jesus”. Nenhum
desses textos diz que fomos chamados para andar no pecado, fazendo coisas que
desagradam a Deus. Pelo contrário, diz que fomos separados para Deus para
sermos os proclamadores de Sua salvação ao mundo perdido. Somente seremos bons
servos se estivermos cônscios de que somos: “Somos santuário de Deus e, por isso, somos
sagrados”. Nenhum pecado poderia entrar no Santo
dos Santos. Esse era o local mais sagrado do templo. Era o local da habitação
de Deus. O sumo sacerdote entrava lá apenas uma vez por ano, e só depois de se
santificar. Esse Santo dos Santos não está mais no templo, pois o templo foi
destruído por causa da impureza do povo de Deus. Hoje ele está dentro de nós e
do mesmo modo não podemos deixar penetrar em nós nada que seja impuro ou pecaminoso.
Deus, que é santo e habita em nós, exige a pureza de sua casa.
Para
concluir, vamos relembrar os passos dados desde o princípio para chegarmos até
as conclusões que chegamos.
O tema desse estudo foi: A PUREZA DO SANTUÁRIO DE DEUS. Para uma compreensão melhor fizemos a seguinte pergunta ao nosso tema: Como manter puro o santuário de Deus? O texto nos deu as seguintes respostas:
Nossa pureza, como templo…
O tema desse estudo foi: A PUREZA DO SANTUÁRIO DE DEUS. Para uma compreensão melhor fizemos a seguinte pergunta ao nosso tema: Como manter puro o santuário de Deus? O texto nos deu as seguintes respostas:
Nossa pureza, como templo…
1.
DEPENDERÁ DA CONSCIÊNCIA DE QUE SOMOS
HABITAÇÃO DE DEUS. –“Não sabeis que sois santuário de Deus e que
o Espírito de Deus habita em vós?”
·
DEPENDERÁ DA CONSCIÊNCIA DE QUE SOMOS
RESPONSABILIZADOS PELO USO DO NOSSO CORPO.
– “Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá”.
·
DEPENDERÁ DA CONSCIÊNCIA DE QUE SOMOS
SEPARADOS PARA DEUS. –“Porque o santuário de Deus,
que sois vós, é sagrado”.
Em
1 João 3.3, diz: “A
si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro”. Se você
tem a sua esperança no Senhor, então sabe que és templo de Deus e que o
Espírito Santo habita em ti. Saiba que esse privilégio traz consigo
responsabilidades e, nesse caso, a responsabilidade é sermos puros. Somente
desejará a pureza aquele que tem esperança no Senhor, pois aqueles que não
esperam nele já sabem de sua perdição e para eles tanto faz morrer agora ou
depois. A agonia eterna é a única certeza que eles têm.
A
exigência quanto a pureza é clara: “Em todo tempo sejam alvas
as vossas vestes”(Ec 9.8). Apocalipse 7.14,15, também mostra a
necessidade de purificação pessoal como templo de Deus: “São estes os quem lavaram suas
vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro, razão porque se acham diante
do trono de Deus e o servem”.O impuro não se achará em Sua presença.
Você
é especial, pois é habitação de Deus. Viva como alguém que é especial e não
imite, de forma alguma, o modo de viver daqueles que estão perdidos no mundo.
Seja luz para esse mundo e sal para essa sociedade corrompida e sem gosto. Seja
o sabor que falta para essa humanidade perdida.
Pense nisso!
Do seu Pastor: Samuel José dos Santos Filho
A graça do Nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo,
E o amor de Deus,
E as doces comunhão e consolações do
Espírito Santo,
Sejam com todos vós,
E com todo povo de Deus espalhados
sobre a face da terra,
Desde agora e para todo Sempre,
Amém.
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