Manancial- O SACRIFÍCIO DO AMOR- Domingo 09 de Novembro de 2014
Domingo 09 de Novembro de 2014
O SACRIFÍCIO DO AMOR
Quem não tem lido com interesse o conto do toque
de descanso?
Um jovem soldado, por uma ofensa, foi condenado
à pena de morte e a hora indicada para sua execução foi o momento do toque de descanso.
Naturalmente tal morte teria sido terrível na
primavera da juventude; mas a morte desse desventurado jovem foi duplamente terrível,
porque ia logo casar-se com uma senhorita a quem amava muito.
A jovem, que o amava tão ardentemente, fez tudo
quanto pôde para evitar sua morte; foi suplicar ao juiz e ainda foi ver Cromwell,
o grande general, rogando-lhes que anulassem a pena de morte, mas tudo em vão.
Em sua desesperada condição procurou persuadir e
subornar o sineiro para que não desse o toque de descanso, mas isto tão pouco
teve êxito.
Aproximou-se a hora da execução e todos os
preparativos foram feitos. O oficial tomou o criminoso e o levou para o lugar
determinado, ficando à espera de que se fizesse o sinal pura o toque de
descanso.
Todos ficaram pasmados porque o sino não soou;
só um ser humano sabia o motivo daquilo. A pobre senhorita, meio louca de desespero,
pensando na terrível situação do noivo, havia subido à escada da torre, até
onde ficava o sino e se agarrou ao badalo com toda a sua força.
O sineiro estava no seu lugar à hora de costume,
puxou a corda que pendia do sino e este começou a bambolear.
A valente jovem agarrou-se com mais força ao
badalo e era sacudida juntamente com o sino. A cada movimento parecia-lhe que
iria ser atirada pela janela da torre.
Toda vez que o sineiro puxava a corda, a jovem
ainda que naquela desesperada condição, mais se agarrava ao badalo, mesmo que
suas mãos estivessem doridas e sangrentas, e a sua força, se esgotando.
Por fim, o sineiro se foi, satisfeito de haver cumprido
o seu dever. Sendo velho e surdo não notou que o sino não havia tangido. A
valente moça desceu a escada, ferida e trêmula, e apressadamente foi do templo
ao lugar da execução.
O próprio Cromwell estava ali, e no momento que
ia mandar alguém saber o motivo do silêncio do sino, ela o viu, e sua fronte,
antes pálida e triste, brilhou com esperança e valor.
Contou o que havia feito e lhe mostrou suas mãos
e faces ensangüentadas; embora desfalecida pela profunda angústia,
encheu-se-lhe o coração de piedade e uma luz deslumbrou-lhe os olhos.
– Vá embora – exclamou Cromwell –, o toque de
descanso não soará esta noite.
Pensa você que este jovem, redimido da
condenação da lei pelo sacrifício do amor, consideraria difícil qualquer
serviço ou sacrifício que fizesse por quem o havia salvo de uma morte segura?
De nenhuma maneira; ele teria posto sua vida no altar do sacrifício por ela.
Escutai outra história, de um amor mais glorioso.
A cena se deu no Calvário: Jesus, o filho de
Deus, estava na cruz. A fronte, uma vez coroada com glória, agora está coroada
de espinhos; as mãos uma vez estendidas para feitos de amor, de misericórdia,
agora estão cravadas cruelmente na cruz.
O coração, que uma vez palpitava e se compadecia
das tristezas da humanidade, está atravessado pela lança que derramou seu
precioso sangue. Oh! que triste momento na história do mundo! Ele tremeu, as
montanhas estremeceram, o sol se escondeu, a pobre humanidade caiu na escuridão
porque o Filho do Homem estava moribundo.
Escutai: "Está consumado!" O grande
plano da redenção, nascido no amor de Deus, agora recebeu o último toque para
cumpri-lo e Deus e o mundo se encontram reconciliados.
Ó amigos! Isto foi por nós! Correspondamos, não
somente com nosso coração, e nossa vida, mas também com tudo que temos para glorificar
ao Filho e estender Seu reino de pólo a polo.
Do seu Pastor: Samuel José dos
Santos Filho
A graça do Nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo,
E o amor de Deus,
E as doces comunhão e consolações do
Espírito Santo,
Sejam com todos vós,
E com todo povo de Deus espalhados
sobre a face da terra,
Desde agora e para todo Sempre,
Amém.
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